terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Defeito Manada


“Se nos estados puramente emocionais da massa, o “eu” não sente a solidão não é porque se comunique com um “tu”, mas porque perde-se; sua consciência e individualidade são abolidos.” Nicolai Berdiaev

Seguido tomo emprestada essa frase do filósofo ucraniano por me parecer verdadeira. No prisma sociológico impera a pós verdade; narrativas falaciosas buscam se impor aos fatos, o que a maioria berra é tido por verdade mesmo que isso significa que Cuba é democrática, impeachment é “golpe”, Lula é inocente, etc.

No viés antropológico, temos o pós indivíduo, a era das ideias prontas a compartir, a preguiça mental, o clichê, o lugar comum, enfim, a massa.

Há um espírito manipulador por detrás desse sistema insano que conforme seus interesses dita as regras. Se, trata-se de um muro moral que obstrui ao vício e a degeneração, então, a palavra de ordem é “diversidade”; no entanto, em questões que não demandam valores o negócio é a inclusão, o efeito manada, onde todo o gado segue ao mesmo berrante; o diverso vai ao camarim e o comum ganha o palco.

Não sei que bicho me mordeu e transformou nessa passa rebelde, que se recusa a fazer parte da massa do Pannetone da mediocridade, mas normalmente tomo como parâmetro uma postura advogada pelo teatrólogo Irlandês George Bernard Shaw; “Quando penso nas coisas como elas são pergunto: Por quê; se as analiso como não são, questiono: Por que não?”

Esse “porquê” a ser encontrado excede em muito a arena da curiosidade filosófica; identificá-lo em tempo pode encerrar coisas vitais.

Não é cuidado materno ninar um berço para que durma certo infante num cômodo que está incendiando.

Assim o espírito desse mundo canta seus cantos de ninar, enriquecendo a eufonia da voz que disfarça a soturna mensagem do “Boi da cara preta”.

A Bíblia que recusa teimosamente a avançar para o período atual da pós verdade segue sisuda chamando as coisas ainda pelo antigos nomes. Tipo, pecado de pecado, mundanismo de mundanismo, e mortos espirituais precisamente, do que são.

Invés de ninar cadáveres que respiram Paulo deu um soco na mesa e estragou o sono. “Desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá”. Ef 5;14

Natural que A Bíblia seja rejeitada pelo espírito desse mundo; tenham criado até uma “versão inclusiva” onde certos “Preconceitos” deixam de figurar. No entanto, ela insiste num “Ai” contra essas “inclusões”; “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

As multidões pelejam pela dita inclusão; tomam avenidas de diversas metrópoles pelo planeta e deixam patente seu “orgulho”. Invés de reconhecer à “beleza democrática” de tais manifestações, o apreço bíblico é outro: “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos.” Is 3;9

Sobre multidões, aliás, lembro de uma cena do diálogo de Platão, “O Banquete,” onde, meia dúzia de amantes do saber decidiram discursar, cada um por sua vez sobre o “deus” amor.

Agatão o teatrólogo se disse tímido ante a tarefa, e alguém observou: “Ontem à noite levaste a plateia ao delírio, no teatro, agora temes praticar para uns poucos”? Ele respondeu: “A multidão é ignorante; todo homem ajuizado teme mais o escrutínio de alguns sábios que se expor antes milhares de tolos”. Assino com ele; assim é.

Dentre os muitos que foram manipulados por poucos, para gritar “Crucifica-o!” quantos que, tendo sido abençoados no convívio com Jesus, curados, ensinados, alimentados, se tivessem que falar num tete a tete com o Mestre, invés de berrar no meio da manada corariam de vergonha ante ao que estavam propondo? Desse modo chegamos à verdade das falas de Berdiaev que a multidão é uma praga que leva o “Eu” a perder-se.

No caso de perder-se em relação a Cristo, pode não ser um mero lapso eventual, uma perda pontual; tem muita chance de, ao seguir a manada alguém perder-se eternamente.

Diversidade apraz ao Criador, fato que Sua Obras gritam, e a peculiaridade dos indivíduos testifica, contudo, há um caminho comum por onde tenciona salvar todos, Jesus Cristo. “Ninguém vem ao Pai senão por mim...” Disse.

Nessas arribações de bando de onde me excluo, nem sei se a nostalgia deriva de me sentir barrado no baile, ou, pela impotência de ver tantos mortos bailando de costas para a Vida.

Pois O Eterno não julgará à massa; mas, às partículas. “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

DNA da Fé


“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Quando Paulo disse que carecia estar fraco para ser forte não fez um jogo de palavras; antes, uma descrição teológica de que Deus opera naqueles que confiam irrestritamente Nele, não, no próprio braço, como dissera, aliás, mediante Jeremias; “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é o Senhor.” Cap 17;5 a 7

Muitos devaneiam com “buscar poder” como atalho às forças espirituais que capacitam a “pisar serpentes e escorpiões”; como se houvesse um “dom de exorcista” ao dispor de quem o desejasse; não é assim.

Lembro comentários que ouvia e fazia também em minha infância espiritual, sobre o poder extra legado aos que se aplicavam a certos períodos de jejum e oração. Ora, Jejum é uma auto disciplina em busca de domínio próprio; e oração por si só não tem eficácia nenhuma; sempre deverá ser consequência de um saudável relacionamento com O senhor, pois, “A oração do ímpio é abominável”. Ambas as coisas têm seu valor; nenhuma substitui a obediência derivada do Temor do Senhor.

Objetivamente não se busca poder; busca-se a Deus mediante o viver em santidade; logrado isso, o poder de Deus atua em nosso favor e mediante nós, até. “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor na força do Seu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” Ef 6;10 e 11

Se observarmos a armadura, ela atina a valores como justiça, verdade, fé, difusão do Evangelho, salvação, Palavra de Deus. Nada a ver com a “munição” que muitos patifes da moda apresentam; sal grosso, óleo “ungido”, rosa disso, daquilo, corrente, chaves, etc. Tudo “Macumba gospel”. Obscenidades espirituais de gente privada da verdade, mercenários safados manipulando incautos e profanando O Santo para locupletarem-se em seus fins vis no culto a Mamon.

Não há restrições de capacidade em se tratando do Divino Poder; mas, há de ordem moral, espiritual.

Quando os evangelistas reportaram que em determinado lugar Jesus “Não pode” realizar grandes milagres por causa da incredulidade adjacente, não tencionaram ensinar que o Poder de Deus depende da nossa fé; apenas, baseado na premissa: “Aos que me honram honrarei”, Deus escolhe não atuar onde a incredulidade O desonra; absoluto desígnio da Sua Vontade, não, restrição ao Seu Poder.

A fé não é uma senha que abre o “Site Divinopoder.com” como pensam alguns; antes, uma postura de espírito que agrada ao Eterno; segundo Sua Vontade, eventualmente, concede o que é desmandado pela fé; “Sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;6

A fé saudável não é um poder que fará, necessariamente, as coisas acontecerem como eu quero; antes, uma confiança inabalável que me mantém no Senhor, aconteça o que acontecer. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Alguns se ocuparam até de contar quantas promessa há na Bíblia e enfatizam que Deus é Fiel, portanto, as cumprirá; quem jamais viu a famosa “caixinha de promessas? Omitem convenientemente que as tais são condicionais; a mesma fidelidade que patrocina a certeza do cumprimento também estabelece que, sem o preenchimento na página das condições os postulantes às promessas não serão cadastrados. “Com o benigno te mostrarás benigno; com o homem sincero te mostrarás sincero; com o puro te mostrarás puro; com o perverso te mostrarás indomável.” Sal 18;25 e 26

A “minha força” estar em Deus, não significa que o que Ele Pode está ao meu dispor; antes, que eu me disponho a ser e agir como Ele quer; tal força não me capacita a fazer o que desejo, mas ser como O Criador anseia.

