domingo, 26 de maio de 2019

Pelo fim da tortura

“Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.” Ecl 1;15

Estudiosos dizem que Salomão escreveu “Cantares”, cuja ênfase é o amor conjugal, quando jovem e apaixonado; “Provérbios” cujo mote é a sabedoria, na maturidade; por fim, na velhice, o “Eclesiastes”, que realça, sobretudo, a decepção com as conquistas “debaixo do sol”; tudo vaidade, perda de tempo, no fim não haverá proveito nenhum.

Faz sentido. Ninguém escreve algo com um “purismo” intelectual tal, que seu contexto de vida não dê nenhum empurrãozinho. Estado de ânimo e contexto, não raro, influenciam nosso apreço da vida.

No verso supra, sua decepção com o que lhe pareceu imutável; as más inclinações do caráter humano; “Aquilo que é torto não se pode endireitar...”

Nos seus dias, ainda não. Porém o precursor do que endireitaria, O Messias, começou sua pregação justamente nesse ponto. “Preparai o caminho do Senhor! Fazei veredas direitas para vossos pés.”

Claro que João Batista não pretenda que seus ouvintes lograssem a auto-retidão para a passagem do Senhor. Ao por em epígrafe seus pecados deixaria patente a necessidade do Salvador. Isso era “Preparar o caminho”. Forjar uma plateia atenta às “Palavras de Vida Eterna.”

Parece que a sequência do verso, que aponta um lapso incalculável segue na mesma linha do início; “... aquilo que falta não se pode calcular.”

Se, sua humana decepção não divisava um modo de endireitar o que estava torto, nem calculava a demanda pra isso, ao menos, sua prudência de homem velho o fez encerrar o escrito aconselhando-nos uma abertura para a Palavra de Deus; “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus; guarda Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra; até o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Cap 12;13 e 14

Davi, seu pai, já escrevera sobre o incalculável preço da salvação; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão; dar a Deus o resgate dele, pois, a redenção da sua alma é caríssima, (a tentativa) cessará para sempre.” Sal 49;6 a 8

Quando o jovem rico apareceu perante o Salvador, cheio de justiça própria, e O Senhor observou: “Ainda te falta uma coisa”, essa “coisa” é a incalculável, tanto para Davi, quanto, para Salomão. O preço da redenção da alma. Diante desse, o jovem, bem como todos os magnatas do mundo, descem de seus tronos e viram reles mendigos.

Quando Ele ensinou que uma alma salva vale mais que o mundo inteiro perdido não é figura de linguagem; e a escala de valores celeste sendo apresentada a nós. Tendemos a mensurar coisas pelo volume, não, pelo valor.

Certa vez, um amigo meu perguntou-me: “Se, no final das contas houver cem milhões de salvos, um bilhão de perdidos, quem venceu a peleja? Deus ou o inimigo”? Pensei um pouco surpreso e então respondi o que me ocorreu; “quanto a mim, prefiro um pacote de bolachas a um caminhão de lixo.” Agora, muito tempo depois, mais maduro, pensando melhor, ainda acho que a resposta foi boa.

Sei, a figura é pesada e fere o orgulho de quem ouve; mas, a própria existência do orgulho prova já que a coisa é veraz. Que, Deus recicla lixo quando nos salva. Nos pega do monturo de pecados e refaz segundo Cristo.

Cheia está a Terra de propriedades suntuosas, adornos sofisticados, títulos honoríficos de excelência disso, daquilo, santidades, reverendos e o escambau. Quando o juízo vier, todo aquele que não tiver nascido de novo estará no lixão da eternidade. Dramático assim.

Essa geração de porcelana e cristal, onde tudo fere, quebra, é bulling, homofobia, gordofobia, magrofobia, safadofobia e o cacete, esse monte de frescuras que supostamente é posto para proteger, muitas vezes é apenas para fazer intocáveis, aqueles, que o Toque do Espírito Santo junto com A Palavra traria da morte para a vida.

Na minha infância motejávamos um do outro, brincávamos, apelidávamos; todo mundo viçou sem problemas; tínhamos café no bulling; digo, têmpera para lidar com isso sem mimimis psíquicos.

Então, é preciso romper cercas que vetam acesso ao Senhor, senão a observação aquela, que, o que é torto não se pode endireitar prevalecerá para a perdição de muitos.

Dizemos que Deus escreve certo por linhas tortas. Na verdade escreve reto para vidas tortas, tencionando que essas convertam-se adotem para si os Seus caminhos.

“Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Quem é prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos; os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.” Os 14;9

sábado, 25 de maio de 2019

Nosso Coração de Faraó

“O Senhor endureceu o coração de Faraó; este não os quis deixar ir.” Êx 10;27

A cada tentativa frustrada de libertar aos hebreus do cativeiro egípcio o cronista disse que, Deus “endureceu ao coração de Faraó”. Se, demandava mediante Moisés, liberdade, por outro lado, negava-a “puxando o freio de mão” do Rei, seria O Altíssimo um brincalhão? Teria cometido injustiça, uma vez que a culpa pela desobediência seria Sua???

Como disse Paulo, “seja Deus verdadeiro e mentiroso todo o homem;” Rom 3;4 “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio... Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?” Gn 18;25

As dimensões, espiritual e natural são distintas, isso é comprovado até pelo vulgo. De onde viria o dito que “as aparências enganam”, senão de vivências da diferença entre a “fachada” e a essência das coisas?

Filósofos dividiam em Númeno e Fenômeno. Aquele, a plenitude do ser; a coisa-em-si, a verdade; o fenômeno, meramente a coisa para si, como se percebe, aparência.

Embora os livros bíblicos fossem escritos por inspiração do Espírito Santo, Ele usou homens, que escreveriam para o proveito de semelhantes; aí, permitiu o registro das coisas sobre a humana perspectiva. A Palavra tencionou sempre ser a Revelação da Divina Vontade no que tange à Sua relação conosco, nunca pretendeu ser um compêndio de ciência.

Situações que poderiam trazer contágio de enfermidades eram vetadas de modo simples; “Não tocarás; é imundo.” Como falaria O Eterno, naquele contexto, de ácaros, fungos, vírus, bactérias? A narrativa da pausa do Sol e da Lua; pode ser que a Terra tenha sido parada, mas, o cronista narrou como percebeu. Essa inversão é comum, como dizermos de uma criança que seu calçado ficou pequeno, quando, foi o pé que ficou maior.

Sobre a relação de Deus com o pecado, temos orientações Bíblicas bem conclusivas. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar...” Hc 1;13 ou, “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.” Tg 1;13 etc.

Se, O Santo não pode ser atraído pelo mal, tampouco, contemplá-lo, longe Dele que o pratique!

Seu juízo em “prestações”, as dez pragas, numa cultura idólatra e politeísta era Seu “Cartão de apresentação” a dois povos que lhe não conheciam. Além disso, misericórdia. Cada praga além de mostrar Seu domínio sobre os elementos ou vidas, usadas, ainda dava oportunidade aos deuses egípcios, teóricos dominantes sobre aquilo, de mostrarem seu contraponto desfazendo à mesma. Além de deixar patente o “Eu Sou” para o povo eleito deixaria também para os egípcios que seus ídolos não eram nada.

Todos os corações sem Deus são mui duros. Não carecem ser endurecidos. Vejamos: “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que pudessem ver que são em si mesmos como animais.” Ecl 3;18 Ou, “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Prov 26;12 etc.

