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domingo, 28 de junho de 2020

O Domínio Desejável


“Poder havia em minha mão para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” Gn 31;29

Interessante essa fala de Labão a Jacó. Havia poder em minhas mãos para te fazer mal, mas Deus proibiu que o fizesse. Se, havia poder para tanto e careceu uma intervenção Divina vetando, óbvio que ele vinha com más intenções.

Quando Jacó trabalhara catorze anos com o sogro, Deus permitiu que esse o explorasse mudando o salário ao seu bel prazer; agora que saíra fugido temendo que o sogro lhe tomasse esposas e filhos, O Eterno dera um basta na coisa.

Quanta arrogância cairia por terra se, o homem finalmente entendesse que, qualquer poder que desfrute, será sempre por permissão ou, Vontade Divina. Paulo advertiu aos que tinham servos: “Vós, senhores... deixai as ameaças, sabendo que o Senhor deles e vosso está no céu; que para com Ele não há acepção de pessoas.” Ef 6;9

Quando no “Julgamento” de Jesus, Pilatos jactou-se: “Não sabes que tenho poder para te crucificar ou, te libertar?” O Salvador objetou: “Nenhum poder terias contra mim, se, do alto não te fosse dado...”

Fomos desafiados desde Caim, a dominar sobre o pecado; exercer poder nessa área; “... o pecado jaz à porta, sobre ti será seu desejo, mas sobre ele deves dominar.” Gn 4;7

Entretanto, invés do domínio próprio que tolheria o pecado, o homem tende ao domínio do próximo, coisa que Salomão desaconselhou; “... tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Quem exerce autoridade, bem ou mal, querendo ou não, representa a Deus que a instituiu; “... porque não há potestade (autoridade) que não venha de Deus; as potestades que há foram ordenadas por Ele. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; os que resistem trarão sobre si mesmos, condenação. Porque os magistrados não são terror para boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.” Rom 13;1 a 3

Quando diz que a autoridade procede de Deus, refere-se à hierarquia estabelecida, não necessariamente, ao caráter de quem a exerce. Há muitos tiranos indignos da função que ocupam.

Pois, se é certo que a posição de autoridade deriva de Deus, também o fim da mesma deve atinar ao Divino propósito; louvar às boas obras e punir às más.

Pois, quando uma autoridade terrena ordena coisas flagrantemente opostas aos Divinos mandados, aí certa dose de rebeldia é saudável como observou Pedro certa vez: “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos, antes do que a Deus;” Atos 4;19

O fato de que algo consta em determinada Lei, não o faz necessariamente probo, justo, ou meritório.

Muitas leis mostram o estado de espírito, ou o casuísmo dos legisladores, mais que, apontam a vereda da justiça. Isaías denunciou: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

A transgressão das leis aqui, não significa desobediência apenas; antes, alteração ao humano gosto, mudando os estatutos, (Divinos) e quebrando a Aliança Eterna.

Nesses casos, quando a lei é apenas camuflagem da hipocrisia, um pretexto para o mal, então, o mérito está na desobediência, não no cumprimento. “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei? Sal 94;20

Por isso os que se convertem são instados a trocar seus pensamentos pelos Divinos, para que, quando artifícios da maldade tentarem nos desviar, tenhamos em nós um tribunal de apelação para o discernimento, A Palavra de Deus, para não sermos enganados.

Os homens espirituais, que têm a “Mente de Cristo” não cairão no conto do império da mentira. “O homem natural não compreende as coisas do Espirito de Deus... o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Sabendo que “Todas as coisas cooperam juntamente para o bem dos que amam a Deus...” Ele permite certos males; muitas enfermidades da alma, só com as dores das consequências identificamos. O doce fruto do pecado dá numa árvore de folhas amargas; quem come desse, necessariamente terá que beber um chá daquelas.