Embora homens de fé fizeram e ainda façam grandes milagres, a fé é muito mais passiva que ativa; longas esperas como Abraão e Sara por um filho; incorruptibilidade de José, preso inocente; lealdade às últimas consequências, de Jó; entrega à morte como os jovens da fornalha, etc. Exemplos de fé enriquecedores.

Mártires atuais que perante radicais islâmicos perdem a cabeça e mantêm a fé...

A fé pela sua natureza lida com coisas grandes demais, para restringir-se às que o trabalho pode lograr. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Deus pelejará em nós


“Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Na primeira batalha uns quatro mil soldados de Israel foram mortos; então, decidiram “convocar Deus” para o front, para que O Eterno pelejasse por eles. Mandaram buscar a Arca da Aliança; quando a mesma chegou ao arraial festejaram com gritaria tal que até nas fileiras inimigas se ouviu.

Contudo, no novo embate o resultado não foi melhor que no primeiro, com agravante que além de dizimar aos exércitos dos Israelitas os filisteus levaram consigo a Arca.

Quem conhece o contexto em que os sacerdotes profanos filhos de Eli se prostituíam em lugar santo, e a mensagem de juízo entregue a Eli, o pai omisso, sabe porque Deus “perdeu” a peleja.

Seu Juízo trouxera os filisteus como punição para com as rebeldias profanas de então. Em momentos de paz zombavam das coisas santas; nos de aperto pediam socorro ao que fora alvo do escárnio blasfemo. Inda hoje muitos riem dos ensinadores do Evangelho em horas de calmaria; nas de catástrofes, a primeira coisa que bradam é: Meu Deus!! Deus os buscou e foi repelido. Assim como consertamos o telhado em dias de tempo bom, deveríamos zelar por nosso relacionamento com O Pai, quando tudo vai bem.

Vergonhosamente muitos dos que tomam o Santo Nome em seus lábios não têm o devido entendimento sobre Quem Ele É. 


Ao tentarem manipulá-lo para que Ele patrocine desejos naturais, com suas mandingas e jeitinhos reduzem o Todo Poderoso à estatura de um bibelô qualquer de humana feitura. As coisas iam mal na peleja, “buscaram Deus” como se Ele fosse menino birrento que recusara ir e O “colocaram em perigo” para que Ele defendendo-se defendesse a eles também. Que vergonha! Que monumento à cegueira espiritual! A Arca era só um objeto, não uma redução Daquele que “Enche os Céus e a Terra”.

Quem peleja na dimensão espiritual busca, sobretudo, estar em paz com Deus; isso demanda uma luta ferrenha contra inimigos interiores; não o faz acoroçoado por uma imagem, mesmo que, da Arca da Aliança, antes, em atenção aos ditames da consciência no Espírito que atua para revelar nossos maus passos.

A ímpia e profana tentativa de “alistar Deus” ao seu serviço, invés de, em humildade e submissão a Cristo nos colocarmos na devida condição de servos, para o que Ele, O Senhor quiser, além da não lograr o insano intento, tal rebelião encontra no Santo um adversário, invés de um ajudador; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

O Eterno poderia “argumentar” fazendo a terra tremer como fez em Filipos nos dias de Paulo e Silas, mas aquele foi um incidente pontual; não tenciona nos Salvar mediante terremotos; antes, pela Sua Palavra; “A fé vem pelo ouvir, e ouvir A Palavra de Deus.” Pois, foi aí, ao duvidar da Palavra do Criador que tudo começou; portanto, honra ao Eterno quem não questiona Sua Palavra, não quem oferece mandingas como se Ele tivesse carência disso. “Se Eu tivesse fome não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude. Comerei Eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;12 e 13

Então a peleja que conta, deveras, é primeiramente de purificação interior, santificação; essa deriva da Bendita Palavra atuando em nós; “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Desse modo, não tencionemos ter Deus pelejando “por” nós, antes de reconhecermos Seu Direito, legitimidade e necessidade de pelejar “em” nós.

A Arca, então, continha as Tábuas da Lei e a vara de Aarão o sacerdote escolhido; a “Arca” atual também tem em si A Palavra e O Sacrifício de Cristo, Sumo Sacerdote Eterno. Se ela estiver no “front” contra as más inclinações, então, nosso novo modo de viver fará tanto “barulho” que o arraial inimigo ouvirá; senão, nossa religiosidade oca será vã; apenas um artefato aparente para cair nas mãos do inimigo.

Carecemos prudência, temor para não pensarmos que O Rei dos Reis, Senhor dos Senhores é servo de ímpios.

Nossos desejos doentios clamam pela remoção de águas e fogos, ignorando que juntamente se removeria o Divino Socorro inerente; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Água e fogo são elementos de purificação; esse é o Santo Intento; “... Porque ele (Cristo) será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.” Mal 3;2

domingo, 29 de dezembro de 2019

As Vestes da Virada


“Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas; nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

Malgrado todo o pessimismo do Eclesiastes, onde, a um apreço puramente humano, “debaixo do sol”, se conclui que “tudo é vaidade e aflição de espírito,” no final dele invés de uma terra arrasada como seria de se esperar no escrito de um cético ou pessimista sem esperança, temos um conselho prático que deixa ao jogo da vida em aberto. “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra; até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Cap 12;13 e 14

Se, no epílogo, acima de tudo se colocou a prescrição do temor a Deus, já ao longo do texto essa ideia desfilava tacitamente. Ora, a figura poética em realce acima, de outra coisa não fala senão, disso; vestes alvas são um figura de um caráter justo, e o óleo sobre a cabeça, símbolo da unção Divina para que as decisões sejam em submissão a Ele.

Parafraseando se pode dizer: “Em todo o tempo sejam justas as tuas atitudes; jamais as tome, sem antes ouvir a Direção do alto.”

Isaías ampliou a ideia: “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Em Apocalipse, além da cor resplandecente das vestes realçar à justiça, ainda o tecido nobre, o faz qualificando à “Esposa do Cordeiro”; “foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

Nessa época de transição de calendário costumam arder mais intensas as febres humanas; uma delas bem latente é de que existe algum atalho, substituto ao trabalho como meio de se conseguir as coisas; bastaria uma mandinga qualquer que agradasse determinada “Divindade” e estaríamos conversados. A “bênção” viria sem maior esforço.

Desse modo, muitos que se dizem cristãos, convém lembrar, usarão roupas novas de determinadas cores segundo a predileção dos “Orixás” que trariam certos benefícios por isso. Para o branco, paz; ao amarelo, riquezas; ao vermelho realizações na área das paixões... gostando da definição ou não, pessoas que afirmam pertencer a Deus farão macumba invés de orações; com seus atos pedirão pão a quem dá pedras; peixes a quem usa dar serpentes.

Ao advertir que essas coisas mundanas nos colocam em inimizade com Deus, Tiago apresenta a causa; O Espírito Santo tem ciúmes, zelo do Seu templo que somos nós; como veria em paz tais templos decorados ao sabor dos gostos do Capeta? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5 Quem não sentiria ciúmes ao ser vítima de adultério?

Não existe substituto abençoado para o trabalho no afã de prosperar; jogos, loterias, roubos, logros, corrupção... são do Príncipe do mundo, não de Deus.

Ora, Deus nos abençoa abrindo portas de trabalho e dando saúde para o labor, o resto é conosco; meter o peito n’água é nossa “parcela” no consórcio. Os mercenários góspeis que ensinam ofertar para prosperar fazem o mesmo com a agravante da profanação; pois, usam o Nome de Deus para atuações ao caráter do Capiroto.

Para que nossas orações sejam ouvidas diante do Santo, antes carecemos que nossas vidas sejam aceitas; “... a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus...” Is 59;1 e 2

E isso, a aceitação, não deriva de uma roupa íntima nova em determinada data; antes, de tomarmos a Cruz escolhendo a Cristo como Senhor, e nos revestirmos Dele em todo o tempo numa maneira de agir, agora, segundo Deus. “... vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24

Voltamos às vestes alvas, e regência do Santo.

