“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que
praticam a iniquidade.” Jó 34;22 Não diz, o texto, que os iníquos não tentam se
esconder; antes, que é inútil.
O avestruz
quando sente-se ameaçado enterra a cabeça na areia, não vendo, sente-se seguro.
De certo modo agem assim, os que imaginam se esconder de Deus. Sua “segurança”
deriva da ignorância, não dos fatos.
“Não há
criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes
aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13
Sobre
Onisciência Divina o salmista disse: “Para onde irei do teu espírito, para
onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno
minha cama, tu ali estás também. Se tomar asas da alva, habitar nas
extremidades do mar, até ali tua mão me guiará; tua destra me susterá. Se
disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz ao redor de
mim. Nem trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas
e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12
Diz certo
provérbio que, quando não podemos combater um mal, o melhor é nos unirmos a
ele. Nudez ante O Eterno é um “mal” inelutável, do qual não podemos escapar. Como
faríamos para nos unirmos à tal luz que tudo perscruta? Ora, arrependimento e
confissão existem pra isso; pra que tragamos nossos males Àquele que os pode
perdoar. Não confessamos culpas para que Deus saiba, Ele já sabe; o fazemos para patentear nossa admissão quanto
a elas, e, eventual arrependimento.
Entretanto,
as pessoas tendem a buscar aceitação social, antes, que aprovação Divina.
Assim, ocultando erros de nossos semelhantes já estará “de bom tamanho”,
pensam. O Salvador denunciou essa escolha doentia como consorte da condenação
dos ímpios: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram
mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que
faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam
reprovadas.” Jo 3;19 e 20
Esse é o “mal”
da Luz; a reprovação dos ímpios. Nenhum livro da Terra é como a Bíblia, que
gera amor e ódio tão intensos. Aos que se deixam por ela iluminar e corrigir,
traz segurança; aos que resistem, anuncia condenação.
Alguns entendem
mal, como se fosse mero compêndio de conselhos para bem vivermos, não! Além de
muitos conselhos sábios, óbvio! Traz a jurisprudência do Juízo Divino. Como
assim? Simples, não haverá sentenças novas no julgamento; só, menção do quê,
está escrito será contraposto às escolhas de cada um, eis o Juízo! “Quem
rejeitar a mim, não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra
que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48
Os que
aceitam a Luz e suas implicações, desnudam-se do orgulho, buscam o perdão
Divino; entregam sua causa a Jesus Cristo, advogado que jamais perde; os demais
serão acusados pelas consciências, terão contra si o testemunho dos fatos, e o
Juízo da Palavra.
Se, é da consciência que vem a
acusação, os que, arrependidos são perdoados, carecem remover máculas daí, como
fazer? Cristo já fez: “...o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu
a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9; 14
Afinal, o que
leva alguém a esconder o que pratica, senão, a ciência de sua atitude é
reprovável? Todavia, muitos, uma vez cauterizada a consciência, descambam pra dissolução;
praticam o mal ante todos, alardeiam até “orgulho” disso, como se, assumir
publicamente fosse mérito, sem o concurso do arrependimento; ante O Santo, é
mero marketing do pecado: “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; publicam os
seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal
a si mesmos.” Is 3;9
Denunciar erros
equacionam à falta de amor, tolerância; contudo, a eles falta amor próprio,
pois, tentamos lhes fazer bem, anunciar a salvação, mas, preferem a sina onde, “fazem
mal a si mesmos.” Em suma, impor na marra à sociedade posturas adversas à
Palavra de Deus, no fundo, é um modo sutil de se esconder também; a paciência Divina
não é cumplicidade, antes, longanimidade, mas, mesmo essa, termina: “Estas coisas
tens feito, e me calei; pensavas que era como tu, mas, eu te arguirei, porei
por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50; 21
Triste sina
dos ímpios! Fugir por toda a vida da Luz, e desejá-la na eternidade, onde só haverá
trevas! Agora, arbitrários, fazemos escolhas, as consequências já não
dependerão do arbítrio.