O Salvador acusou seus ouvintes de um louvor superficial, meramente de lábios, porque estavam de corações endurecidos.

Então, quando Deus “endurecia” ao coração de Faraó, não o fazia ficar mau; apenas deixava-o entregue a si mesmo.

Como um ímpio ouvindo hoje a mensagem do Evangelho sem a Graça concomitante do Espírito Santo que convence, quebranta, entra num ouvido e sai no outro; assim o homem em si mesmo não se sensibiliza com coisas de uma dimensão que ignora.

A rigor, as aparências não enganam; são as inclinações naturais da carne que pendem até contra o que essas deixam patente, como a existência de Deus, por exemplo; “Porque as suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu eterno poder, como Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20
Enquanto for a carne a motriz de nossas decisões, estaremos “dormindo com o inimigo” malgrado, sejamos mui religiosos. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

“Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim...” significa negarmos nossas inclinações levando-as à cruz, para que o Divino e misericordioso propósito cumpra-se em nós.

Os que nos ofendem e acusam de nos escondermos atrás da Bíblia não percebem que só há dois esconderijos possíveis, o resto são desdobramentos de um e outro. Escolhemos Deus. “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Os sem noção e os salvos

“Pois, reconsidera, converte-se de todas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá.” Ez 18;28

Recorrentes, textos de pretensiosa justiça humana, insinuando como falsa a salvação de alguém, cujo passado foi tenebroso, mas, arrependido voltou-se a Deus.

“Roubou, matou, adulterou etc. foi para a igreja está salvo; só porque eu... ( citam um de seus pecados favoritos) vou pro inferno?” Mais ou menos isso circula. Vamos a uma breve autópsia para ver a causa da morte.

Ninguém é salvo por ir à igreja. Infelizmente há muitos nela que jamais tiveram contato com O Salvador. Morar numa garagem não transforma ninguém em carro; igualmente, habituar-se à igreja não faz de ninguém um filho de Deus.

As pessoas não vão à igreja para ser salvas; mas, congregam-se nelas para adorar a Deus porque são salvas; lhes faz bem a comunhão dos santos. O encontro com a Salvação pode ser em qualquer lugar; inclusive, na igreja, pois, lá, a Palavra da Salvação é ensinada. Mas, não necessariamente lá.

O perdão Divino não é oferecido de acordo com certo número ou, qualidade de pecados que cometemos; Como se, alguns fossem perdoáveis, outros, não. Para Deus com muitos, ou poucos, “pecadões” ou, pecadinhos, estamos todos no mesmo barco. “Não há um justo sequer.” E “Aquele que não nascer de novo não pode ver O Reino dos Céus.” Sério assim.

Paulo, perseguidor da igreja embrionária, cúmplice do assassinato de Estevão sentia-se o “Príncipe” dos pecadores. Contudo, disse que sua chamada servia também para isso; por em relevo a longanimidade e misericórdia Divinas. “Esta é uma palavra fiel, digna de toda aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para a vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Um homem estava com as mãos sujas e foi instado a lavar-se para assentar-se à mesa com O Rei; outro estava todo sujo dos pés à cabeça; serviçais o palácio requereram dele um banho antes do banquete. Ciente de sua sujeira aceitou de bom grado; depois foi recebido na mesa Real para o manjar; mas, o de mãos sujas resistia às “imposições“ do Rei achando que, lavar ou não as mãos era problema seu; sentia-se suficientemente limpo. O Rei achou que banir ao tal rebelde de Sua Presença era direito Seu; e baniu.

O de muitos pecados, arrependido e contrito se assentará com O salvador, enquanto o petulante e arrogante cheio de justiça própria terá sua sorte com o mentor da arrogância e petulância, Satanás.

Deus nunca se preocupou com os “danos à auto-estima” que a Verdade poderia fazer; antes, coloca patentes as coisas como são; a estatura da justiça própria dos seres humanos não ajuda muito. “Todos nós somos como o imundo; as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; nossas iniquidades, como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Os que desprezam às demandas de Cristo para salvação colocando suas próprias visões como alternativas precisam urgente aprender uma coisa: quem faz isso não apenas rejeita Deus; antes, se faz consorte dos ensinos do Diabo. Sim foi ele que disse que os humanos não precisavam levar tão a sério a Divina Vontade; poderiam decidir eles mesmos sobre bem e mal.

Ademais, como disse o Padre Paulo Ricardo; “Queres conhecer a situação espiritual de alguém? Observe contra o quê, o contra quem ele está lutando”. Quem se opõe veemente à Palavra de Deus e Seus servos faz isso por quê?

A Bíblia ensina nos Salmos que a língua do ímpio pode ser suave como manteiga, e, ainda assim, afiada como navalhas. Um salvo exercita antes de tudo os ouvidos, pois, o “negue a si mesmo”, condição indispensável à salvação o faz, ajudado pelo Espírito Santo e orientado pela Palavra de Deus, a lutar na trincheira certa fazendo ao arrogante e sem noção que o habita engolir a própria língua, para não atrapalhar os ouvidos quando O Salvador está falando.

Os três amigos de Jó torturaram ao infeliz, com suas venenosas línguas cheias de razão; quando, Deus resolveu intervir, o desprezado Jó teve que orar por eles para que fossem perdoados. Quem pertence ao Senhor, pois, não precisa provar nada; o próprio Senhor deixa isso patente quando oportuno.

Os atrevidos que muito batem com a língua nos dentes é porque ainda não bateram com os joelhos no chão. Todos terão que fazer isso um dia. Felizes os que fizerem em tempo, voluntariamente.

“... como Eu Vivo, diz o Senhor, que todo joelho se dobrará a mim...” Rom 14;11

terça-feira, 21 de maio de 2019

MBL, Marcha das Vadias, Bolsonaro

“Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira.” Ronald Reagan

Segundo um dito vulgar a prostituição seria a mais antiga das profissões. Divirjo por dois motivos: Primeiro; prostituição é um vício, uma decadência moral. Profissão como a própria palavra sugere atina a uma ocupação laboral que professamos. Essa, invés do devido nome usa eufemismos como, “acompanhantes”, “garotas de programa” etc. pois, sabe-se indigna, indecente.

Segundo; Adão foi Presidente, Abel, pastor, Caim agricultor e Eva, certamente, doméstica, além de primeira-dama em “Paraisópolis”. Logo, temos quatro profissões concomitantes no início da saga humana. O que por si só mandaria a prostituição para o quinto lugar; ou, para os quintos, sei lá.

Entretanto, abstraída a divergência, o que o ex-presidente Reagan quis dizer é que via a política como semelhante à prostituição.

Não dá para negar que tinha, e ainda mais hoje, tem razão. Se, a prostituição faz coisas indecorosas e aviltantes por dinheiro, a política faz a mesmíssima coisa por dinheiro e por poder.

O exemplo mais atual é a galera do MBL que elegeu uma turma de deputados federais liderando manifestações de rua e fazendo pose de direitistas, oponentes de Dilma e Temer, sobretudo.

Agora, eleitos, deixaram vazar uma “Live” onde falam igualzinho aos abjetos discursos do PSOL. Aliaram-se aos anti-Brasil do “Centrão” e falaram mal da programada manifestação do próximo domingo, distorcendo a pauta e desqualificando eventuais participantes. Como disse Omar Ferri, “Recuso-me a acreditar que vocês se tornaram eles.”