Frases ofertando “Grandezas” a quem as “Recebe” está cheio por aí; ensinos que desmancham à cegueira difusa pelo Pai da Mentira costumam contrariar gostos.

Desgraçadamente uma geração analfabeta bíblica prefere veneno com rótulo de mel, invés do remédio amargo da verdade com cheiro de vida.

A Prisão; a Segunda Casa


“Esforça-te Zorobabel, diz o Senhor; esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote; e esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos;” Ag 2;4


Para aqueles que colocam a vida espiritual convenientemente distante da política, como se, a mesma estivesse confinada a um compartimento exclusivo, separado, seria bom uma observada nesse fragmento de Ageu; um cenário de restabelecimento nacional após setenta anos de cativeiro.

Vemos a exortação Divina ao esforço, ao trabalho; primeiro a Zorobabel, governante civil; depois a Josué, líder espiritual; enfim, a todo o povo, com a promessa da Divina Presença abençoando ao trabalho.

Muitos pilantras defensores das coisas mais abjetas como aborto, descriminação das drogas, casamento gay, incesto, pedofilia, zoofilia, quando confrontados por argumentos de base espiritual, presto se escudam em seu biombo favorito; “O Estado é Laico”.

Laico no sentido de que não criará leis religiosas, como que forçando a crença nessa ou naquela doutrina, nem perseguindo e matando “infiéis,” como fazem os radicais islâmicos.

Entretanto, estando composto em absoluta maioria por professos cristãos, sendo o sistema democrático presumivelmente o império da vontade majoritária, natural que, ao criar leis, os valores derivados da fé dos legisladores e representados estejam presentes.

O Estado é laico, não necessariamente dissoluto, nem profano.

Aliás, o Estado tem sido ateísta, quando, em seu sistema educacional segue ensinando como verossímil a Teoria da Evolução que foi pulverizada pelas bases com a descoberta do DNA e consequente fixismo biológico, que, reduz os seres vivos a uma reprodução mecânica “conforme suas espécies”;

a coisa deveria ser descartada desde então, como inverossímil, impossível; e a Criação deveria ser ensinada, tal qual, a Bíblia propõe; ninguém seria forçado a crer; mas sendo a única explicação plausível para a existência de tudo o que há, os ambientes de difusão do conhecimento ensinariam isso.

Há uma convocação Global do Papa Francisco para líderes do mundo todo se reunirem à partir de 14 de maio de 2020 no Vaticano e estabelecerem conjuntamente as bases da nova educação planetária. Será que, enfim, vão rever isso e ensinar à criação nos colégios primários, secundários e nas Universidades? Duvido!

As “regras” de Satanás são bem simples: Ou Deus não existe, ou, é vulgar, comum, aceita tudo.

O recente “Sínodo da Amazônia” deixou no ar a amostra do pano que virá; o famigerado ecumenismo, onde uma diversidade de bichos semelhante à da Arca de Noé num passe de mágica serão reputados todos como ovelhas, em nome da inclusão e tolerância religiosa; a glamourização dos comportamentos dissolutos como válidos, afinal, “Deus é amor”; por fim, o estabelecimento do Império do Anticristo, sonho do falso profeta que já apregoa seu alvo: “Viva la globalización!”

Assim, o Estado é “Laico”, se for para propor leis escudadas nas “Veredas Antigas” reveladas na Palavra de Deus. Agora se for para validar todo um mosaico de credos antagônicos, controversos, alguns ridículos até, aí o Estado pretende deixar patente seu poder de legislar;

o sistema trabalha via ilusionismo e manipulação de idiotas úteis; alarga muito o pátio do “banho de sol” para que os encarcerados de Satã gostem dele e pelejem pela manutenção da sua “liberdade”.

Deus não propõe liberdade ilimitada; antes, chama-nos a servi-lo. Liberdade absoluta nem Ele possui, uma vez que É “Refém” da Própria Integridade, e “vela pela Sua Palavra para cumprir”. O amor veraz, de certa forma serve a quem ama.

A liberdade possível é sermos Nele o que fomos criados para ser. Espelhos para reflexo da Sua Glória. Não há felicidade particular; mas, coletiva de um rebanho e UM Pastor.

O Pai da Mentira escraviza prometendo facilidades que não possui; os desajustes vários na ecologia, economia, valores morais e outras mazelas que vemos, e incautos atribuem a Deus, são fruto do seu “Governo” pois, desde que Adão fraquejou e obedeceu-o, o “mundo jaz no Maligno”.

Os mais “livres” que o “príncipe do Mundo” consegue conceber ainda são escravos da corrupção, alienados da Fonte que Santifica e regenera.

Não só humanos, mas toda criação sofre consequências desse desastrado governo; do seu jeito “ora” pela necessária mudança. “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda criação geme; está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;20 a 22

O Trabalho que O Eterno abençoava nos dias de Zorobabel era de reconstrução após o juízo; nosso juízo foi sofrido por Cristo; Nele podemos ser reconstruídos, para que, “a glória da segunda casa seja maior que a da primeira”.

sábado, 28 de dezembro de 2019

Inversão Letal


“Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; do amargo doce, do doce amargo!” Is 5;20


A “autonomia” proposta por Satanás! “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. O fato de que minha percepção ou valoração sobre algo foi mudada, não muda em absoluto, aquilo que percebo. As paixões infames seguem assim, ainda que eu as repute de boa fama.

Narrativas não criam os fatos; esses se impõem para validar ou não, a leitura de quem os reporta.

Se, posso chamar ao bem de mal, e vice-versa, então já existe uma definição prévia antes de meu “chamado” que faz a coisa ser o que é, independente de meu apreço particular. O que me está reservado é agir com sensatez ou estupidez, não, mudar a essência das coisas.

Todo ensino que circula tem uma origem espiritual por trás, e “o mundo jaz no maligno”; ensinos desse sistema não são meros desvios, antes, fazem oposição ao Eterno. Tiago foi categórico: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

A inversão de valores não pretende ser uma escolha fortuita de um ou outro “invertido” por aí; antes, tenciona ser uma doutrina global, onde, escudadas por “cabeçalhos” como, “tolerância, inclusão, diversidade, coexistência...” novas leis se estabelecerão em detrimento da “Aliança Eterna”; quem ousar se opor terá tudo para sofrer prisão, martírio, assim que o reino global sonhado pelo Papa Francisco, comunistas vários e, o Capeta, se estabelecer.

Seguido deparo com postagens de cristãos até, falando com o mesmo sotaque dos ímpios; frases arrogantes, ofensivas, egocêntricas enchendo de ossos quem se atrever a pensar diverso deles.

Ainda: “Seja a melhor versão de si mesmo”. Si mesmo? Desde quando alguém vai a algum lugar na dimensão espiritual escudado em si mesmo? Bem disse certo gaiato: “Não me siga que também estou perdido.” Quando for possível alguém puxar os próprios cabelos e com isso levitar, tirar os pés do chão, será possível também algum ganho veraz, espiritual, escudado em si mesmo.

O Salvador disse: “Sem mim nada podeis fazer.” Ele não se acha nos que preferem estar mortos em delitos e pecados, mas nos que mudam de vida deixando ao “si mesmo” sem noção mortificado na cruz. “Por que buscais o vivente entre os mortos?”

A inclinação natural é perversa; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7 o chamado do Evangelho é de reconciliação; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse... reconcilieis com Deus.” II Cor 5;18 a 20

Quem, nesse sistema ímpio de valores invertidos for convencido pelo chamado de Cristo e decidir mudar, não são poucas as coisas que deve sacrificar na cruz, para, finalmente ter meu viver alinhado à Divina Vontade.

Paulo chamou de “Sacrifício Vivo”; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Diferente da pecha que a fé é cega, vemos que o culto é racional, demanda entendimentos renovados segundo Deus; os valores que esse sistema inverte e perverte, então, nos termos Divinos outra vez.

