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segunda-feira, 23 de março de 2020

O Culto sem Noção


“Aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e sua gordura; atentou o Senhor para Abel e sua oferta. Mas para Caim e sua oferta não atentou.” Gn 4;3 a 5

Os primeiros cultos. A um O Senhor aceitou, ao outro, não. Já ouvi explicações sobre o porquê, dessa distinção, da aceitação de um e rejeição de outro; a mais comum é que o culto aceitável deveria ter sacrifício de animais, pois a redenção viria pelo sangue; Caim oferecera cereais apenas.

Se observarmos no Levítico onde O Eterno disciplina a forma de culto, há sim a aceitação de oferendas de alimentos sem sangue, como culto pacífico. Sinal de adoração. Portanto, o motivo deve ser outro.

O que se pode inferir do texto é que havia algum desvio espiritual nos motivos de Caim, pois, invés de olhar primeiro para a o oferta, O Senhor olhara para a pessoa do ofertante; “... para Caim e sua oferta não atentou.”

Jesus ensinou que pendências horizontais deveriam ser resolvidas antes do culto; “Portanto, se trouxeres tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa-a ali diante do altar; vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; depois, vem e apresenta tua oferta.” Mat 5;23 e 24

Pois, quando O Eterno argumentou com o furioso Caim que fora rejeitado, condicionou a aceitação dele à prática do bem, o que implica que, de alguma forma estava em falta. “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?” v 7

Os que centralizam sua adoração numa suposta predileção Divina por grandes ofertas, sacrifícios, ainda não entenderam o básico; “Porque Eu quero misericórdia, não sacrifício; e conhecimento de Deus, mais que holocaustos.” Os 6;6 ou, “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a benignidade, e andes humildemente com teu Deus?” Miq 6;8

O que O Senhor anseia é relacionamento em tempo integral, não uma encenação pontual durante o “culto” e uma vida desregrada depois.

Se, olhando para a pessoa, por algum motivo ela não for aceita perante o Eterno, o culto, por fervoroso, vultoso que pareça, também não será. “Odeio, desprezo vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro. Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.” Am 5;21 a 23

A rejeição do culto, deriva da rejeição dos caminhos adotados pelos cultuantes; basta ver o verso seguinte, proposto como alternativa; “Corra, porém, o juízo como as águas, a justiça como o ribeiro impetuoso.” V 24

Em Isaías encontramos cenário semelhante; o povo vivia alheio à Vontade Divina, contudo, se apressava em comparecer aos cultos; “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, as luas novas, os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1;11 a 13

Nada havia de errado com o culto, senão, a presença da iniquidade. Claro que a igreja é lugar de pecadores! Todos somos. A questão não é a existência do pecado em nós, mas a insensibilidade espiritual que nos leva a agir como se, o tal não existisse; e invés de, arrependidos buscarmos perdão, vamos direto a “adoração” como se tudo estivesse bem entre nós e O Santo.

Tiago ensinou: “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti vossas misérias, lamentai e chorai; converta-se vosso riso em pranto, e vosso gozo em tristeza.” Tg 4;8 e 9

Hoje “pecado” é uma palavra quase proibida; correção, intromissão. “Vai cuidar da tua vida”. Depois, os santos se apresentam cheios de louvor perante Deus, deixando feridas para trás; o “sacrifício” aceitável recusam-se a oferecer. “... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Deus “aceitaria Abel e Caim”; presto vem o juízo, “Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3;18

domingo, 8 de julho de 2018

Adoração; causa ou, consequência?

“Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois, aos retos convém o louvor. Louvai ao Senhor com harpa, cantai a Ele...” Sal 33;1 e 2

“... aos retos convém o louvor...” Desde o primeiro “culto” prestado na Terra, temos a “jurisprudência” do que é aceitável a Deus, e, o que não. Embora as igrejas da moda digam que quanto maior o “$acrifício” mais fé, portanto, maior aceitação, O Eterno interessa-se mais pela retidão do ofertante, que, pelo montante, ou, tipo da oferta.

Malgrado, já tenha lido muitos comentaristas Bíblicos dizendo que, Abel foi aceito por ter trazido um sacrifício de sangue; Caim, rejeitado, por ter trazido frutos da Terra, a Palavra de Deus não diz que esse foi o motivo da aceitação de um, e rejeição de outro, antes, diz: “... atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas, para Caim e para a sua oferta não atentou...” Gên 4;4 e 5

Antes de olhar para a oferenda o Senhor olha o coração do ofertante para identificar seus motivos. Os motivos de Caim, por certo, não eram os melhores dada a repreensão que ouviu: “Se, bem fizeres, não é certo que serás aceito?” v 7 Nada autoriza a inferir que, “fazer o bem” equivalesse a mudar o tipo de oferta.