Triunfar sobre o pecado, que Caim, nem homem nenhum conseguiu, Cristo O Cordeiro de Deus o fez. Através Dele Deus fala para que o mal não nos toque; “Quem me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

sábado, 4 de janeiro de 2020

Perigoso Poder


Frequentemente, em meio a grandes calamidades ouvimos questionamentos, tipo: Onde está Deus? Por que não intervém? Dado o “silêncio” de Deus, esses inquiridores perplexos dão-se ao direito de duvidar da existência, quando não, da Sabedoria e Bondade do Criador.

A ideia subjacente é que, aquele que tem o poder deve agir para evitar males sempre que possível; coisa que nem sempre fazemos em nossa limitada capacidade.

Um observador arguto da vida poderá ver ao seu lado dezenas de exemplos em que o “poder” foi mais danoso que uma bênção nas vidas que o desfrutaram. Não que o poder em si seja mau; mas estando atrelado à mentalidades más será danoso seu usufruto.

Quantos ganham milhões em loterias e a fortuna, invés de lhes melhorar, os joga nos braços do vício e toda sorte de libertinagem? Quando não podiam eram melhores.

Mesmo nós, quando impotentes ante uma afeição somos delicados, gentis, solícitos, apenas porque queremos conquistar quem desejamos!

Uma vez alcançado o alvo, quando fruímos total intimidade e prazer, esse “poder” recebido, pode nos tornar relapsos, descuidados, a ponto de ruírem relacionamentos; pois, o cara que “está podendo” já não age como antes quando apenas queria.

Assim a má perspectiva nos lança na visão pessimista de Schopenhauer que dizia que a vida se resume à ânsia de ter e ao tédio de possuir.

Então, nossos anseios podem nos dar algemas onde supomos coroas; pois, o que será depois, escapa aos nossos domínios, o que não acontece com Deus.

Assim, de certa forma Deus não interfere, embora o faça, sempre, do Seu jeito. Sermos consequentes é inerente ao fato de termos livre arbítrio; somos feitores de nossos destinos, não fadados, numa redoma de tempo e espaço.

Salomão ensina: “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Pv 19; 19 As próprias consequências pressupõem livramento futuro.

Deus é inocente das calamidades como advertiu já nos dias de Isaías: “Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna.” Is 24; 5

Quando legou o governo da Terra ao ser humano, Deus fez uma restrição apenas, como símbolo de um domínio em submissão. Desde então a Aliança Eterna foi rompida, e tem sido sistematicamente.

No Capítulo 8 de Marcos, temos uma demonstração prática de como Deus “interfere”. Trouxeram um cego ante Jesus; “Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia;...” O Senhor o curou, conta o evangelista e despediu-o, assim: “Mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia, nem digas a ninguém na aldeia.” Vs 23 e 26

Por alguma razão, o Salvador o queria fora da aldeia; quando cego, tomou-o pela mão; uma vez curado, apenas disse-lhe o que fazer e deixou com ele a escolha entre obedecer ou não.

A interferência de Deus ainda é segundo Sua Palavra, mas, as pessoas em geral, gostariam de ser lavadas pela mão. Essa ideia errônea que Deus pode evitar o mal e não faz pinta-o com um ser mesquinho e sarcástico, quando, na verdade nada mais é que um impotente amante, sofredor.

“Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33; 11

O poder que Ele tenciona nos dar refere-se ao domínio próprio, capacidade de resistir aos apelos do mundo que Cristo definiu como caminho largo. João ensina: “Veio para o que era Seu, mas os seus não o receberam, mas, a todos que o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus.” Jo 1; 12

Esse poder para resistir às tentações, nem sempre é agradável, antes, gera conflitos externos; porém, internamente, paz de espírito.

Afinal, por mais estranho que possa soar, mesmo o Todo-Poderoso, tem lá Suas “fraquezas”, coisas que não pode; “...não posso suportar iniquidade...” Is 1; 13 “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim; 2; 13

Em suma, enquanto fazemos do pecado nosso modo de vida, Deus não pode fingir que não vê; nem, premiar ao justo com a sorte do ímpio, e vice-versa; embora, circunstancialmente permita tais aparências.