A Vontade de Deus é boa perfeita e agradável, abençoa; sua perversão resulta em maldição; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Desgraçadamente, apregoando mais direitos, liberdades, Satanás vai tangendo um vasto rebanho de incautos, rumo ao totalitarismo opressor, onde o único “direito” reservado será de obedecer cegamente ao “Big Brother” que a tudo vigiará mediante tecnologia.

A imagem da besta já fala; dá-se-lhe uma ordem e ela “obedece” porém, no seu tempo ela dará as ordens. “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Quem não se importa agora com valores invertidos, no fim do túnel será forçado a adorar Satã como Deus; de certa forma já o faz.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Chamado aos Mortos


“Pois olhou desde o alto do Seu Santuário, desde Os Céus o Senhor contemplou a Terra, para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte;” Sal 102;19 e 20

Sermos “cadáveres adiados” como disse o poeta Fernando Pessoa, ou, estarmos “mortos em delitos e pecados” como afirma A Palavra de Deus, normalmente fere ao orgulho humano. Entretanto, a própria existência desse veneno nocivo demonstra por si só essa morte.

O orgulho é um derivado da autonomia suicida proposta por Satanás. Quem nasce de novo, necessariamente há de aprender as veredas da humildade, invés do assassino orgulho. “Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim.” Ele disse: “Aprendei de mim que Sou manso e humilde de coração...”

Diferente da abordagem psicológica ateia, que, esforça-se em fazer com o que os mortos sintam-se bem com suas mortes; digo, negam o pecado como feitor dos males, e a gravidade do que está em jogo, reduzindo um pleito que atina a vida ou morte, à mera questão de aceitação das coisas, glamourização dos pecados; a abordagem Divina não se preocupa com aceitação, nem se ocupa de meias verdades. Antes, coloca o dedo na ferida chamando as coisas pelos nomes.

Aos pecadores que veio salvar, Cristo chamou de mortos, não apenas de errados; ainda que fossem ambas as coisas; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

O medo da morte que assombra todos os pecadores é mascarado com as vestes do “curtir a vida” nos lábios dos que têm medo até da verdade; Contudo, A Palavra apresenta tais medrosos “curtidores” como servos do pecado. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Os pecadores que morrem de medo da morte, veem apenas a morte física como ameaça; enquanto, a espiritual que os destinaria à perdição eterna procuram fazer-se de desentendidos no que respeita a ela.

Ora, a aceitação do socorro do Salvador só é possível depois de identificarmos nossa necessidade Dele; ninguém apreciará e se abrigará à sombra da Salvação antes de ser convencido que ruma à perdição. Esse convencimento, ensinou O Salvador, é trabalho do Espírito Santo; “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16;8 a 11

A psicologia trata às pessoas como basicamente boas, vítimas da sociedade, de uma infância ruim, famílias desestruturadas, etc. O Senhor deixa evidente a maldade humana para que percebamos que carecemos urgentemente recebermos os cuidados da Bondade Divina. “... Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.” Luc 18;19

Normalmente estamos receptivos, prontos aos encômios, aplausos, lisonjas, “curtidas”; trabalha mediante A Palavra, O Bendito Espírito Santo, para nos deixar receptivos à verdade, por dolorosa que nos pareça.

Essa história que “Deus é amor” e não mandaria ninguém para o inferno merece ser melhor escrutinada. Quem se ocupar do Amor Divino, que não se esqueça de considerar também o ódio. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

O Santo não manda ninguém para o inferno, mas, ama de tal modo à justiça, que permite que quem escolhe ir para lá vá, mesmo contrariando ao Seu Amor. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Amor é via de mão dupla; só faz sentido quando correspondido; quando não, apenas causa sofrimento. Portanto, quem pretende refrigerar-se à sombra do Divino Amor, ame-o também, e deixe isso patente nas escolhas que vier a fazer.

“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

O "Espírito do Natal"


“... Descerá sobre ti o Espírito Santo; a virtude do Altíssimo te cobrirá com Sua Sombra; por isso também O Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Luc 1;35

Muito se fala nessa época no tal de Espírito do Natal que estaria solto por aí fazendo até corações endurecidos pousarem de amorosos. Que espírito seria esse?

A Bíblia não menciona a data do nascimento de Jesus, portanto, qualquer que tenha sido o dia, 25 de Dezembro é uma escolha humana, arbitrária; desprovida de fundamento.

Se, por Natal entendemos o Nascimento físico de Cristo, como vimos acima, o Espírito coautor do Feito foi O Espírito Santo que atuou para que Maria concebesse sem auxílio humano. Mas, será que esses todos que enviam seus votos, decoram habitats com árvores e luzes, o fazem movidos pelo Espírito Santo?

Primeiro que a luz espiritual é uma figura de linguagem que fala de discernimento, entendimento correto das coisas espirituais. Essas luzes “made in China” estão para a Luz, como um ídolo qualquer para O Todo Poderoso.

Há duas coisas nesse Bendito “Espírito do Natal” que o separam de muito do que se vê por aí; um substantivo: Espírito; que o distancia de tudo o que é origem carnal; e um adjetivo; Santo, que o faz separado de tudo o que é profano.

Entretanto, o tal do espírito agora atuante é muito vulgar e “inclusivo” de modo a não fazer distinção nenhuma de cunho moral ou espiritual; até em zonas de meretrício as “profissionais” seminuas estarão ostentando uma toquinha vermelha que simbolizaria ao dito; pessoas que passam o ano de costas, quando não, em oposição a Deus e Sua Palavra, agora sobem em carros abertos vestidos de palhaços e espalham migalhas às crianças pobres abrindo caminho ao som de buzinas. Hipócritas!!

Alguém adúltero, corrupto, ladrão, assassino até, facilmente comprará um cartão com belas falas que não lhe dizem respeito em nada no seu modo de agir e enviará a outrem para “entrar no espírito”.

Por essas e outras que, qualquer que tenha olhos pode ver, e que não seja hipócrita há de admitir, eu passo dessa febre toda e ouso sem temor afirmar que isso não advém do Espírito Santo. É o velho e traiçoeiro espírito do mundo, onde, as pessoas são massificadas e induzidas a fazer o mesmo, sob o peso das datas que o mundo estabelece.

É Dia do pais? Todos dirão: “Feliz dia dos pais”; de igual modo no das mães, namorados, crianças, páscoa, etc. como agora, todos dizem o insosso “Feliz Natal”. O que todo mundo está fazendo é o que se programa para que todos façam.

Se, A Palavra de Deus ocultou a data e prescreveu que se comemorasse a morte de Jesus, não o nascimento é porque é isso o relevante diante de Deus. Essa falsa intimidade com “O Menino Jesus” é só uma máscara onde muitos tentam ocultar sua aversão aos Ensinos do Senhor Jesus, que servem para todos os dias do ano, não para um período específico apenas.

O “Aniversariante” é convenientemente escondido; um fantoche usurpador é posto em Seu Lugar; se fosse mesmo Ele a ser celebrado, Ele deveria receber presentes, não nós darmos os mesmos uns aos outros.

Quando nasceu recebeu ouro incenso e mirra dos sábios do oriente que O visitaram.

A felicidade, tanto quanto possível, aqui na terra, não é um “produto” manufaturado que se compra acabado; ela permite-se ser encontrada em algumas nuances nas sementes santas que são semeadas, e devidamente germinadas trarão promessas de ventura eterna nos que, os corações podem ser figurados como a “boa terra”. Nos demais a Semente perde-se.

Todo ministro que se faz semeador em submissão ao Divino Agricultor, do seu modo, espalha convites para as pessoas serem felizes um dia; o faz isso “full time”, não em uma data específica que todos encenam fazer.

Portanto, assim como recuso cobrir minha fachada de luzes e um arbusto qualquer de artifícios, também, embora respeitando boas intenções dos que enviam seus votos, recuso-me a retribuir, por uma questão de honestidade intelectual e moral; uma demanda da consciência no Espírito que me conduz, tanto quanto obedeço, pelos caminhos da Bendita Palavra de Deus.