Parece que aprenderam “rodar bolsinha” e montados na grana que a “profissão” dá perderam de vez a vergonha da cara. Já vimos esse filme; radicais e veementes defensores da ética, probidade, e bla blá blá, quando na oposição, quando em campanha; porém, uma vez eleitos, mais do mesmo. O PT começou assim; deu no que deu.

A extrema imprensa, os três poderes, ( sim, há gente traíra no Executivo também ) acostumados ao modo, casa da sogra, e ainda, muitas corporações que sempre assaltaram aos cofres públicos unem-se de modo espontâneo, natural contra o presidente Bolsonaro. Parece que seu modo austero de governar, sem conchavos e fisiologismos deixou o cabaré de Brasília sem clientes, e o meretrício está em Pé de guerra contra ele.

O orçamento apadrinhado, o fisiologismo, o toma-lá-dá-cá, o nepotismo, o balcão de negócios, habituais frequentadores do puteiro andam desaparecidos e a culpa seria do Bolsonaro. Quem ele pensa que é para atrapalhar assim ao “trabalho” alheio?

Então, fervilha em todos os cantos da Capital a “Marcha das Vadias”, que no afã de retomar a clientela da zona manda pra cucuias a vontade expressa por mais de cinquenta milhões de eleitores que votaram em Bolsonaro por acreditar que ele faria mesmo, o que prometeu na campanha.

E pensar que íamos votar com “sangue nos zóio” acreditando que os nossos votos valeriam alguma coisa; pior, muitas amizades foram desfeitas por ferrenhas defesas de partidos e de corruptos de estimação...

Precisamos escutar uma vez mais o Zé Ramalho cantando a “Vida de Gado” e prestar atenção, desta vez, na letra diagnóstico, que, vem desde dias idos, já.

Antes, “Ele Não” porque era Nazista, Fascista, homofóbico, machista, eletricista e o diabo a quatro. Agora ele não consegue governar porque seu Governo propôs uma reforma previdenciária que mexe nas aposentadorias das meretrizes, um pacote anti crime que ameaça à maioria do cabaré, e ainda fechou uma dezena de lupanares, ministérios inúteis, digo, onde muitas putas “batalhavam” o seu.

O Mecanismo está de tal forma enraizado no organismo do “Seu Brasil” que, se tornou inevitável correr algum sangue na extirpação do câncer. Ou, derrubam ao Bolsonaro, seu sonho de consumo e seguem vampirizando-nos com mais de cinco meses de impostos por ano para pagar suas lagostas e vinhos premiados, e corrupções várias, ou, algum contraponto de peso terá que ser posto à mesa, para higienizar aos três poderes banindo de vez a “normalidade” da prostituição.

Tanto falaram mal do regime implantado em 1964, mentiram e difamaram aos militares enquanto idolatraram aos terroristas, que, desgraçadamente a coisa começa a se repetir diante dos nossos olhos. Salvas algumas variáveis, dado o hiato de tempo, a coisa é mais ou menos a mesma. O puteiro está de tal forma bagunçando tudo que no fim só restará aos homens de bem chamar de novo à policia.

Claro que há gente honesta lá sofrendo impotente. Bem poucos. Como disse Henry Kissinger, “90% dos políticos se encarregam de estragar a reputação dos 10% restantes.”

Não creio em meio termo; com Bolsonaro vai ou racha. Oremos, homens e mulheres de bem, para que Deus o fortaleça e rache apenas o lupanar da corrupção.

Cisternas Rotas no DNA

“Entregarei os homens que transgrediram Minha Aliança, que não cumpriram as palavras da aliança que fizeram... na mão de seus inimigos que procuram sua morte...” Jr 34;18 e 20

A ideia vulgar de pertencer ao Senhor sempre é de usufruto de especial proteção e toda sorte de bênçãos; quase nunca, de responsabilidade. Notemos no texto acima que havia inimigos que teriam um triunfo eventual, enquanto os “eleitos” transgressores pereceriam.

A proteção Divina está expressa: “... aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho.” Zac 2;8 Então, era Israel. Por que seria diferente com os salvos em Cristo? Que o Eterno abençoa Seus filhos é certo; porém, não necessariamente segundo nossos pleitos, mas segundo nossas carências aos Seus olhos, e no Seu tempo.

Privilégios de filhos de Deus se fazem acompanhar de responsabilidades que ímpios não têm, como disse Paulo; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

“Livres” no sentido de soltos no mundo ao bel prazer, não, com carta banca para pecar. Livres porque, mortos espiritualmente, nada tendo a perder. Habitantes adiados do Inferno excursionando sobre a Terra.

Quando Paulo disse aos atenienses que Deus não toma em conta a ignorância não significa que abona às maldades feitas “no escuro”, mas que está pronto a perdoar aos que, na luz, reconheçam às mesmas e se arrependam. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

O Salvador disse algo semelhante; “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41

Desse modo, por termos sido iluminados e feito uma aliança com O Eterno, numa relação de obediência somos protegidos e abençoados, na rebeldia colhemos juízo; seremos os primeiros a perecer; mediante Ezequiel Deus mostrou uma cena da “prioridade” dos “santos”; “Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; ‘começai pelo meu santuário’...” Ez 9;6

Desgraçadamente vivemos os dias vaticinados por Agur; “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Para gente “auto-santa” sem noção, o menor sinal de disciplina, correção soa-lhes a intromissão nas suas vidas, contudo seguem “filhos de Deus”. Acontece que, o “teste de DNA” que prova a filiação é nossa reação à disciplina. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Ignoram convenientemente, esses amantes-de-si-mesmo escondidos atrás do “não julgueis” que, quando apresentamos À Palavra de Deus sadiamente interpretada quem está julgando atitudes é Deus, não somos nós; o mesmo juízo Dele que ensinamos se nos aplica também.

Um dos mais graves pecados ao longo de toda a Bíblia sempre foi a idolatria que coloca aparatos de humana feitura acima do Deus Vivo. Às nações que O desconheciam Deus permitia tal erro embora deixando patente a insanidade, detalhando a geração tais “deuses”; “O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;7

Porém, quando a coisa brota de quem já conhece a Deus, aí causa espanto nos Céus; “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, que elegi descendência de Abraão, meu amigo;” v;8 Jeremias também desnudou isso: “O meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Minha cidade, Soledade RS gaba-se de ter posto sete mil pessoas na procissão de “Santa Rita” no domingo passado. Quando fizeram algo parecido para o Deus Vivo, Criador de tudo o que há? Se, pelo menos tivéssemos a decência de parar de mencionar ao Altíssimo como disse nos dias de Ezequiel; “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois, a mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome...” Ez 30;39

Os que estão irritados ao ler isso já receberam em si mesmos o resultado do DNA. Não são filhos de Deus! Precisam nascer de novo para isso. 

Quanto a algum incauto e ignorante que acha melhor ficar longe, já que a responsabilidade maior é de quem conhece, umas perguntas: “... se, ( o Juízo ) começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? Se, o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” I Ped 4;17 e 18

domingo, 19 de maio de 2019

Brasil; Deus Vai Gritar

“... Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor para que eu vingue o sangue dos meus servos...” II Rs 9;6 e 7

Anônimo profeta agindo segundo mandado Divino escolhendo ao capitão Jeú para rei e comissionando-o a fazer uma faxina, como juízo do Altíssimo.

Desde sempre ouvimos a tolice feita para engabelar incautos, que, política e religião, não se discute; como se, cada bichinho trouxesse no DNA sua escolha válida e intocável. Feita a mesma, não se fala mais nisso; francamente.