Evoca o dia do juízo como aferidor que patenteará a diferença, à partir de nossas escolhas, fruto de nosso caráter. “Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3; 18

"Se não és senhor de ti mesmo, ainda que sejas poderoso, dá-me pena e riso o teu poderio." (Josemaría Escrivá)

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A Bíblia e o Globalismo

“Da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra em todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.” Apoc 16;13 e 14

Aqueles que advogam a origem Divina da Bíblia usam entre outros argumentos, o fato dela ter sido escrita em três idiomas, por 40 autores, num período aproximado de 1600 anos, e mesmo assim, formar um todo, coerente e harmônico; façanha que demanda a existência de um Coordenador, uma origem comum dos escritos.

Pois, observado a cumplicidade coletiva dos reis da Terra, com duas ou três exceções, a pressa irrestrita do amontoado disforme das religiões, o dito ecumenismo, e a nova “descoberta” global de um pretexto para a unificação da Terra, também salta aos olhos certo planejamento comum, uma inteligência por detrás desses tentáculos trabalhando em três frentes com o mesmo fim. Serão os três espíritos aqueles?

Se observarmos os versos supra temos a descrição da Nova Ordem Mundial, a “Congregação dos reis da Terra”; de lambuja, o propósito do balaio de gatos planetário; unirem-se para batalhar contra Deus. Os três espíritos saídos do mesmo buraco comandariam as três frentes; a política, a religiosa, e a eco-xiita, que se sobrepõe às duas esferas anteriores.

Daí a “sequência lógica” das queimadas Amazônicas, as greves de jovens capitaneadas pela adolescente Greta, e agora a cereja da torta: O Sínodo da Amazônia em Roma, mostrando a preocupação religiosa, com a “mãe Terra” ou, a casa comum. Um dos três espíritos ordenados a trabalhar nessa área está dando duro. Seu trabalho vai muito bem.

O Globalismo não procede de Deus, por dois motivos simples. Um: Quem o propõe e advoga não mostra nenhuma consideração pelo Eterno nem, Sua Palavra; aliás, ter O Bolsonaro citado a Bíblia na ONU soou inédito, se alguém se lembra de outra vez que isso aconteceu, me ajude. Logo, se, no palco central das decisões globais Deus não participa, tampouco, as decisões oriundas de lá têm Seu aval;

Dois: O Salvador ensinou que Seu Reino não é deste mundo; Seu sacrifício é para a salvação de almas, não de sistemas políticos, ou, do planeta; Os males da Terra pela ótica celeste derivam do pecado, não da poluição; “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a Terra...” Is 24;4 a 6

Enquanto idiotas úteis do dragão vociferam contra o progresso tecnológico e a poluição resultante, amarram-se em árvores em protesto, fazem orações às plantas, rios e à Terra pedindo perdão pela poluição do planeta, os servos de Deus apresentam Sua Palavra; advertem do juízo iminente; ensinam que a sujeira que deve ser removida é o pecado, cada um em particular, caso deseje a salvação, nada à força; e que o meio de se lavar é no Sangue do Cordeiro.

“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à Árvore da Vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” Apoc 22;14


Esses dias foram figurados como, “O Vale da decisão”; concomitante com o globalismo a fim de pelejar contra o povo eleito; “Congregarei todas as nações, as farei descer ao vale de Jeosafá; ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a Minha Terra... Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão.” Joel 3;2 e 14

O Senhor não mendiga atenção, aceitação; apenas exorta que saiamos de cima do muro na reta final; que deixemos patente a nossa escolha; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Enfim, o globalismo, não pela forma, mas, pelo propósito não passa dum Motim contra O Supremo Comandante; O Todo Poderoso e Seu Ungido.

“Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, e sacudamos de nós suas cordas.” Sal 2;1 a 3


Somos avisados de antemão que seus esforços, por libertários e desejáveis que pareçam, ante incautos, não passam de coisa vãs. Olhemos por um momento, pois, da perspectiva celeste, e segundo ela, façamos a boa escolha.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ouro no Lixo

“Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua! Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” Lam 4;1 e 2

A boa hermenêutica esposa que a Bíblia interpreta a si mesma. Estamos diante de um exemplo clássico. O ouro desvalorizado, escurecido, do primeiro verso, no segundo mostra tratar-se de uma metáfora para o caráter dos homens de então, não, do metal em si.

Assim o envilecimento do ouro é uma figura para a decadência do valor, do caráter humano. De passagem temos menção da ruína do Santuário, o que permite inferir licitamente que a decadência era derivada do abandono, ou, negligência para com as coisas santas.

Isaías mencionou um cenário global, (o de Jeremias era local) de decadência humana evidenciada de cima para baixo; isto é, desde os governantes. “A Terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da Terra.” Is 24;4

De novo, negligência, quando não, oposição às Leis Divinas são a causa da maldição, do enfraquecimento; “Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a Terra...” Vs 5 e 6

Natural que, os que temem ao Senhor sejam avessos às leis humanas que afrontam às Divinas. O Salmista fez uma pergunta retórica que encerra a questão: “Porventura se associa contigo o trono da iniquidade que forja o mal a pretexto de lei? Sal 94;20

Assim, muitas coisas “legais” ao escopo do mundo, se, são imorais perante os Estatutos Divinos devem receber nossa aversão, não, aquiescência. Pois, como A Palavra ensina, “importa mais obedecer a Deus, que, aos homens.”

Quando consequências da maldição incidem sobre o planeta em grandes catástrofes, os ímpios são os primeiros a culpar Deus pelo feito, pois, poderia impedi-las e não o fez. Ora, suponhamos que você tenha plantado algo; acaso desejarias que outrem interferisse com seu plantio tolhendo à colheita?

Pois, perante O Santo, seja na seara da virtude, seja, na do vício, nossas escolhas são sementes que Ele deixa frutificar. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Semear na carne é dar vazão plena às paixões naturais, humanas; torná-las lícitas até, como muito se vê; Semear no Espírito é ter como norma de vida os valores da Lei Divina.

Então, no mesmo escrito em que denunciou o “escurecimento do ouro”, Jeremias sentenciou: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Quando catástrofes “naturais” filhas da maldição nos visitam, pode até que inocentes padeçam junto, mas, certamente é a messe madura do plantio da maioria que está tremulando ao vento. Se, desse lado da vida Deus permite injustiças onde inocentes morrem por culpas alheias, no além, cada um receberá segundo suas escolhas; ninguém mais ceifará passivamente culpas de outrem.

Jeremias, aliás, o profeta das lágrimas é um exemplo de inocente atingido pelo juízo contra terceiros, os culpados; líderes civis e espirituais do povo que fomentaram a apostasia. “Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade para impedirem o teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2;14

Nítido é que, o dever dos homens espirituais é manifestar o que está errado aos Olhos Divinos. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Desse modo, enquanto os governos humanos ímpios se esforçam para forjar leis ao sabor das paixões, nós, servos de Deus temos dever de por em realce as prescrições da Lei Divina, tão somente, pois, “... havendo os teus juízos na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Vemos A Palavra de Deus jogada no lixo como algo sem valor; tais atores de igual modo serão jogados no monturo. Deus É Inocente; Justos Seus Juízos; a escolha é nossa.

“... em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados, presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria têm?” Jr 8;8 e 9

Enfim, muitos escondem seus corações da Palavra de Deus e endeusam a si mesmos; Nós, cristãos, andamos por trilho inverso: “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11

sábado, 15 de setembro de 2018

A Culpa nas Escolhas

“... chamou Mispá, (Torre de Vigia) porquanto disse: Atente o Senhor entre mim e ti, quando nós estivermos apartados um do outro.” Gên 31;49

Jacó e Labão fazendo um pacto de não agressão tendo uma coluna de pedras como termo, Deus como testemunha.