Quem é habitado pelo Espírito Santo, por certo se identificará, ao menos em parte, com essas palavras; contudo, quem leu desconfortável, contrariado, tem em si mesmo o testemunho que é só o espírito do mundo que o anima.

Deprimente ver tantos evangélicos que deveriam ser “A Luz do Mundo” misturados sem nenhum pudor às falsas e enganosas luzes do mundo. Dá vergonha alheia. 

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;14

domingo, 22 de dezembro de 2019

Idades Espirituais


A Palavra de Deus apresenta a conversão como sendo um novo nascimento.

Isso não é mera alegoria, se dá, de fato e é indispensável à salvação; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Primeiro ensina que sem o nascimento espiritual ninguém pode ver o Reino; isso explica a “visão” dos ateus; depois, que sem os mesmos predicados não se pode entrar. Isso deixa patente a inutilidade de tanta religiosidade sem Cristo.

Pedro aconselha aos que passaram por isso: “Desejai ardentemente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” (I Ped 2; 2)

Paulo por sua vez, observa uma mudança de estágio: “Quando eu era menino falava como menino, pensava e discorria como menino; mas, quando me tornei adulto deixei as coisas de menino.” (I Cor 13; 11)

Já em Hebreus, encontramos a maturidade espiritual como alvo, com o “efeito colateral” do discernimento: “O alimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto o mal.” (Heb 5; 14)

Vemos então, nos textos supra, o recém-nascido, o menino e o varão perfeito. Isso posto resulta uma questão: Como é possível identificar a idade espiritual de alguém? Não deriva, como a vida natural, do tempo decorrido; contudo, fica evidente pelo crescimento alcançado.

Diferente da vida física que é mensurada pelos ciclos naturais, o viver espiritual se pode aferir pela liberdade de consciência e entendimento que, cada um atinge em Deus.

O recém-nascido vive a anomia, ausência de lei; seu agir se dá de maneira meramente instintiva; daí carece ser conduzido. Como o cego que O Senhor levou pela mão para fora da aldeia e o curou, os iniciantes precisam ser também conduzidos de igual modo.

O adolescente espiritual atinge o que pode chamar de heteronomia; (hetero do grego, outro) onde as suas ações são pautadas pelas aparências; daí, o que outros vão pensar conta mais do que o que Deus quer.

O jovem atinge o que se pode denominar socionomia; uma lei social. Uma espécie de ética de grupo; consciente que as implicações dos seus atos se refletem sobre todo o âmbito no qual se insere, vive um estágio de maior responsabilidade que o menino e o adolescente.

O homem maduro, o dito “varão perfeito”, chega à autonomia. Não em relação a Deus, mas em relação aos humanos apreços; não vive a sua maneira, tampouco, sem lei; não age para agradar os outros ou por mera conveniência coletiva; antes, sua consciência em Deus, a escala de valores morais do Espírito expressas na Palavra pautam o seu viver, mesmo que, eventualmente, contrarie opiniões circunstantes.

Aí reside a meta de Deus, no novo pacto; Ele estabeleceu funções várias, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes levados ao redor por ventos de doutrinas...” Ef 4;12 a 14

E o Novo Testamento, diferente de um conjunto de leis a se observar tem como alvo a intimidade espiritual e o conhecimento de Deus. “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Nas suas mentes imprimirei minhas leis, também sobre os corações as inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. E não ensinará jamais, cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão…” (Heb 8; 10 e 11)

Contrário, pois, a um mero exercício ritual, um teatro de aparências, ou rigor legalista, o anelo de Deus é a purificação de nossas consciências no Espírito, porque, “O Sangue de Cristo que pelo Espírito Eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo.” (Heb 9; 14)

Tal purificação é vital; sem ela corremos o risco de nos perdermos como adverte Paulo escrevendo a Timóteo; “Conservando a fé e a boa consciência, a qual, alguns rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Afinal, o que parecemos ante os outros, pode formar uma imagem, nem sempre verdadeira; o que somos perante Deus, porém, identifica um caráter e direciona a uma eternidade.

“Preocupe-se mais com sua consciência que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é; sua reputação, o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.” (Bob Marley)

domingo, 15 de dezembro de 2019

Fracos Professores


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” Ef 3;19

Isso dá o que pensar; ser a igreja, tão frágil e imperfeita, um instrumento para ensinar potestades celestes sobre a Sabedoria de Deus??

O Reino dos Céus é hierarquizado, como deve ser toda organização que preza pela autoridade e bom funcionamento. Assim, principados e potestades são dignidades de grande vulto em termos de autoridade, embora, o texto não deixe claro se, as ditas autoridades que aprenderiam observando a igreja são anjos fiéis, ou, caídos.

Sim, mesmo entre os demônios as hierarquias originais permanecem como ensina o apóstolo mais adiante falando de nossa peleja; “Porque não temos que lutar contra carne e sangue; mas, contra os principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Cap 6;12

Embora, nos anjos fiéis possa ter ficado resquícios de dúvidas, quando a oposição fez seu “comício libertário” prometendo-lhes mais vantagens sob novo governo; (Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários... Ez 28;18) não obstante isso, digo, como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e eles se mantiveram nele é mais lógico concluir que quem aprende sobre a Sabedoria Divina observando a igreja sejam as potestades caídas.

Ora, se eles vivendo num paraíso perfeito, em plenitude de felicidade e bonança não resistiram ao “canto da sereia” do “Querubim Cobridor” deve-lhes ser humilhante assistir a tantos mártires que preferem deixar suas cabeças ser cortadas a negarem sua fé; isso, vivendo num mundo mau, de privações, restrições.

A cada bravo desses que diz um sonoro não! A Satã e um digno Sim! ao Eterno, além de um ato de justiça, concomitante há uma aula de fidelidade, honra, lealdade, valor que, as ditas potestades, tardiamente aprendem.

Quando o mesmo Paulo ensina que “Deus escolheu as coisas fracas para confundir às fortes” seu escopo inicial é puramente humano; O Santo não escolheu homens doutos, sábios, nem ricos; mas, pegou aos “que não são”; isso, porém, guindado ao nível das tais potestades faz ainda mais diáfana a lição sobre quão obtusos foram ante à sedução, e quão precioso é O Eterno que de coisas fracas faz joias, como o tempo faz diamantes de carvão.

Quando falo de igreja como embaixada do Reino dos Céus, contudo, refiro-me à genuína que será aprovada na vinda do Senhor; os fiéis entre todas as denominações.

Porque, infelizmente, muito do que se diz igreja por aí, olhando para sua atuação as potestades das trevas aprendem a ser piores do que são, pois os homens profanos conseguem a proeza de superar os demônios em maldade.

Judas alertou; “... estes, semelhantemente adormecidos, contaminam sua carne, e rejeitam a dominação; vituperam as dignidades. Mas, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” Vs 8 a 10 A peleja de dois grandes com certo respeito, malgrado, os lados diametralmente opostos.

Outros superam-nos, engajadamente negando a existência de Deus. Gastam tempo e esforços para escrever tratados ateus para a negação do óbvio; os demônios não são ateus; “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem, e estremecem.” Tg 2;19

Mas, diria alguém: Eles viram a Deus. Nós também, tanto quanto possível; o suficiente para crermos; “Porque Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles (os ateus) fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Spurgeon disse que, se, após contemplar os céus, os astros em suas órbitas precisas, suas grandezas e as demais riquezas da criação, ainda assim, alguém se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso. O salmista fez apreço semelhante, aliás: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1


Contudo, lutar contra potestades não é exorcismo; disseminam cegueira onde dominam; nosso labor, dos que creem é desfazer os conselhos da mentira pela verdade; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5


Se, conhecimento de Deus, agora, até eles aprendem observando os fiéis, uma coisa podemos que eles não podem; alinhar nosso entendimento à obediência de Cristo. Nele; só Nele pisaremos serpentes e escorpiões...

sábado, 14 de dezembro de 2019

O tamanho da humildade


“Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez Deus. Ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito.” Luc 8;39

A ordem fora para testemunhar aos seus, dos feitos de Deus em seu favor; contudo, ele saiu por toda a cidade apregoando os feitos de Jesus.