Além de flexíveis, moldáveis, não são coisas distintas como se tenta fazer parecer; antes, estão amalgamadas. Se, não vivemos mais sob governos teocráticos como naqueles dias, das nossas convicções espirituais emergem as nossas escolhas políticas.

Raciocinemos; valores como, respeito à família, autoridades, leis, apreço pela moral e bons costumes, recompensa a cada um segundo o mérito são nuances que se identificam com quem?? Todos esses valores são encontráveis na Palavra de Deus. Não significa que os liberais na economia e conservadores nos costumes sejam cristãos exemplares. A maioria não é. Mas, os valores que esposam são aqueles com os quais os cristãos se identificam.

Por outro lado, perversão da ordem, insurreição contra as leis, vilipêndio da honra alheia, mentira, liberação das drogas, do aborto, do casamento gay, ideologia de gênero, protestos nus, pornográficos e afins alinham-se com qual deus? Sim, já pus minúsculo, pois, é óbvio demais.

Assim, se, a dita direita política não significa necessariamente acuidade espiritual com Deus, nem todos os simpatizantes da esquerda lhe são desafetos conscientes, quiçá, satanistas; mas, que os “valores” que defendem alinham-se às perversões do Capeta, isso até as pessoas mais simples podem perceber, se, tiverem um fragmento, eventual, de honestidade intelectual.

Por que os esquerdistas são globalistas, enquanto, os opostos são nacionalistas? “Make América great again” “Brasil acima de tudo...” etc. Porque quem pretende um império global sob sua batuta é o Capeta; e a Bíblia nos ensina que, por breve tempo logrará isso.

Assim, esquerdistas, a maioria inconsciente, não são apenas massa de manobra de sindicalistas espertalhões que os manipulam para as desordens de sempre; são fantoches do Capeta em seu sórdido propósito totalitarista em curso.

Deus permitirá isso com sinais impactantes do enganador, como juízo à humanidade que O desprezou; “... a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

Todavia, enquanto o império global é adiado está tratando conosco. E, nosso presidente eleito, além de esposar a ideia de “Deus acima de todos” usava na campanha um interessante fragmento da Sua Palavra; “Conhecereis a verdade e a verdade vos liberará.”

Pois, a mais dolorosa verdade que assoma nesses primeiros cinco meses é que, o “Mecanismo” não aceita a batuta de alguém honesto que lhe feche as vorazes torneiras da corrupção.

Assim, percebemos frustrados que nossos votos tão bem intencionados e nossas ferventes paixões políticas não valiam nada. Como disse sarcasticamente alguém; “A democracia permite que escolhamos com qual molho seremos devorados.”

E parece que o “Parmito” da vez é apimentado demais.

Pela primeira vez em décadas, as chaves do cofre estão em mãos honestas e isso está dando azo a um emperrar da máquina pelo maldito sistema corrupto e sabotador. Fica fácil entender por que o tal do Adélio segue “lobo solitário”; porque quem o mandou é do sistema que deveria ter investigado a ação, então.

Jair não é perfeito, tampouco, um Messias como seu nome traz; mas, estou certo que é uma escolha de Deus para esse tempo em nosso país. Do jeito de sempre a coisa não vai. Ele se recusa fazer as sórdidas negociatas usuais, e o sistema enraizado em todos os poderes e na mídia faz tudo para derrubá-lo.

Dada sua resiliência e firmeza de caráter não acredito que renuncie nunca. Assim, é bem provável que a máfia esteja treinando um “Adílio” já, digo, pensando num executor B, para o plano A. Orar pela vida do presidente, pois, é sermos partícipes da Obra que Deus está fazendo para faxina no reino de corruptópolis.

Canalhas não se curvam às leis; a vontade majoritária expressa nas urnas, tampouco; sempre fizeram e aconteceram. Se, só à força reconhecem, saibam que, quem está interessado em Justiça é O Todo Poderoso, não se trata de partidos, homens.

Tanto beberam o sangue de uma nação que agora O Eterno cansou. “Por muito tempo me calei; estive em silêncio, me contive; mas, agora darei gritos como a que está de parto...” Is 42;14

sábado, 18 de maio de 2019

Estelionatários Espirituais

“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do Senhor;” Ez 13;2

Não pareceria estranho se alguém dissesse: Curai ao médico, protegei ao policial, ou, ensinai ao professor? Contudo, no texto supra, temos Ezequiel recebendo do Senhor o seguinte mandado; “Profetiza aos profetas”. O mesmo verso se encarrega de alistar a causa desses “médicos” carecerem cura; “profetizam de seu coração”.

Ora, que o coração humano tenha suas emoções, desejos, intentos, isso é absolutamente normal. Todos nós temos. O problema é quando, eu transfiro os meus anseios e os faço parecer Vontade do Senhor. “Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou e fazem que se espere o cumprimento da palavra. Porventura não tivestes visão de vaidade, e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz, sendo que Eu não falei?” VS 6 e 7

As redes sociais estão cheias de profetizadores de grandezas incondicionais “Em Nome de Jesus”. “Deus vai te exaltar! Mudar tua tristeza em alegria, envergonhar o diabo, devolver em dobro o que te foi tirado;” etc. Tudo tipo horóscopo; jogado ao vento pegue onde pegar. Deixem de ser pilantras!! Vocês não são profetas do Senhor!

Como sei disso? Primeiro, um profeta ou profetisa autênticos não atiram a coisa para ver onde cai. Pregar a Palavra sim; ensina-se como é, receba-a quem receber. Profetizar é algo específico, com alvos e condições determinadas que O Mesmo Senhor zela por cumprir. Um profeta veraz é antes de tudo um reparador de brechas; isto é: Um emissário do Santo que exorta os errados de espírito segundo Deus. “Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” V 5

O profeta idôneo, antes de acenar com as Bondades Divinas aplica corretivos nas maldades humanas; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura; não manifestaram a tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2;14

Fragmento das lamentações de Jeremias, profeta fiel entre as ruínas de uma cidade arrasada por preferir as “profecias” fáceis invés da verdade.

Os dois Vates, Ezequiel e Jeremias testemunharam a mesma doença; “Porquanto, sim, porquanto andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada” Ez 13;10 “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade. Curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Jr 6;13 e 14

Os de hoje não fazem melhor que isso. Uma geração de egoístas, hedonistas, materialistas e indiferentes a Deus, sempre tem ao seu favor uma profusão de facilidades proferidas em “Nome do Senhor,” enquanto seus muitos pecados são passados por alto, como se, irrelevantes fossem; cáspita! Como disse Jó: “Quisera calásseis a boca; isso seria vossa sabedoria!”

Ora, não bastam as más inclinações da carne, as seduções do mundo e a dura oposição do inimigo? Ainda precisaríamos do Todo Poderoso como adversário? Pois, os que O Profanam tomando indevidamente Seu Santo Nome o terão sim, como opositor. “... Como tendes falado vaidade, e visto mentira, portanto eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Deus.” Ez 13;8 “Tornou-se o Senhor como inimigo; devorou a Israel, devorou a todos os seus palácios...” Lam 2;5 “Eles foram rebeldes, contristaram o Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10 etc.

Assim, atuam disseminando enganos; drogam aos pecadores para que seu torpor retenha a voz da consciência que denunciaria os seus erros; de quebra se fazem inimigos de um Adversário imbatível.