Desde a perda da inocência, onde, a consciência, essa faísca Divina implantada em todas as criaturas foi maculada, seu testemunho já não basta; malgrado seja sempre consoante com a verdade, com os fatos. O homem caído refém das paixões passou a reger-se pelas conveniências da alma, não mais, diretrizes do espírito, que o pecado alienara.

A mera necessidade de um testemunho externo é já uma confissão implícita que o interno está avariado. Se, estivesse íntegro como foi originalmente, a comunhão com O Criador bastaria para o apreço natural pela verdade. Porém, depois de acreditar à mentira, a alma que fora sem manchas passou a ter pele de dálmata.

O homem que fora autônomo em relação às coisas exteriores e íntimo de Deus perdeu essa nobre condição; passou a depender de sinais externos, como estímulos à memória, uma vez que, certa Imagem e Semelhança, não mais regia suas escolhas.

Sabedor disso O Salvador usou um galo como acessório à memória de Pedro: “Antes que o galo cante, três vezes, me negarás”. Ao cantar o bicho, o “dia clareou” para o infeliz que, percebeu, enfim, o que fizera.

Nos dias de Moisés, O Eterno evocou como testemunhas contra o homem, coisas de peso: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que, te tenho proposto vida e morte, a bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz e achegando-te a Ele; pois, Ele é a tua vida; o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, Isaque, e Jacó, que lhes havia de dar.” Deut 30;19 e 20

Noutra parte evocou frutos como testemunhas da semeadura; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6 e 7

Assim sendo, o que a Terra se tornou em nossas mãos, da humanidade, digo, é o testemunho fiel das escolhas feitas. “A Terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido leis, mudado estatutos e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;4 a 6

Quando transgredimos ou mudamos A Lei de Deus fazemos escolhas; agindo assim escolhemos Satanás por Senhor, uma vez que, foi ele quem disse que podemos por nós mesmos escolher, decidir, valorar bem e mal.

Quantas vezes já ouvi pessoas alistando fome aqui, violência acolá, injustiça mais adiante, etc. e diante do desalentador quadro questionar: “Será que Deus existe? Se, existe, por que permite isso?” Como se, esses infortúnios todos fossem um testemunho contra O Altíssimo. Desgraçadamente a “culpa” sempre é Dele; não de quem mentiu, traiu e separou a criatura do Criador. Culpar a Deus pelas diabruras do Diabo também é uma escolha; uma ímpia escolha.

Temos, os cristãos renascidos, dupla natureza; carnal e espiritual; e, estamos longe da pureza almejada pelo Senhor, num cenário adverso cercados de pessoas más; daí, o testemunho exterior de Cristo em nós se faz necessário; Primeiro como selo de autenticidade da conversão; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Se, Cristo está em nós tem que ser visível; “Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”.

Depois, como estímulo aos que nos cercam, para desafiá-los a se voltarem para Deus também; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Assim, se, para efeito de minha intimidade com Deus basta-me o testemunho da consciência vivificada, no aspecto horizontal, meu agir deve deixar patente que sou servo Dele. Dizer-me um, e, abraçar valores que O afrontam é como ficar nu diante da “Torre de Vigia”.

Se, a Terra como sistema não tem mais conserto e passará pelo Juízo, cada um em particular pode escapar disso arrependendo-se dos pecados cometidos e recebendo a Cristo como Salvador.

Aí, não mais uma coluna, mas, o esculpir Santo de “Pedras vivas” nos moldará. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

domingo, 20 de maio de 2018

Onde ficam o novo Céu e a nova Terra?

“Desde a antiguidade fundaste a terra; os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas, tu permanecerás; todos eles envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás...” Salm 102;25 e 26

Quando ouvimos falar na promessa de novo Céu e nova Terra, tendemos a imaginar outro lugar no espaço, dado que, nosso conceito de “novo” abarca também a ideia, de, outro.