O “motor” que o impulsionou a fazer mais do que o que lhe fora mandado foi a gratidão, o amor pelo que, de tão dura sina o livrara. Não havia vantagens temporais a buscar; apenas, uma excelente notícia a espalhar; isto é o Evangelho!

Uma vez que deveria testificar de Deus, e saíra fazendo-o de Jesus, teria o que fora possesso, pois, a compreensão exata da pessoa de Jesus? De que Ele É Deus? Não creio que seja assim.

Tendemos a testificar do que vemos, mais que, entender o poder que atua. Mesmo em nossos dias, se alguém recebe um milagre após a oração de um ministro qualquer, costuma sair realçando mais ao ministro, que à misericórdia Divina. No caso de O Ministro ser Jesus, como então, dava no mesmo; hoje não.

Aliás, por se arvorarem em milagreiros, que muitos patifes da praça abarrotam suntuosos templos, de incautos, como se, a Atuação Divina” dependesse da cooperação de tais “ungidos”. O Eterno não depende de nada fora de Si para fazer o que deseja.

Quando engrandeceu reis e profetas foi porque o quis, não porque tais “grandezas” trariam alguma vantagem ao Altíssimo.

Usou um anônimo para advertir Acabe sobre sua imprudência; outro para ungir Jeú como rei que deveria exterminar à casa do mesmo Acabe; uma jumenta até, para desviar ao avarento Balaão da morte...

Contudo, os grandes, Saul, Davi, Salomão, Uzias... trouxeram problemas.

Enfim, quanto menor formos em nosso nome, status, pretensão, maiores as chances de uma real utilidade pra Deus, dado que, se Ele operar por nosso intermédio fica mais fácil se notar quem operou;

Não que, O Eterno padeça caprichos humanos; dar-lhe o que é devido é justiça; “Eu sou o Senhor; este É O Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Às imagens, tampouco aos ministros de carne e osso que, nada podendo se ostentariam como poderosos. Geazi o avarento assistente de Eliseu tem vasta descendência entre nós.

Então, “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele. Mas vós sois Dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” I Cor 1;27 a 31

Escrito; onde? Jeremias dissera: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender, me conhecer, que Eu Sou o Senhor; que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” Jr 9;23 e 24

Nossa glória, pois, será atuar de uma forma que agrade a Deus, pois, “A alegria do Senhor é nossa força”.

A excelência do nosso testemunho é sermos cooperadores de Deus, não como agentes de milagres, mas com um modo de vida cujo caráter transformado ilumine e deixe visível o milagre em nós operado; e o façamos de modo a deixar patente a origem da transformação; “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

Humildade não é sermos grandes, nem pequenos, mas sermos o melhor, onde O Senhor nos colocar; lugares altos, ou, baixos.

Muitos morrem de amores por certo prefeito capixaba que mistura-se aos operários e faz trabalhos braçais. Não duvido da sinceridade e boas intenções dele; mas, foi eleito para ser prefeito; perde-se atuando como ajudante de serviços gerais.

Humildade não se mede pelo degrau ocupado, mas, pelo estado de espírito em que servimos. “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; quem exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; quem preside, com cuidado; quem exercita misericórdia, com alegria.” Rom 12;6 a 8

domingo, 8 de dezembro de 2019

Sarados espirituais


“Senhor meu Deus, clamei a ti e Tu me saraste.” Sal 30;2


“Senhor meu Deus...”
requer um relacionamento. Houve reis até, que chegaram aos profetas e pediram: “Clama ao ‘teu’ Deus.” Como disse Dario a Daniel ao lançá-lo na cova dos leões: “O teu Deus a quem continuamente serves, Ele te livrará.”

Quando alguém fala “Senhor Meu Deus” não está se dizendo proprietário de Deus, antes, servo; pretende ter com Deus um relacionamento fiel. Como O chamaria Senhor sem obediência?

Dois vícios são muito encontráveis no nosso meio. O clericalismo onde, apenas uma casta de “especializados” sabe como se procede e nas mãos desses, deve o povo comum buscar diretrizes; e a banalização irresponsável, na qual, até quem não dá a mínima para O Altíssimo e Sua Palavra se diz Dele.

“Deus é Pai não é Padrasto;” “Também sou filho de Deus”. Isso de gente, cujos passos, em nada testificam de uma filiação tão nobre.

Certos traços filiais são necessários para que a coisa se mostre veraz; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

Há um meio termo saudável. Não é só para “especialistas”, nem para todos de qualquer maneira; É acessível a todos, mediante o mesmo padrão: “A todos quantos o receberam, (a Cristo) deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Se, o convite é abrangente; “vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos...” a condição é precisa para os que ousarem tal passo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim...”

“... clamei a ti...” Muitos falam alhures sobre o “poder da fé” de uma forma diluída, como se, a mesma tivesse alguma virtude em si, invés de ser apenas um lastro para o relacionamento com quem, deveras, tudo pode.


Ora, para quem devaneia com um poder intrínseco à fé, qualquer fé serve. Em Buda, Alá, Krishna, Osíris, ETs, Gnomos, Bruxas...

A fé saudável nunca foi apresentada como tendo poder; antes, como sendo uma atitude que agrada Àquele que o tem. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Quando O Salvador disse: “A tua fé te salvou” não estava aludindo a suposto poder da fé; antes, referia-se à qualidade da mesma; Ele dissera: “Crede em Deus, crede também em Mim.” Desse modo, “Tua fé te salvou” porque crestes em quem te poderia salvar.

“... e Tu me saraste.” A ideia geral de sanidade atina às coisas do corpo estritamente; embora, seja bem mais ampla que isso. No livro de II Reis temos Eliseu, o profeta, derramando uma porção de sal numa fonte corrupta de Jericó e “sarando” às águas. Moisés fizera semelhante em Mara. Em resposta à oração de dedicação do templo feita por Salomão, O Eterno prometeu mediante certas condições de fé e arrependimento, ouvir desde os Céus e “sarar” à sua terra.

Alguns adeptos da errônea ideia que servos de Deus são dedetizados e jamais ficam doentes por causa da fé, torcem o sentido de Isaías, onde diz que, “Pelas Suas pisaduras fomos sarados.”

Em cima disso afirmam, como faz R. R. Soares, por exemplo, que todas as doenças são do inimigo; devemos “tomar posse da bênção” que já é nossa.

Nesse caso, o que precisa de saúde é a compreensão dele que está enferma. No contexto imediato se pode ver o tipo de enfermidade em foco; “... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele...” Cap 53;5

Se, a “doença” era de transgressões, iniquidades e a consequência da cura foi o restabelecimento da paz com Deus, necessária se faz a interpretação que, a saúde em realce seja espiritual, não, física.

Não significa que O Senhor não cure moléstias físicas também; apenas, não é essa a prioridade. Nem sempre quer. “Minha graça te basta, pois, Meu poder aperfeiçoa-se na fraqueza.”

As enfermidades pesam; somos ditosos quando O Senhor nos socorre no tocante a elas; contudo, essas não vão além da sepultura;

Há males maiores de consequências eternas que devem ser alvo de nosso zelo, vigilância e orações; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

sábado, 7 de dezembro de 2019

Apreço da Honra


“Entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei; vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; levem-no a cavalo pelas ruas da cidade e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!”


Hamã expondo a sua noção de honra, pensando que a mesma lhe caberia; o alvo da mesma era seu desafeto Mardoqueu.

Esse denunciara uma trama que atentaria contra a vida do rei e fora esquecido; mas, no devido tempo O Senhor trouxe à memória do rei; então seria recompensado com honra.

Mardoqueu não fizera por interesse; antes, em sua lealdade ao rei fez o que lhe parecera justo, a despeito de eventuais consequências.