O falso profeta não é apenas um pavão espiritual sem revelação nenhuma; é um tremendo sem noção, que abdica da possibilidade de ser transformado, deveras, num instrumento do Senhor; foge disso temendo a cruz; devaneia com os atalhos do auto-engano preferindo ser apenas um estelionatário espiritual a serviço do capeta usando um falso crachá da “Empresa” do Senhor.

Eis que sou contra os profetas que proferem mentiras diz O Senhor!

Nesse mundo apodrecido O Eterno não precisa de marqueteiros, mas de restauradores; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, não achei.” Ez 22;30

“A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.” Miguel de Cervantes

segunda-feira, 13 de maio de 2019

A Saúde da Fé; ou, Doença

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

A fé nem sempre, corretamente compreendida; muitas vezes vista como uma coisa eficaz em si, como se, bastasse alguém tê-la para possuir uma força operadora de milagres. Interpretação rasa de frases do Salvador que dizia: “A tua fé te salvou”.

É diferente dizer: “A fé te salvou”; e,”A ‘tua fé’ te salvou”. Quando diz a tua fé refere-se a uma fé específica exercida por alguém, não algo genérico sem alvo ou conteúdo. Era como se Ele dissesse: Você confiou em mim; gostei disso, por isso te ajudei.

A incredulidade é blasfema, pois, tendo se revelado como fez, O Eterno, Sua Existência e Vontade não ficaram numa nebulosidade filosófica onde, só os cérebros privilegiados poderiam, quiçá, “descobrir”. A dúvida coloca ao incrédulo em oposição diametral à Palavra, o que implica chamar ao Santo de mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I João 5;10

A própria criação se encarrega de gritar a existência do Criador; “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda a terra; suas palavras até ao fim do mundo.” Salm 19;1 a 4 Ou, “As suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20 etc.

Cada um que ouve O Evangelho terá que lidar pessoalmente com o dilema de Pilatos: “O que farei de Jesus chamado O Cristo?”

Aliás, o “problema” que a fé enfrenta em muitos corações é que ela é muito específica, tem conteúdo claro e é muito “negativo” no que tange ao orgulho natural. Declara a todos injustos, nossa pretensão de justiça própria equipara a andrajos de leprosos; “Todos nós somos como o imundo; todas as nossas justiças como trapo da imundícia...” Is 64;6

No dilema entre agradar a Deus e satisfazer a si mesmo, adivinhe quem os incrédulos escolhem! “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Assim, a fé bíblica é muito mais traumática que mera abstração mental, ou, aquiescência intelectual. Requer o enfrentamento do maior e mais difícil adversário, o ego. O “negue a si mesmo,” demanda da fé sadia parece fácil, mas requer ousadia que poucos conhecem, infelizmente. Salomão dissera com propriedade; “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso; o que controla seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Logo, são só os “melhores” que abraçam à fé; melhores no quesito humildade, por ruins que sejamos ao apreço da escala de valores mundana; aliás, talvez seja essa ruindade que não nos custa assumir, dado que a sociedade já nos exclui por ela, que nos “qualifica” à fé como disse Paulo: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Sendo o alvo da fé, como vimos, agradar a Deus, e Ele “Galardoador dos que O buscam” também isso pode ser torcido por interesses rasos como se, desse para manipular ao Altíssimo fingindo buscá-lO pelas recompensas materiais, uma leitura rasa de “Galardão”. Ouçamos o que O Senhor disse a Abraão: “Não temas, Abrão, Eu Sou Teu Escudo, Teu Grandíssimo Galardão.” Gn 15;1

Desse modo, O Eterno galardoa aos que O buscam de modo sincero deixando-se encontrar. A fé que nos faz agradá-lO faz Nele descansar; esse é seu fim. Circunstâncias favoráveis ou adversas são os meios, apenas. Se, Ele se agradar de nós passará conosco pelas adversidades necessárias; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Fé seletiva que escolhe em quais partes crer não é fé; é só velhacaria orgulhosa de ímpios maquiando-se e enganando a si mesmos. Fé saudável crê que somos tão maus e perdidos quanto A Palavra diz, antes de crer que seremos abençoados como O Senhor promete.

domingo, 12 de maio de 2019

Templos de Paz

“Certamente não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o Poderoso Deus de Jacó.” Sal 132;3 a 5

Esse cântico foi uma evocação do que Davi dissera e intentara fazer. A fidelidade do rei usada como fiadora da misericórdia, então, desejada. “Por amor de Davi, teu servo, não faças virar o rosto do teu ungido.” V 10

Quando Davi dissera que não daria descanso às suas pálpebras enquanto não construísse uma habitação para O Senhor não devemos levar a coisa ao pé da letra. Poeta que era usou uma linguagem poética para dizer que desejava fazer um templo em honra ao Senhor antes de morrer.

Claro que ele sabia que O Eterno não habita em templos de humana feitura; mas, a “habitação” tencionada não era um abrigo como se, aquele que tudo criou e a Quem tudo pertence necessitasse algo. O templo era para honra do Seu Nome, e adoração dos que O quisessem servir.

Deus aceitara, porém, vetara que a construção fosse feita pelo guerreiro Davi. “Há de ser que, quando forem cumpridos teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este me edificará casa; Eu confirmarei o seu trono...” I Cron 17;11 e 12

O descendente escolhido para a missão fora Salomão. O rei fez o projeto e arrecadou em fartura os materiais que julgou necessários; lembrou ao seu filho que fora vetado como construtor, pois, derramara muito sangue; que ele, rei em dias de paz deveria fazer a obra. “Agora, pois, meu filho, o Senhor seja contigo; prospera; edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cron 22;11

Sobre templos temos hoje em dia os dois extremos; de um lado os que fazem verdadeiras extravagâncias rasgando dinheiro que poderia ser melhor utilizado; do outro, os que são contra o edificar lugares de culto até, dado que Deus não habita em templos de pedra.

Temperança é um fruto do espírito; equilíbrio, pois. Os templos não são para Divina habitação, mas, para congregação e culto daqueles nos quais O Santo Habita. A febre da ostentação dispendiosa pode e deve ser abstraída, mas, às necessidades práticas, não podemos omitir.

A edificação que conta deveras se dá em cada um; Como naquele caso Deus não quis que um homem de guerra lhe fizesse o memorial; preferiu um de paz; também nós, enquanto em guerra com Deus nenhuma edificação é possível. Primeiro a reconciliação; “... Rogamo-vos da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

O “material de construção” para esse templo é a correspondência ao Amor Divino; “... Se alguém me ama, guardará minha palavra; meu Pai o amará; viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23 Notem os que acham se pode servir a Deus de qualquer maneira, cada um como aprouver; acusam, aos que se atêm a Bíblia, ora, de fanáticos, ora de donos da verdade, etc. notem, digo, que o primeiro traço esperado de quem corresponde ao Divino amor é zelo pela Sua Palavra; “Se alguém me ama guardará Minha Palavra...”