No decurso do Sermão Profético O Salvador adjetivou Céu e Terra como efêmeros; Suas Palavras, como eternas; disse: “O céu e a terra passarão, mas, minhas palavras não hão de passar.” Mat 24;35
Já dissera antes; “Porque, como os novos Céus, e a nova Terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim também há de estar vossa posteridade e vosso nome.” Is 66;22 Então, era um projeto; algo que O Senhor ainda faria.

Em II Pedro, A Palavra acena com tais lugares adjetivados como, “onde habita a justiça”. Cap 3;13

Deus apresentara a Terra adoecida, por causa das rebeldes escolhas humanas; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna.” Is 24;5
Porém, espera redenção, fiada na imensa Misericórdia Divina; “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas, por causa do que a sujeitou, na esperança de que a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda criação geme, está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;20 a 22
Será que a ideia de novo Céu e nova Terra implica a implosão, destruição dos atuais ou, simples abandono, numa migração sideral para outro planeta?

No texto inicial, numa linguagem antropomórfica, (na forma humana de falar) Terra e Céu serão mudados como se mudam vestes. Assim, o “novo” não seria outro lugar, mas, outra condição do mesmo lugar.

Vejamos o Apocalipse: “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Cap 21;5 Ele não diz, faço tudo de novo; antes, “Faço novas todas as coisas.” Isto é, renovo.

Na epístola aos Hebreus encontramos mais; “... Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão, também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

Se, o que faz a Terra manquitolar como ébrio é a consequência da maldição por causa da rebelião, as “coisas feitas” que incomodam ao Senhor e carecem ser abaladas são feitas pelo homem. Das feitas por Deus, aliás, A Palavra assegura: “... tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3;14

A perfeição Divina que prescinde de retoques em Seus Feitos deveria nos assustar um pouco, levar a temê-lO; mas, nem sempre é assim; há quem duvide, escarneça, ignore, ou, se oponha.

Mas, voltando ao planeta, assim como, na conversão quem abandona os modos egoístas de viver em troca da submissão a Cristo, dele se diz com acerto que é “nova criatura”; também a Terra, após os abalos purificadores previstos, riscadas dela, todas as coisas feitas por mãos ímpias, que na sua diabólica autonomia deram azo a extinção de espécies e poluição, sobretudo, será a Terra de “roupa nova”; mais; será nova Terra.

Igualmente o Céu, ora, poluído, física e espiritualmente com lixo humano e demoníaco, com a prisão dos anjos caídos, e remoção das nossas coisas, também será novo Céu. O Céu de Deus vai bem obrigado; o que está sujo é o nosso.

Pedro anteviu; “Os Céus e a Terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro; se guardam para o fogo, até o dia do juízo, da perdição dos homens ímpios... o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, os elementos ardendo se desfarão; a terra e as obras que nela há se queimarão.” II Ped 3;7 e 10

Depois propôs a questão: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser...? A bola está conosco. Digo, cada um de nós fará bem em refletir sobre isso. A nova Terra o Senhor fará durante, e, após o Juízo; as novas criaturas para habitar nela Ele está fazendo desde o Calvário.

Não há uma super nave criada para preservação da vida em eventos cataclísmicos; antes, a preservação será dos que estão refugiados numa Pessoa; “... se, alguém está em Cristo, nova criatura é...” II Cor 5;17

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Que o Pó Volte-se ao Ouro

“Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” Lam 4;2

Jeremias descrevendo um povo, antes, valioso; agora, vulgar, ordinário, comum. Valiam ouro; passaram a mero barro. Se, nos elementos naturais não se verifica essa alquimia, a transformação de um elemento em outro, no prisma moral, espiritual, ocorre com frequência.