Honra é um anel que só fica bem no dedo do mérito. Deprimentes os debates políticos onde, a dignidade da posição requer tratamento nobre, e a indignidade do ocupante justifica um palavreado vil; “Vossa Excelência é um safado! Vossa Excelência é um corrupto, mentiroso!” Que droga de excelência é essa que usa andrajos tão sujos, como as vestes da safadeza, corrupção, mentira?

O Salvador falou sobre as “honras” humanas; “...Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Então, olhemos por um pouco a honra do prisma Divino; a quem, O Rei dos Reis desejaria honrar?

Assim como o amor só se realiza por via de mão dupla, isto é, demanda correspondência, também a verdadeira honra, perante O Senhor; Ele diz: “... aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Embora, para efeito de Salvação conte apenas a Graça, dado que, não a merecemos nem poderíamos pagar por ela, no prisma das recompensas, certo “mérito” será requerido sim; O Santo não coloca as divisas Excelentíssimas da Sua Aprovação nas fardas sujas dos safados. Vejamos: “Com o benigno, te mostras benigno; com o homem íntegro te mostras perfeito. Com o puro te mostras puro; mas com o perverso te mostras inflexível.” II Sam 22;26 e 27

Grosso modo todos trazem na ponta da língua a tal da lei da semeadura; no entanto, nem sempre a compreensão do significado tem acuidade com a realidade espiritual; vejamos: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Notemos que as duas possibilidades de semeadura são, na carne, ou no Espírito. As mesmas ações podem sofrer apreços totalmente opostos, dependendo do motivo que as inspira.

Até Platão que desconhecia ao Evangelho dizia que, quando alguém pratica obras justas tendo em vista as honrarias e aplausos que advirão, o tal, ama essas coisas, não à justiça em si. Pois, quem ama-a, pratica-a sem necessidade de nenhum incentivo a mais que esse amor, a despeito da ingratidão que colherá; incompreensões até.

Eventualmente nossas obras feitas no espírito correto, na motivação que honra a Deus, podem até ser recompensadas ainda na Terra, como foi a de Mardoqueu; mas, muitos partem para o além cobertos de injustiças por aqui, como foi o Apóstolo Paulo, por exemplo que, invés de um carnal reclame contra a injustiça dos homens aceitou seu martírio seguro da Justiça Divina; “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas também a todos que amarem Sua Vinda.” II Tim 4;7 e 8

Esse “cristianismo” que lota templos em demanda de interesses mesquinhos, entulha as redes sociais de “profecias” de facilidades para atrair incautos está a anos-luz, da fidelidade que merece O Santo, que, sem pecados padeceu por nós.

Um lugar de honra certamente está reservado aos fiéis, mas, esse não nesse antro de corrupção; “Levantai-vos, e ide-vos, porque este não é lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme.” Miq 2;10

Invés de “orações fortes” como acenam mercenários modernos a eficácia da oração está na aceitação, por parte do Senhor, da vida de quem ora; “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e Seus Ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.”

Desse modo, a honra de ser atendidos pelo Rei dos Reis quando oramos, requer que antes O honremos, seguindo o que Ele em Sua Palavra falou. É antes de tudo, fiel, o homem a quem O Rei deseja honrar.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Conflito de Amores


"... Também eu vos perguntarei uma coisa, e então vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me." Mc 11;29 e 30
 
O Senhor fora questionado sobre a origem da Sua Autoridade. Antes de responder propôs a questão em realce; de onde era o batismo de João?

Se, ele fora delegado pelo Eterno a fazer o que fazia, então, óbvio, a autoridade que representava era O Próprio Deus.

Agora, se fizesse as coisas de moto próprio, daí tudo se resumiria em sua pessoa apenas. Todos tinham a João como profeta do Altíssimo; então, quando ele apresentou a Jesus como "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", em nome do Pai, o fez.

O outro joão escreveu depois que o Batista viera precisamente para apresentar a Luz ao mundo; "Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse dela." Jo 1;6 a 8

A questão da autoridade sempre foi um problema para o homem e algo de extrema importância para Deus; pois, foi justo ao desconsiderá-la em busca de um "Plano B" que o casal edênico pecou e deu início a todos os desdobramentos nefastos da queda.

O propósito original para nossa criação é de servos, ainda que, com uma intimidade mais estreita, como de filhos e Pai, no caso de nossa opção ser por Deus.

Nosso livre arbítrio resume-se a uma escolha dual, tipo eleição em segundo turno; tal escolha determinará a quem servimos, não será mero falar assim ou assado; mas, são nossas ações que testificam do Senhor que escolhemos; "Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?" Rom 6;16

Então, diferente do que alguns pensam, batizar-se não equivale a adesão religiosa, "passá pá crente" como dizem; antes, é um testemunho público de reconhecimento de duas coisas essenciais; nossos pecados, que demandam o auxílio do Redentor, e a Autoridade sobre nós desde então; batismo não é uma aquisição é uma entrega. "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?" Rom 6;3

Se, no Macro foi João Batista que testificou do Senhor para quem lhe ouvia, cada um em particular, que se batiza em Cristo testifica também, uma vez que o confessa publicamente como Senhor; "Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai, que está nos céus." Mat 10;32

Muitas vezes aquilo que nos é pacífico ao entendimento e consciência, nem sempre o é perante as conveções; noutras palavras: Percebemos as coisas como são, mas não temos ousadia de assumir publicamente essa percepção, pelo medo dos apreços horizontais dos que zombarão de nós; o clássico temer mais aos homens que a Deus.

Pois, no âmbito da atuação do Senhor havia coisas tão fantásticas que por si só externavam Sua Autoridade sobrenatural. "Pode um demônio abrir os olhos a um cego"? Perguntaram. Nesses casos a resitência não passa de hipocrisia; as palavras da boca atuam contra o saber apenas para abafar no grito, às da consciência.

O Prícipe Nicodemos foi um que viveu esse conflito; para ele o testemunho dos feitos de Cristo bastava como prova da Sua Autoridade; "Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que És Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele." Jo 3;2

Se, estava convencido da Autoridade Divina do Salvador, nem assim ousou escancarar isso; antes, foi buscá-lo de noite, escondido dos colegas do Sinédrio.

O Senhor É A Luz; os conflitos que enseja não são de sapiência; são de amores. Desafia-nos a mudar de afetos coisa dura para a natureza carnal; "A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más." Jo 3;19

Por isso, ensinou, sem o "Novo nascimento da Água e do Espírito" nada feito. Seguiremos amando às trevas e fugindo da Luz.

Em suma, não é identificar a origem da autoridade o nosso problema; identificamos e entendemos que O Senhor requer o direito Seu de dirigir nossas vidas, mas ainda gostamos mais da sugestão da oposição de nós mesmos decidir sobre bem e mal.

Jesus não é rejeitado por obscuro, confuso; antes É claro demais; assusta.

"A verdadeira tragédia não é as crianças temerem ao escuro; antes, é os adultos temerem à luz". Platão.

sábado, 30 de novembro de 2019

O medo da vida; das vidas



"... Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva." Atos 22;22

Paulo mencionou detalhes da chamada do Senhor, o que incluía a rejeição do testemunho sobre Ele pelos Judeus, e o envio do apóstolo aos gentios. Então, disseram as palavras acima. "... não convém que viva".

Seu dicurso incomodava, como incomodara o de Estevão; para ambos, a mesma solução: Sentença de morte.

Infelizmente é muito comum as pessoas "resolverem problemas" matando outras; em determinado momento decidem que não convém que alguém viva mais; ao calor dessa visão acoroçoando à vontade, decidem cometer assassinatos. Mas, o que faz a vida de alguém inconveniente a nós? Ou, será que as pessoas existem para nos agradar?

Primeiro que, a vida de terceiro é já uma "empresa" em si; independe de mim e não deve ser-me, necessariamente, conveniente. Quem garante que não sou inconveniente a muitos, nem por isso lhes assiste o direito de "sanar" essa inconveniência matando-me.

Somos uma confraria de seres inperfeitos, anjos inconclusos, para o bem e até para o mal, conforme a escolha de cada um; "Quem é sujo suje ainda; quem é santo seja santificado ainda..."