Vem por ela a santificação; um processo lento no qual O Espírito Santo trabalha em nós, cambiando nossos pensares desorientados pelo Divino Saber; “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos; Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Aludindo à “Pedra Rejeitada”, Cristo, Pedro nos “petrificou” também, expondo o Divino propósito ao nosso respeito; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

Longe estejam os $acrifício$ que muitos patifes pregam por aí; “... Oferece a Deus sacrifício de louvor.” Sal 50;14

Naquele templo primeiro, o construtor se chamava Salomão, cujo nome significa, “Pacífico”; aqueles que têm paz com Deus, em nenhum momento atrevem-se a questionar Seus preceitos, pois neles veem justiça; “O fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.” Tg 3;18

“Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo Teus Juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

A habitação do Santo em nós necessariamente fará a justiça habitar também. Vigiemos para que nossos templos sejam de paz com Deus, não um daqueles que O irritam fazendo-O virar as mesas.

sábado, 11 de maio de 2019

Deus ou o Monstro

“... Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia, tornarei a ver o teu santo templo.” Jn 2;4

Fragmento de uma oração muito “profunda”; Jonas estava no fundo do mar, no abismo, no ventre de um peixe há três dias, quando orou.

Preferira morrer a levar uma mensagem Divina aos odiados ninivitas; vendo que se passava o tempo e milagrosamente o metabolismo do bicho não o consumia, repensou e decidiu arrependido, cumprir o Divino propósito. “... lançado estou de diante dos teus olhos...” disse. Depois fez uma ousada e esperançosa leitura do porvir, confiado na bondade de Deus. “... tornarei a ver o Ter santo templo.”

Tinha uma missão a cumprir; uma vez desincumbido, volveria para sua terra outra vez, pensou. “Quando desfalecia em mim minha alma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.” V 7 Apesar da ideia fixa de orar no templo mesmo estando no fundo do mar contou com a Onipresença do Santo, como dissera Davi; “Se ... habitar nas extremidades do mar, até ali Tua Mão me guiará e Tua Destra me susterá.” Sal 139;9 e 10

Por fim, reavivou a obediência que votara; “Eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do Senhor vem a salvação.” V;9

Então, “Falou o Senhor ao peixe e este vomitou Jonas na terra seca.” V 10

Uma coisa a aprendermos sobre respostas às orações. Deus não vem ao nosso encontro com um pacote como se fosse empregado dos correios; antes, move circunstâncias em determinada direção, seja, concedendo o que pedimos, seja, negando. Quem tem comunhão com Ele entende Sua linguagem.

O peso derivado da desobediência, como o de Jonas é removido, uma vez, restabelecida a obediência; os que são frutos de nossos anseios nem sempre obtêm resposta favorável; ou, porque nossos anelos não são espiritualmente sadios, o tempo aprazado para certa bênção inda na chegou, ou, O Santo tem propósitos diversos para nós. O Não, e o espere, também são respostas.

Acontece que O Eterno responsabiliza-se pelo que prometeu apenas; “... Viste bem; porque Eu Velo sobre a Minha Palavra para cumpri-la.” Jr 1;12 assim, embora a esperança seja uma coisa boa, se insistirmos em esperar algo diverso do Divino intento estaremos “fazendo força” em vão; “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a ‘esperança proposta’;” Heb 6;18

Muitas vezes somos engolidos por “monstros” aos quais Deus não pode ordenar que nos vomitem; Tragados pela afeição aos vícios, errôneas concepções da vida, de Deus, arbitrários que somos carecemos sair com algum esforço das entranhas do “bicho” ao encontro da Sua Santa Vontade.

O que Deus faz é lançar a corda da Sua Palavra libertadora, mas, pegarmos a mesma para sermos ajudados é decisão de cada um; “Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O suicida profeta metera-se na enrascada por aversão aos inimigos de Israel, os assírios; os rebeldes atuais suicidam-se também, por não abdicarem de doentias paixões, como se, preservá-las fosse mais valioso que a preservação da vida.

As escolhas implicam perdas; para ter o que quero tenho que preterir algo excludente à minha opção. Como ensinou O Salvador, não podemos servir a dois senhores. Esse é o dilema da maioria dos desobedientes; teoricamente querem os Céus, mas, na prática vivem às suas maneiras, como se pudessem sair do “mostro” quando quisessem pelos próprios esforços.

O metabolismo do tempo os vai digerindo lentamente, até que é tarde demais. A morte espreita em cada esquina; a cada um que ceifa, divorciado do Senhor, é mais um que não verá jamais, O Santo Templo na eternidade.

O Canhoto em seu consórcio com a carne rebelde joga tudo no aqui e agora fazendo parecer que nosso tempo deve ser “aproveitado” pra “curtir” a vida; A Palavra de Deus apresenta a redoma de tempo espaço como uma dádiva para reconciliação com Deus. “... de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar...” Atos 17;26 e 27

Jonas o fujão se arrependeu e foi restabelecido; trocou seus afetos desajustados pelos Santos, de Deus. Os de igual proceder terão a mesma sorte; os demais serão digeridos, infelizmente.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

A descida por onde se sobe

“A gente não se liberta de um mau hábito atirando-o pela janela; é preciso abrir a porta, tomá-lo pela mão e descer a escada, degrau por degrau.” Mark Twain

Veraz a frase do comediante, que falou mui sério na ocasião. Hábito vem de habitar, residir. Modo de ser que nos habita; esse “inquilino” não pode ser despejado de modo abrupto, pois, seu domínio demorado sobre nossa vontade tem raízes fundas que não podem ser erradicadas facilmente.

Abrir a porta seria raiar a vontade de ser liberto do mau hábito; fazê-lo descer degrau por degrau, a perseverança no processo de libertação. Parece simples, mas não é. Muitos homens são capazes de persuadir uma multidão e impotentes para enfrentar às próprias vontades.

Como um drogado prefere tontear as angústias de viver a enfrentá-las, muitos optam por desvios sabidamente insanos pelo medo do preço a pagar na senda da virtude. Os ouvintes de Jesus agiram assim. “... a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Qual a ameaça da luz? Traz reprovação à maldade; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” V 20

O ímpio habitado pelo orgulho prefere reprovar Jesus Cristo a ser reprovado. Assim, a sugestão diabólica de decidirem por si, os pecadores sobre bem e mal, os levou a ver o bem, nas trevas, e o mal, na luz. Toda inversão de valores que grassa destruindo famílias e a sociedade é derivada dessa poluída fonte.

A mensagem de Cristo era um convite a abrirem a porta para o despejo paulatino do intruso; mas, isso requeria receber O Senhor; essa troca eles não queriam fazer. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei, e ele comigo.” Apoc 3;20

Orgulho é a imposição do “si mesmo” onde deveria ser Assento de Deus; o abrir-se à salvação necessariamente bate a porta na cara do “si mesmo”. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

A escada da salvação ruma para baixo. O homem alienado do Criador endeusou paixões e subiu alto no trampolim do engano de onde se mergulha na perdição. O Espírito Santo obra concomitante à Palavra tentando convencer ao incauto que a piscina está vazia, antes que seja tarde e ele salte para a Eternidade sem Deus.

Se, convencido será tomado na mão pelo Espírito Santo que o ajudará no processo de libertação. “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

O caminhar com O Senhor não é algo tão romântico como em “rastros na areia”; Ele leva aos Seus pelas veredas da justiça e do aprendizado; “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim...” Mat 11;29 “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade...” Jo 8;31 e 32

O aprender não será diretamente Dele; mas, de vasos fracos que escolheu e capacitou; um teste e tanto pro finado (?) orgulho; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” Ef 4;11 e 12

Assim, descer a escada da libertação de mãos dadas com Jesus, O Libertador, muitas vezes equivale a dar ouvidos pra alguém comum, outro pecador que já fez esse caminho e Dele aprendeu.