Normalmente usamos outra figura quando queremos denunciar uma transformação radical; sobretudo, no aspecto positivo; dizemos: Fulano mudou da água pro vinho. No entanto, aquela fora uma mudança “pra baixo”; do ouro pro barro.

Embora os evolucionistas pleiteiem uma evolução contínua, estaríamos num processo que ignoramos onde vai chegar, a Bíblia apresenta a criação como obra acabada, em estágio de decrepitude. O homem como caído da posição original, “Imagem e Semelhança” de Deus, descendo célere a ladeira da degeneração.

Quando O Eterno mostrou num sonho a Nabucodonosor o esboço da saga humana desde então até o Reinado de Cristo, figurou com uma estátua que, começou com cabeça de ouro; desceu para prata, bronze, ferro e por fim, barro.

Da criação diz: “A Terra pranteia, murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da Terra. A Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra;” Is 24;4 a 6

Diz mais: “sabemos que toda a criação geme; está juntamente com dores de parto até agora. Não só ela, mas, nós que temos as primícias do Espírito também gememos em nós mesmos, esperando a adoção; a saber, a redenção do nosso corpo.” Rom 8;22,23

Longe de combinar com um cenário evolutivo, o que vemos denuncia a degeneração; a causa não é nenhum super asteroide ou cometa colidindo com o planeta e ameaçando a vida; antes, os efeitos colaterais do pecado; “A Terra está contaminada por causa dos seus moradores.”

Mas, o que faz alguém áureo aos Olhos Divinos? Digo; precioso como ouro? A primeira decepção que causamos ao Pai foi duvidar de Sua Palavra; isso soou como se O chamássemos de indigno de confiança, mentiroso. O contraponto que Ele deseja a essa blasfêmia é a confiança irrestrita, fé; Pedro aquilata-a: “...vossa fé, muito mais preciosa que o ouro...” I Ped 1;7

Se, em nossa estrutura ainda somos o velho barro, mediante a fé, nos abrimos a Deus para que Sopre outra vez O Espírito, apagando as manchas pretéritas no Sangue de Cristo e dando nova vida.

Esse Dom Excelso é que nos faz valiosos ante Ele; dá-nos porque nos ama; depois, nos aprecia como valiosos pelo que Ele mesmo fez valer. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz foi quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, não, nossa.” II Cor 4;6 e 7

Se, o “Tesouro” é o Espírito, o corpo mero vaso de barro, necessária se faz a conclusão que, degenerar alguém do ouro para o barro equivale a deixar de andar em espírito e passar a seguir os anseios da carne. Essa é a tendência do homem natural depois da queda; “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito vida e paz.” Rom 8;6

Então, quando O Salvador nos desafia a ajuntar Tesouros no Céu, outra coisa não significa, senão, que andemos em Espírito. “De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;12 a 14

A humanidade emprega todos os meios, lícitos e ilícitos para progredir na aquisição de posses, enquanto, sequer se dá conta da grave indigência no que tange aos valores eternos; escava fundo por barro; despreza o ouro oferecido em Cristo.

Vasos podem ser moldados pela mão humana; porém, como Deus não habita em templos feitos por nós, ou deixamos que Ele nos edifique segundo Sua Palavra, ou, o labor será inútil; “Se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

Se, os coevos de Jeremias, em sua apostasia migraram do ouro para o barro, somos desafiados ao caminho inverso na conversão; “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que enriqueças; roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e unjas teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;18

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Em Nome da Lei

“... vos é lícito açoitar um romano, sem ser condenado? ... Então Paulo disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e, contra a lei me mandas ferir?” Atos 22;25 e 23;3

Dois momentos. Um, perante autoridades civis do Império; outro, diante dos líderes espirituais da sua nação. No primeiro, o apóstolo evocou as leis romanas e lembrou sua cidadania para preservar seus direitos; no segundo, denunciou a hipocrisia do Sumo Sacerdote que, invés de um julgamento lícito, imparcial, usou de autoritarismo ferindo a própria Lei que deveria representar ao mandar agredi-lo.