Mediante Malaquias O Santo denunciou o culto hipócrita de gente indiferente, cujas ofertas, eram reflexos dessa indiferença e falta de temor; por rejeitar tais pessoas, disse O Senhor, que aborrecia seu culto também; “Quem há também entre vós que feche as portas por nada; não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.” Mal 1;10

Com o coração adorador, despido de emulações, egoísmos, interesses vis, até as duas moedas da viúva pobre se fazem uma grande oferta; porém, quem abrigar inimizades, partidarismos, mágoas, ou, coisas afins, não importa o que traga para oferecer, não será aceito. “Portanto, se trouxeres tua oferta ao altar, e, te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta; vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; depois, vem e apresenta-a.” Mat 5;23 e 24

O culto aceitável sempre será consequência do relacionamento com Deus, não, a causa.

Entretanto, temos uma geração de “adoradores” cuja dita, se dá diante de grandes plateias, cantando letras ufanistas, a maioria das quais, não resiste a um escrutínio bíblico, como se, o canto comercial e egocêntrico fosse adoração que O Eterno deseja. A esses diria como nos dias de Amós: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como águas, e, justiça como o ribeiro impetuoso.” Am 5;23 e 24

Com pretexto de “contextualizar” alcançar todos os públicos, têm emporcalhado as músicas produzindo verdadeiros lixos que até o bom gosto humano rejeitaria, mas, é “oferecido ao Senhor”. Se, a pessoa importa mais que a oferta, e é assim, também é certo que, um fiel que adora ao Senhor deveras, invés de plagiar porcarias, esforçar-se-á para produzir o melhor e agradar a Deus, como disse Davi certa vez: “...Não darei ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei holocausto que não me custe nada". I Crôn 21;24

De qualquer forma, a qualidade da oferta pode ser sublime, mas, se a vida do ofertante for desprezível, tudo estará perdido. “Por isso, quando estendeis vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; ainda que multipliqueis vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.” Is 1;15 e 16

Por isso, antes de sermos adoradores carecemos edificação pelo Espírito, pois, a única adoração aceitável ao Santo é “em espírito e verdade”, daí, “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Perd 2;5

Lembro de muitos pregadores que, por vício, acossavam suas plateias a fazer barulho, enquanto diziam que Deus falava por eles; cáspita! “... chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois, não sabem que fazem mal.” Ecl 5;1

Se, estamos em falta, sempre estamos, o silêncio submisso que atenta para a Voz de Deus é a “adoração” que nos cabe. “Assente-se solitário, fique em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele. Ponha sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.” Lam 3;28 e 29

Porém, se alguém se dispõe a cantar louvores, certifique-se que tem andado em retidão; assim, seu louvor não terá motivos colaterais, será aceito; pois, sua vida já O Louva.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Inimigos Íntimos

“Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.” Miq 7;6

A Bíblia é recorrente em apresentar casos de inimigos oriundos do mesmo sangue; Caim matou seu irmão Abel; Esaú odiava ao gêmeo Jacó; os irmãos de José fizeram o mesmo, etc.

Embora, nosso senso lógico tenda a ver em estranhos, ameaças, e na família, o porto seguro, muitas vezes as coisas não são assim.

Infelizmente, até na família da fé, a igreja, são os de dentro que nos fazem dano. Os de fora, embora haja escarnecedores também, a maioria nos respeita, sobretudo, se tivermos bom testemunho ante eles.

Aliás, essa é a ideia quando Cristo diz que somos “O sal da Terra e a luz do mundo”, pois, amplia: “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Muitos textos acabam sendo necessários, para correção das heresias que são compartilhas por gente que se diz, cristã. Pior, não só heresias, há os “memes” essas zombarias virtuais que fazem sobre os nossos problemas, que existem, coisa para consumo de todos, mesmo sendo a maioria dos nossos contatos de gente não convertida.

Ora, A Palavra ensina: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu... Tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;” Ecl 3;1 e 7

Se, há um tempo em que o cristão maduro deve estar calado sobres assuntos internos da Igreja é quando está perante aqueles que não compartilham de sua fé; Não que deva ser hipócrita fingindo não haver problemas onde há; mas, deve ser prudente e perante aqueles que deveria apresentar a Luz de Cristo, jamais acenar com as baixarias da carne.

Um exemplo: Muitos compartilham um chiste que diz que certos crentes precisarão dois caixões quando morrerem; um para o corpo, outro, para a língua; dado, serem muito fofoqueiros. Mas, esse “irmão” que lança esse lixo numa rede social que pode ser acessada pelo mundo inteiro é o quê? Não existe língua maior que essa, que demandará um contêiner para ser enterrada. Mas, o sem noção se sente “espiritual” fazendo isso.