Quem já provou e viu que “O Senhor é bom”, pode com conhecimento de causa falar da libertação que Ele propicia; desde que, seu novo modo de viver fale junto com suas palavras. Sua transformação deve ser visível; “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Salm 40;3

Os pregadores de soluções fáceis nunca foram libertos deveras; se, tivessem sido deixariam de vez à mentira. Pois, como disse alguém; o que nos está proposto é “Glorioso demais para ser fácil.” Ou, como diz A Palavra, “O Reino de Deus é tomado com esforço.”

A salvação demanda descer ao pé da cruz e nela mortificar todos os ditames do si, até o menor resquício encomendando-se irrestritamente à Bendita Palavra de Deus. Fora disso, por piedoso ou, religioso que alguém pareça apenas enverga mais uma das tantas vistosas máscaras do orgulho.

A mais eficaz é a que se traveste humildade; “o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz... seus ministros... em ministros da justiça;” II Cor 14 e 15

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Aleitamento Paterno

“Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; minha alma está como uma criança desmamada.” Sal 131;2

Duas situações podemos entender por desmamar; a mais usual é encerrar o ciclo de aleitamento em determinada idade do bebê; outra seria encerrar o ato de mamar por estar saciado, já.

O contexto sugere a segunda alternativa. Pois, anexa à situação, sossego, calmaria; coisa que não se verificaria necessariamente no encerramento do ciclo; mas, após mamar o suficiente os pequenos, geralmente, dormem.

Assim, o autor estaria dizendo que sua alma estava saciada no Senhor, como um bebê bem alimentado.

Calmaria derivada de duas coisas; reconhecimento dos próprios limites; “Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim.” v 1 E confiança irrestrita no Senhor; “Espere Israel no Senhor...” v 3

Reconhecimento dos próprios limites e atuação dentro deles parece lógico, mas infelizmente não é. Há muitos analfabetos bíblicos que invés de buscar aprender, perguntar para quem sabe, ousam, em pé de igualdade, quando não, de cima para baixo; orgulhosos da própria ignorância fazem bizarras afirmações sobre o que não entendem, como se, coisas pertinentes à Vida Eterna fossem meras questões de opiniões, como, as predileções esportivas ou, políticas. A falta de noção aqui não é estupidez apenas; é suicídio.

Se, o sossego de um Santo advém de sua confiança irrestrita no Senhor, esses nos atacam, ofendem por isso; como se, confiar cabalmente Naquele que tudo Criou e sobre tudo governa fosse uma insanidade.

Vejamos mais: “Assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria vossa força, mas não quisestes.” Is 30;15 Ou, como dissera Moisés: “Aquietai-vos! O Senhor pelejará por vós e vos calareis”.

Por outro lado, a inquietação é posta como subproduto da impiedade; “Mas os ímpios são como mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Quando citamos À Palavra, e sempre fazemos se, o assunto é espiritual, invés de redarguir com outra porção dela como fariam dois salvos, dirimindo dúvidas de interpretação de determinada passagem, partem para ataques pessoais; “Só vocês estão certos”, como se, os pontos bíblicos que realçamos fosse nossa reles opinião, não A Palavra de Deus.

Ora, a mesma Palavra se encarrega de circunscrever a Sabedoria em si; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

Perante Oseias O Senhor reiterou a denúncia de rejeição; “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

As consequências foram expostas pelo mesmo profeta para que se entenda que, essa rejeição não é uma coisa pueril como seria meu time perder um jogo, ou, o meu partido uma eleição; vejamos: “Meu povo foi ‘destruído’, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também me esquecerei de teus filhos.” Os 4;6

A rejeição de um sacerdócio que se esquecera de Deus, e de todos que a ele se submetiam.


Por isso, reitero a importância de cada um não se exercitar em coisas maiores que sua capacidade; de um Ministro que ensina deve fazê-lo segundo Deus, não segundo predileções, dogmas, ou opiniões; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

O ministério do ensino não deve ser buscado; o aprendizado sim; “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1 Todavia, quem pelo Senhor foi capacitado não pode se abster a pretexto de “humildade”; seria apenas, desobediência.

Enfim, triunfe o conhecimento de Deus! Encha a Terra! Esse é o plano! “Não se fará mal nem dano algum em todo meu Santo Monte, porque a Terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.” Is 11;9

Todavia, não pretenda lutar MMA quem ainda é de colo e carece mamar e descansar confiante nos braços do Santo; “Deixando, pois, toda a malícia, todo engano, fingimentos, invejas, todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 1 e 2


domingo, 5 de maio de 2019

A Dor da Salvação

“Vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6

Os que pregam facilidades em busca de adesões, invés, do Evangelho por conversões deveriam meditar um tanto no verso acima. Os salvos feitos imitadores dos apóstolos e de Cristo nas tribulações, inda que, na esfera espiritual fruíssem gozo.

Seria perverso e estúpido imaginar que eles teriam feito o “trabalho sujo;” para nós seria só alegria. Não há dois tipos de salvos; perseguidos e festivos; estamos todos no mesmo barco.

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...” I Ped 4;12 a 14 Primeiro a comunhão com os sofrimentos de Cristo; depois, com Sua Glória. O vinho melhor fica para o final.

Concorrem tribulações e gozo no Espírito Santo; a “contradição” é espelho das reações do inimigo, e de Deus, à nossa postura.

Na “sala de testes” o inimigo força-nos para ver se nos derruba; Deus permite tentações para acrescer têmpera à nossa fé, mas ajuda-nos. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

O que seria o gozo espiritual em meio às tribulações, senão, o selo da aprovação de Deus quando damos passos certos, mesmo atacados?

Paulo ilustrou as tribulações como sendo um fogo; a essência da fé de cada um comparou com materiais; combustíveis, ou, não; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

Os anjos que assistem diariamente cristãos perdendo a vida nas mãos de islâmicos por não negarem sua fé devem ficar perplexos ao nosso respeito, quando, uma contrariedade mínima basta para nos aborrecer e afastar de Deus.

Uma hora, eles lidam com essências áureas dos que apostam as próprias vidas na Integridade e Fidelidade Divinas; outra, têm seu trabalho multiplicado por ter que ministrar a favor de melindrosos mimados que não sabem avaliar direito o que está em jogo, imaginando que a vida eterna seja um direito, não, uma conquista mediante esforço e o concurso de perseguições.

A Graça significa que O Salvador fez por nós o que nos era impossível e imerecido; não, que não tenhamos que pagar um preço também; o que significa tomar a cruz? Paulo ensina: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O gozo do Espírito não acompanha a covardia; pois, “... Deus não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7

Desse modo, as tribulações advindas porque incomodamos ao inimigo são luzes no painel indicando que estamos firmes no bom combate; são oportunidades de honrarmos a Deus mantendo nossa firmeza, mesmo que tudo ao redor desmorone como disse Jó: “Ainda que me mate, Nele esperarei...”

Contudo, uma distinção é necessária: Há “tribulações” que são as consequências das más escolhas; são apenas uma colheita; nesses casos, estar atribulado não é sinônimo de ser perseguido, mas de ter sido inconsequente; as que derivam de nossa firmeza e fidelidade em Cristo são um plantio, cuja colheita será na Glória.

O “Tesouro no Céu,” não raro, deposita-se na Terra em sangue. Depois a “Casa de Câmbio” Celeste converte em vida e honra.

Como Édipo o Rei, que, tentando fugir de sombria sina foi ao seu encontro, os que evitam Cristo, temendo a cruz, armazenam para si dores eternas.

