segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Ardis da Morte

“Não vos lembrais de que, estas coisas eu vos dizia quando ainda estava convosco?” II Tess 2;5

Os cristãos em Tessalônica estavam afastando-se de antigas instruções em favor de “fatos novos”; Paulo exortou-os; “Não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.” v 2

O “dia de Cristo;” anseio legitimo de todos os que O amam. Esse é o grande truque da falsidade. Primeiro identifica o que nos é mais caro; depois oferece algum meio espúrio que “barateia” para que, a uma eventual resposta favorável nos possa manipular.

Instruindo determinada igreja O Senhor falou: “O que tendes, retende-o até que Eu venha.” Apoc 2;25

A ideia de “Reter” é ter de novo, tomar posse uma segunda vez. O que temos aprendido para salvação, em linhas gerais demanda arrependimento e confissão para o novo nascimento; negação das vontades naturais, o si mesmo; mortificação na cruz, ou, o “Jugo de Cristo”; a obediência à Divina Vontade e perseverança, dado que nossa escolha se fará alvo de ataques.

Então, nosso desafio é reter aos ensinos primeiros que nos trouxeram da morte para a vida; as “percepções” novas que visam mover nosso entendimento são sutilezas malignas dos “pescadores de homens” da oposição.

A sede por novidades, doença de todos os humanos não deveria assolar a quem bebe da Água da Vida. O Santo também gosta do novo; nunca planejou estagnação espiritual aos que chamou; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

Todavia, novidade não significa abandonar ao que aprendemos no pretérito; antes, verifica-se no necessário crescimento sobre as bases sadias nas quais fomos fundados. “Por isso, todo escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mat 13;52

Mas, como reteremos o que sequer chegamos a ter.

A maioria frequenta ambientes espirituais como quem vai a um posto de saúde com uma moléstia qualquer para a qual deseja a prescrição de uma droga que sane ou, traga alívio. Logrado isso fica, por uns dias, “saudável” até nova dose de aflições demande outro “passe” ou “oração forte” drogas que irresponsáveis travestidos de obreiros servem em fartura.

Aquilo que é íntegro não pode ser fracionado; falo da nova vida em Cristo; ou recebemos e damos o segundo passo, ou apenas enfeitamos nossos esquifes espirituais com vistosas flores do jardim das religiões.

Qual o passo seguinte à conversão? Pedro ensina: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Nosso crescimento espiritual será paulatinamente testado no mundo avesso ao Criador; “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual é a obra de cada um.” I Cor 3;13

Muitas “novidades” não passam do fogo das provações testando se iremos após elas, ou, como convém não nos moveremos do entendimento inicial. Quanto mais perto nosso crescimento nos levar, do objetivo, mais resistentes seremos aos ardis em que a morte costuma se disfarçar.

O nosso alvo está posto, devemos crescer mediante aprendizado “Até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;13

As consequências da estatura alcançada também estão patentes da devida firmeza, a despeito dos ventos circunstantes; “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a Cabeça, Cristo.” Vs 14 e 15

Novidade de vida será expressa ao agirmos de modo diverso ao que fazíamos perante tentações; não estamos tão abertos ao “novo” assim, a ponto de sacrificarmos instruções pelas quais ganhamos vida. “Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Descanso para as almas; isso O Salvador prometeu aos que fossem a Ele, tomassem Seu Jugo e, Dele aprendessem.

Que o traidor pesque aos seus prometendo dinheiro para gozar a morte que chama de vida; Cristo em Seu jugo nos dá a vida que dinheiro nenhum consegue comprar!

“Porque sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;
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Um comentário:

  1. A novidade "retida" consiste em cada dia mortificarmos o velho que persiste em nos induzir ao pecado moderno, revivido nos trechos da Bíblia, escritos para identificar o joio dissimulado em trigo através de interpretações de significados espúrios. Por mais que cheguem próximos da verdade, deixam brechas para definir o propósito da satisfação própria, enquanto a morte não chega.

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