Outros mostram o culto do “Show Gospel” hiperlotado, e o de estudo da Palavra de bancos vazios. A conclusão que meu cavalo chega, ele usa certa lógica, é que o irmão que posta isso deprecia o oba-oba na Igreja e ama estudar a Palavra; mas, se é mesmo assim, por que não aprende e pára de postar estrume e começa a mostrar seu conhecimento escrevendo, ou, partilhando coisas que sirvam para edificação, salvação? Meu cavalinho rumina até agora sem entender.

Nunca vivemos um analfabetismo Bíblico tão engajado como o atual. É tanta porcaria escrita, ou, compartilhada, que o diabo poderia tirar férias; esses “crentes” se encarregam de dar trabalho e envergonhar aos que amam a Obra e labutam com seriedade. Por que não aprendem a calar a boca já que não sabem o que falam?

Crescimento físico é algo espontâneo, quase imperceptível; o corpo alimentado, hidratado, certo curso de tempo e logo, um que era infante assoma como adulto no palco da vida.

Entretanto, o crescimento espiritual não é assim. Depende de quanto nos alimentamos da Palavra. Ou seja: Ouvir com diligência, e pautarmos nosso ser, nosso agir, pelo que aprendemos. 

Senão, o tempo passará e não seremos mais que meninos velhos. Alguns Hebreus padeceram esse mal, vejamos: “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;11 a 13

Ser menino é uma coisa boa, no prisma espiritual; se, meninice significar pureza, inocência, dependência do Pai, humildade; agora, pretender falar como mestre e se portar como menino que é problemático. Paulo sintetiza: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas, sede meninos na malícia e adultos no entendimento.” I Cor 14;20

Ele, no início com zelo sem entendimento servia ao inimigo pensando servir a Deus; esses fazem o mesmo. Uma hora O Senhor os chamará e perguntará: Fulano, por que me persegues?

“A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver.” Bertrand Russel

domingo, 28 de maio de 2017

Deus é por nós?

“... Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom 8;31

Muitos tomam esse texto como refúgio, certeza da Divina proteção, na qual, podem descansar. E, não é assim? Depende de quem sejam os “nós” em questão. Todo o contexto imediato atina aos que rejeitam apelos da carne, e andam em espírito. Genuínos convertidos, pelos quais, certamente, O Santo peleja.

Entretanto, há muitos “utilitaristas” da Palavra, que quando dizem, “O Senhor é o meu pastor”, no fundo, dizem: “Nada me faltará”. Digo, pensam apenas em si, suas necessidades, preferências; o Senhorio do Eterno é um governo que serve, não, que Governa segundo lhe apraz. Esses facilmente dizem também o texto acima, numa presunção rasteira, que nada nem ninguém se lhes oporá, sem deparar com o Escudo do Senhor.

Alguns equívocos precisam ser desfeitos, pois. A relação com O Senhor requer fidelidade, porque, Ele é Fiel. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” II Cron 16;9 Ou, “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da Terra, para que se assentem comigo; quem anda num caminho reto, esse, me servirá.” Sal 101;6

Quando questiona: “Quem será contra nós”? Não deve ser entendido como ausência de oposição, antes, como a certeza de que, Quem está conosco é Superior.

Pois, o inimigo de contínuo é contra os servos de Deus; não raro, manifesta essa contrariedade usando os de perto, do próprio sangue, quando, pode contar com a impiedade dos tais, como acessório aos seus planos destrutivos. “Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, nora contra sogra, os inimigos do homem são os da própria casa.” Miq 7;6 “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada; porque, vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; assim, os inimigos do homem serão os seus familiares.” Mat 10;34 a 36 Daí a importância de amarmos nossos inimigos; no fundo, não são; estão sob influência do maligno, que, por ódio a Deus, sempre é contra nós, Seus servos.

Notemos que o fator de dissensão, discórdia, ensinado pelo Salvador, é; justo, Sua Pessoa Bendita. Sua presença na vida dos salvos, desafia, desconforta aos que ainda não são. “Como, então, aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é agora.” Gál 4;29

Caim teve ciúmes de Abel, porque Deus se agradara dele, não de si; os irmãos de José o odiaram, pois, seu pai o amava mais que a eles. Desse modo, os que nascem de novo, atraem a emulação, a rivalidade de outros que recusam trilhar o mesmo caminho, contudo, almejam a mesma posição. Assim, muitos cabritos com pretensões ovinas também dizem que Deus é por eles.

Mediante Isaías, O Todo Poderosos cogita, quem poderia ousar frontalmente contra Ele; “Não há indignação em mim? Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5

O melhor que poderíamos, num embate assim seria lançar espinhos ao fogo; o resultado seria cinza. Aliás, evocando o pretérito ímpio dos cristãos romanos, Paulo pergunta pelo saldo, pelo que sobrou: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

Entretanto, se após a conversão, um bom começo, abandonarmos o primeiro amor, esfriarmos; pior, cairmos em rebeldia; nem se trata de ficarmos de novo, ao alcance do inimigo, pois, teremos no Santo, um adversário: Isaías disse que os israelitas, “...foram rebeldes, contristaram seu Espírito Santo; por isso, se lhes tornou inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10 O mesmo vai acontecer conosco, se, abraçarmos a desobediência.