Depois refez seu comentário sabendo de quem se tratava; “...Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.” V 5 Se, para aqueles não importava a Lei, para Paulo era o seu tribunal de apelação; seu abrigo, não, algo a ser manipulado.

As leis humanas são fruto de pactos sociais baseadas em certos princípios como, justiça, direito de defesa, proteção da dignidade humana, isonomia... Normalmente são forjadas em contextos de calmaria, para a vigência em horas de embates; exceto casuísmos políticos tão em moda, que fazem os interesses escusos patrocinarem a homizia de corruptos às sombras de casamatas suspeitas que eles chamam de leis.

Acima dos legisladores humanos há Outro, Absoluto, que tem consigo todo poder para estabelecer valores probos e ímprobos; essa história que nós mesmos decidimos acerca do bem e do mal vem de outra fonte; O Eterno sabe quando uma lei é uma “cerca” em salvaguarda da justiça, e, quando é mero pretexto, verniz para pintar o mal em cores lícitas. “Poderá um trono corrupto estar em aliança contigo um trono que faz injustiças em nome da lei?” Sal 94;20

O divórcio entre a Lei de Deus com Seus valores Eternos e os efêmeros arranjos humanos que cambiam sempre ao açodo das paixões, invés de atinarem estritamente às demandas da justiça.

Mediante Isaías esse vício foi equacionado com a maldição Divina sobre o planeta: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra;...” Is 24;5 e 6

Uma sociedade alienada de Deus tende a adotar o conselho da oposição; fazer do homem a “medida de todas as coisas”, o que, invés da Eterna e perfeita Lei alicerçada na Rocha, dá azo a novos arranjos conforme os pendores das fétidas águas do pântano das paixões.

Desse modo, se, nos dias de Paulo evocar as Leis era o refúgio de um justo, em nosso tempo tem muito canalha fazendo isso; pois, legitimamos uma série de aberrações, num autofágico sistema que potencializa ao superlativo os direitos de gentalha sem valor que desconhece os deveres.

A inversão não é nova, vem desde o “sereis como Deus”, porém, em dados momentos a coisa extrapolou. Isaías denunciou: “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

Se, minha paixão insana me inclina a determinado comportamento ilícito, invés, de lutar contra os maus pendores luto contra a sociedade para que essa legitime minhas estranhas comichões sob o tacão da Lei. Assim, a Lei migrou da honrosa condição de “cidade de refúgio” dos inocentes, para patrocinadora dos desvios de caráter de gente imoral.

Além disso, a inversão, fruto de uma geração abaixo da linha de pobreza moral e espiritual tem gerado certos Frankensteins que nos assombram; gente que a dignidade do cargo requer o tratamento de “Excelência”; e a indignidade do caráter demanda que se lhes chame de canalhas!
Desse calibres certos da Corte Suprema, Senadores, Deputados, Ministros, Presidentes...

Paulo lidou com isso; o sujeito era um hipócrita; o poético, “parede branqueada;” porém, era Sumo Sacerdote. O inglório encontro da dignidade da função com a atuação indigna.

Então, carecemos como nunca, um apego irrestrito aos Divinos valores; pautarmos nossas decisões pelos Eternos Preceitos, não, pelas inclinações de uma sociedade apodrecida, volátil, deletéria.

Invés da “vergonha de ser honesto” na sutil ironia de Ruy Barbosa, que nos tome a vergonha de imitarmos essa gentalha sem vergonha que tanto nos desafia diuturnamente com sua desfaçatez.

Chega de escolhermos bandidos para chefes! Eleição deveria ser para guindar uma elite moral e funcional ao poder; nossos parcos valores, nossos votos venais tem transformado a coisa em mera formação de quadrilha. Pior, formamos para que nos roube. Basta de delegarmos a gestão do interesse das galinhas para as raposas; sem ficha limpa, fora!! Mentiu, fora!

“Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.” John Galbraith