Nos dois lados há sofrimento; a diferença é que sofrer Em Cristo é por um tempo, assistidos pelo Espírito Santo, com recompensa duradoura.

Do outro lado é breve a possibilidade de fuga, infinda a perdição. Enfim, a conversão que abdica prazeres pecaminosos é, acima de tudo, um ato de sabedoria, como disse Jim Elliot: “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter, em troca de algo que não pode perder.”

sábado, 4 de maio de 2019

De volta ao "Plano A"

“O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono... meu povo não entende.” Is 1;3

Na distinção entre homens e animais a balança sempre pende para nosso lado no quesito inteligência; eles são instintivos, nós racionais. Isso nos permite manipular abstrações, inferir, cogitar, criar, “viajar” no tempo palpando passado ou futuro, etc.

Bichos vivem monótonos; satisfeitas as necessidades de subsistência e procriação nada lhes falta; devidamente treinados muitos conseguem ainda, algumas proezas inteligentes.

Entretanto, Deus queixou-se do Seu povo dizendo que entendia menos que bois ou jumentos.

Salomão deixara empate; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

O nivelamento nosso com os bichos se dá quando o homem está em si mesmo, isto é: Alienado de Deus.

O orgulho humano resiste em admitir que não há uma neutralidade possível, dada a dualidade após a queda; necessariamente seremos consortes espirituais da força que nossa inclinação escolher. Deus, ou o inimigo.

Quando o tentador sugeriu a ruptura dizendo que as humanas decisões poderiam ser tomadas em si mesmos, ao aceitar isso nosso pai primeiro deixou a comunhão com Deus pela associação com o maligno.

O homem natural não é estritamente um “ser em si” como diriam os filósofos; antes, refém de uma vontade enferma que luta contra o entendimento. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;6 e 7

Antes da conclusão Paulo expusera o conflito; “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não aprovo; o que quero isso não faço, mas o que aborreço faço. Se, faço o que não quero consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;14 a 21

Notemos que há uma distinção entre o “Eu” verdadeiro e seu raptor; “... não sou eu que faço, mas o pecado que habita em mim...” Logo, o homem sem Deus não é apenas pecador como devaneiam os românticos; é pecado.

Quando João Batista apresentou O Cordeiro de Deus predicou como Aquele “que tira o pecado do mundo”. Não disse “Os pecados” uma vez que são tantos que cometemos, mas, “O pecado”. Aquele da ruptura inicial que fez o homem divorciar-se do Criador e casar com a oposição.

A rigor a crise humana não é de entendimento das coisas espirituais, mas, afeto por elas, uma vez que, por habituado desde sempre ao consórcio com o pecado, a liberdade oferecida em Cristo soa-lhe mais como uma ameaça, que, regeneração. Preferem perseverar nos prazeres da condenação. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Os que vivem soltando os bichos não passam de fugitivos do amor do Criador que os busca tencionando regenerar. Se isso não for possível Ele, detentor dos “direitos autorais,” contra Sua Santa Vontade terá que julgar.

A arma do inimigo são os conselhos da cegueira que deixa seus reféns irracionais; “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se, a regeneração implica em obediência a Cristo, necessária a conclusão que a desobediência é “plano B”.

O Pródigo alienado do pai esbaldando-se em si mesmo acabou faminto entre porcos, assim somos todos; todavia, quem volta ao Pai arrependido encontra perdão, vestes novas; uma casa em festa. Não teremos mais a cegueira de estar em nós mesmos; pela Palavra, será nossa “A Mente de Cristo”. Aí o “Bicho” é outro; O Leão da Tribo de Judá.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Atrás da Rocha

“Nada façais por contenda ou vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2;3

Não raro deparo com postagens “cristãs” que fazem pensar que eles não entenderam nada; ”Seja a melhor versão de si mesmo”; “Não se rebaixe! Ninguém é mais que você”! “Só dê palpites na minha vida quando pagares minhas contas”, etc.

Na Palavra encontramos receitas como: “Negue a si mesmo...”; “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”; “considere os outros superiores...” “Comunicai com os santos nas suas necessidades... Sois membros uns dos outros.” Etc.

Além dessas pérolas de vez em quando uma diatribe de gente santa aos próprios olhos acusando-nos de “se esconder atrás da Bíblia”; Além dos vícios óbvios, egoísmo e orgulho, crassa ignorância.

A Palavra aconselha a nos escondermos em Deus: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91;1 Se esconder Nele, necessariamente demanda o conhecimento e cumprimento da Sua Palavra; ou a coisa se dá nos Seus termos , ou é falsa. “Lâmpada para meus pés é Tua Palavra; luz para o meu caminho” Sal 110;105 “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Uma hora, lhes parecemos arrogantes por apresentar sem concessões, rigorosamente, os juízos do Senhor; somos “donos da verdade”; outra, somos tachados covardes escondidos atrás de algo por falta de coragem pra vida.

Fico em dúvida sem saber se sou arrogante ou covarde.

Apresentar sem omissões nem concessões, o Juízo Divino é o que se espera de quem deve negar-se, incluindo abdicar dos seus pensamentos em prol dos Divinos; “Deixe o ímpio... seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Onde veem pretensão reside apenas coerência; se, são deveras, mais corajosos, por que, lhes falta ousadia para enfrentar a si mesmos, tomando também a cruz?

Deus não faz nenhum carinho no ego dos ímpios; nivela a todos por baixo; pecadores; nenhuma concessão às religiões; declara todos os deuses delas vãos; “Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade; suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; suas próprias testemunhas, nada veem nem entendem para que sejam envergonhados.” Is 44;9

Sua Palavra é eterna; “Passará o Céu e a Terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Nela antecipa-se o Juízo; “Quem me rejeitar e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado essa o há de julgar no último dia. Porque não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, me deu mandamento sobre o que hei de dizer...” Jo 12;48 e 49

E chama de bastardos aos que rejeitam à disciplina: “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Portanto, essa balela de “Deus como você concebe”; “sirvo a Deus do meu jeito, não preciso Bíblia nem de igreja” é só o conselho do Capeta remasterizado; pois, disse que Adão e Eva se bastavam e não precisavam da Palavra de Deus.

O simples desprezar à mesma deixa evidente já, qual espírito anima aos que assim fazem; o mesmo de sempre.

Se, a queda deu-se pelo abrigo do orgulho independente, anseio de autonomia no humano coração, a regeneração necessariamente deve começar pela antítese; humildade e submissão de quem reconhece suas culpas e delas se arrepende.

Não só preciso de Igreja para congregar, aprender, como da Bíblia para, paulatinamente trocar meus pensares pecaminosos pelos pensamentos Santos de Deus. Preciso ainda, perdão para meus recorrentes erros, e conselhos de quem sabe mais que eu nas coisas pertinentes à vida.

Sou, pois, muito mais fraco que presumem os que me desprezam por isso. Mas, essa fraqueza reconhecida me faz abrigar à sombra de um que pode tanto, que Nele, nenhum mal me assusta. Nem mesmo a morte, pois, até a ela meu Senhor venceu. Deveria me envergonhar de ser protegido por Alguém assim?

Aos que se bastam a Palavra apresenta de modo não muito elogioso; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12

Como Davi em Adulão, estamos escondidos, sim; mas não atrás da Bíblia; antes, na Rocha Eterna, em Deus. “Porque a sua rocha não é como Nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;31