Não caiamos na estupidez de pensar que usar um versículo na geladeira, no carro, fará com que Deus seja por nós. Na verdade, Ele veta o uso de Sua Palavra aos ímpios; “Ao ímpio diz Deus: Que fazes tu que recitar os meus estatutos, e tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti?” Sal 50;16 e 17

É nosso modo de andar que testifica em qual caminho estamos, não, eventuais placas que colocamos. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A Mesa do Senhor

“...nenhum fermento, nem, mel algum, oferecereis por oferta queimada ao Senhor...todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal...” Lev 2;11 e 13

Sal, tinha função conservante, além de tempero, em tempos que não existia outro meio. Assim, O Criador o fez indispensável em suas ofertas. Se, aceitação das ofertas as fazia subir em “cheiro suave ao Senhor,” a omissão do sal poderia estragar, causar mau cheiro, literalmente. Entretanto, fermento e mel eram vetados.

Figuradamente o sal tipifica a gravidade no falar, coisa que Paulo aconselhou aos colossenses: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4;6 Por outro lado, o mel tipifica a lisonja, a bajulação, totalmente ausente nos lábios do Salvador, e inconveniente a quem pretende servi-lo. Salomão usou tal figura: “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas, seu fim é amargoso como o absinto...” Prov 5;3 e 4

O Altíssimo deixou claro que Seu alvo nunca foram as ofertas propriamente; mas, quando essas tipificavam arrependimento, eram-lhe agradáveis, pois, ama ao pecador, e, deseja que esse se arrependa. Por isso, antes da oferta, estrita, observa a vida do ofertante; “...atentou o Senhor para Abel e, para a sua oferta. Mas, para Caim e, para a sua oferta não atentou...” Gên 4;4 e 5

Se a pessoa não for aceita, seus atos, ou, mesmo sua motivação ao cultuar, tampouco será, sua oferta. Deus não precisa de nada e deixou bem claro isso: “Porque meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; minhas são todas as feras do campo. Se, eu tivesse fome, não te diria, pois, meu é o mundo e toda a sua plenitude. Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;10 a 13

Desse modo, os mercenários que pregam que Deus abençoa mais quem mais “sacrifica”, além de enganarem quem lhes ouve, profanam O Altíssimo. Primeiro, a pretensão de mérito humano é totalmente descabida. Quando diz que, cada um, ceifa segundo semeia, usa uma lógica elementar da natureza, onde sol e chuva se dão igualmente a justos e injustos, como figura de uma lógica espiritual. Cada um ceifará segundo as motivações com as quais semear. “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;8

O Salvador disse que, os hipócritas que oravam para ser admirados pelo povo, o sendo, já estavam recompensados. Semeavam na carne, ceifavam na carne.

A vera semeadura espiritual é “perdulária” não, lucrativa. Sementes são comidas por aves, caem sobre pedras, entre espinhos... um semeia e outro colhe... O Espírito não relaciona-se com ciclos naturais de tempo, tampouco, eventual semeador visa colheita própria, antes, frutos para Deus.

O amor Divino arde em profundo desejo que os pecadores reajam aceitando Sua mensagem; contudo, não retira uma pitada de sal, para que a mesma pareça aceitável a quem ouve. O amor que cobre todas as transgressões, não viola a justiça, para que os pecados deixem de ser o que são.

Erram, pois, os que desviam o foco da decadência moral e liberalizam comportamentos denunciando o “radicalismo fundamentalista” bíblico. O “radicalismo” Divino é de se esperar, se, Deus é mesmo o que pensamos Ser. Perfeito em Poder, e em Sabedoria. Se assim não fosse, estaria evoluindo, aperfeiçoando-se; e, a cada “upgrade” traria uma “PEC” à Sua Constituição Espiritual.

Na verdade as “facilidades” amorais que têm grassado por aí não passam de aversões ao sal; gente que tem profanado as ofertas com o mel das carnais inclinações. Essas, dado que, pareçam doces aos seus proponentes, chegam acres ante O Senhor, pois, “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Quando vou cuidar de minha alimentação, escolho o que me apraz, todos fazem assim, tendo condições. Porém, se vou a casa de outrem, não tenho direito de impor meu gosto em casa alheia. Como alteraria a Mesa do Senhor? “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se, sou pai, onde está a minha honra? Se sou senhor, onde está o meu temor? ... Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.” Ml 1;6 e 7

O silêncio é melhor que “orar” a Deus com lisonjas invés de obediência; mel, em lugar de sal; pois, “o ouvido prova as palavras como o paladar prova os alimentos.”