Uma lógica que me parece cristalina elimina essa "solução", sem maiores argumentos; sendo alguém hipoteticamente perfeito, naturalmente tem em sua essência "matéria-prima" para lidar com alheias imperfeições; agora, sendo imperfeito como os demais, quem lhe dá o direito de cobrar a perfeição que não possui?

Há um mentor que cega e faz parecer que sua sede de sangue é de quem se faz hospedeiro do seu ódio e seus conselhos. "O ladrão (Satanás) veio roubar, matar e destruir..." Jo 10;10

Atrevo a pensar que os que assim agem não matam semelhantes porque esses são maus; (teriam que matar a todos) antes, o fazem na ilusão adquirida de se livrar de um mal, que, por maior que seja, ainda há de ser menor que o peso de sujar as mãos com sangue.

Degraçadamente lidamos "melhor" com os problemas, as falhas, no outro, que em nós; daí, quando uma incompatibilidade qualquer assoma, para muitos parece mais fácil matar ao outro que mortificar a si.

É salutar desconfiar de todo e qualquer discurso, ou ensino, que focalize os problemas sempre no outro, invés de dentro de nós mesmos. Quem jamais ouviu: "O inferno são os outros". Claro que o santo enfadado disso é um pedaço de paraíso!

A Boa Nova começa com uma má notícia: O mau que me faz dano sou eu; daí, "negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." Pois, assim, autônomo e morto em delitos e pecados não convém que eu "viva".

A Palavra de Deus, "Manual do Construtor" nivela-nos por baixo; "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um." Salm 14;3 Ou, "... Não há um justo sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus." Rom 3;10 e 11

Muitos confundem ir às igrejas em demanda de interesses rasos, mesquinhos, com buscar a Deus. Pecam até quando cultuam ao fazer a coisa certa pelas erradas razões. No fundo o "culto" de muitos é como o de Balaão, um "despacho gospel," que se resume em oferecer préstimos religiosos em troca de bens terrenos; enquanto o ensinado pelo Mestre orbita outros valores; "Buscai primeiro o Reino de Deus e Sua Justiça..."

Se, pensarmos nas virtudes cristãos desejáveis, entre elas depararemos com prudência, paciência, perdão... coisas que "dependem" das alheias imperfeições. Sem esquecer que, O Eterno condiciona Sua Graça a uma apreço pela mesma, de nossa parte, que nos leva a sermos graciosos também; "Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores..."

Contudo, há ainda o outro lado da moeda; se, grosso modo, muitos ceifam vidas por "tratar" seus problemas no outro, invés de o fazerem em si, há os que veem a coisa tão em si, que tiram as próprias vidas, quando, da forma que se lhes apresentam não parecem desejáveis mais. Quem a vê em Cristo há de vê-la com outros olhos.

Se, a salvação nos livra do medo da morte, não no sentido de buscá-la, mas da confiança no que virá após, deve ser necessariamente d'outra fonte, o medo da vida que patrocina tais "soluções". Não estou entrando no mérito da salvação ou não dos suicidas; mas, nos motivos.

Toda ação é o desdobramento de um pensamento que dobrou à vontade e se fez um desejo; enquanto não formos purificados aí, na origem, nossas ações impuras continuarão.

A morte que purifica já ocorreu; "... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo". Heb 9;14

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O Acelerador de Partículas


"Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem." Sal 14;1

Como se poderia saber o quê alguém diz "no seu coração"? Seria necessária a inspeção de quem tivesse acesso ao âmago, ao centro da personalidade psíquica e espiritual, essa íntima fonte que chamamos coração.

A diatribe à negação da existência de Deus começa já com um predicado que requer Sua existência; pois, quem teria acesso aos recônditos dos corações? "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." Jr 17;10

Pois, "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre." Prov 20;27

Notemos que a recompensa Divina atrela-se a caminhos, ações; são esses que trazem à luz os corações, que, Deus pode sondar.

Como efeito colateral de nossa incipiente pesquisa encontramos duas coisas já; Deus descarta como néscios, tolos os que duvidam; o homem tem em si um espírito, como ponto de contato com Deus, que É Espírito.

O Eterno não tem nenhuma crise de aceitação como nós; não sai por aí mendigando atenções, tipo: Por favor, creiam que Eu Existo, senão minha vida não fará sentido. Deixa o melhor vinho para o final, para que a fé seja Nele, não em estímulos exteriores.

Parte do princípio sólido que Sua Existência É auto-evidente, não gasta latim à toa; descarta como tolos os que negam o que salta aos olhos. Pois, "Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;" Rom 1;20

A negação dos néscios não é filosófica; tendo meditado muito chegaram à conclusão que a Existência Divina é inverossímil, impossível, por ferir à lógica em tais e quais pontos; antes, é uma negação prática de alguém indolente que agiu como se, tal busca sequer valesse à pena, dada essa "certeza" decidiu agir por conta como se Deus não existisse.

Não se trata de um sincero interessado na verdade que não coseguiu crer; antes, um estúpido que adotou automaticamente para si a sugestão de Satã para agir com autonomia, independência em relação ao Santo.

Contudo, alguns mais "esclarecidos" negam "positivamente" a Divina Existência; hipocritamente fingem não fazê-lo. Por exemplo, os "cientistas" do CERN aquele centro de pesquisas em um túnel de 28 kms na fronteira franco-suíça. Eles criaram uma engenhoca que chamam de acelerador de partículas, no uso da qual esperam encontrar à "partícula de Deus". O meio científico para a existência do Big Ban.

Essa teoria da mega-explosão é dos evolucionistas que negam a Existência do Criador. Então, quando aludem à partícula de Deus, na verdade buscam a demontração de um "método" que faria Deus desnecessário, uma vez que a "ciência" poderia explicar tudo.

Partícula é o diminutivo de parte; daí que, nossas coisas e opiniões são particulares, dado sermos meras partículas, num universo com mais de sete bihões de pessoas.

No entanto, como fomos criados à Imagem e Semelhança do Criador, e Ele soprou em nós Seu Espírito, cada um de nós é uma partícula de Deus, não num sentido panteísta, (Deus está fora da Criação) mas, no de testemunho da Sua Obra.

A morte espiritual, consequência do pecado aliena essa partícula, (espírito) da Sua Fonte; por isso O Eterno enviou Seu Filho remir-nos da prisão desse feitor, para que a vida fosse regenerada.

Enquanto a "ciência" trabalha com um acelerador de partículas, Deus desafia às partículas que lhe dão ouvidos a um freio na ensandecida corrida da auntonomia; para que, a comunhão possa ser refeita; "Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me".

Depois da descoberta do DNA impossível a defesa da evolução nos moldes Dawinianos; escavar ossos não "prova" mais nada; a moda agora é a negação da pureza e singularidades Divinas; o neo-panteísmo.

Todas as religiões são boas, todos os caminhos levam a Deus; tudo é Deus, inclusive Terra e Natureza. O Ecumenismo buscado pelo Papa Francisco. Não podendo mais negar a existência, o Capeta e os seus pervertem a essência; uma forma oblíqua de negação.

A aceleração das "partículas" interessa ao mentor da rebelião; se pararem para ouvir, meditar poderão reencontrar o caminho de casa. A tecnologia labora velozmente no afã de gerar mais velocidade.

A árvore da Ciência cintila mais que uma de Natal para manter os néscios de costas para a Árvore da Vida. Contudo, "Voltei-me, vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha..." Ecl 9;11

domingo, 24 de novembro de 2019

O Triturador Vermelho


Uma frase me fez pensar: "Não se preocupe em deixar um mundo melhor para seus filhos; antes, em deixar filhos melhores para o mundo."

Dois vícios humanos nas entrelinhas. A quimera de tentarmos ingerir no que nos escapa, sendo omissos no que nos pertence fazer; e a cosmovisão utilitarista como se, invés de partículas de um todo, a ele devedoras fôssemos credores, aos quais a vida deve. Nâo o que convém fazer para contribuir com um mundo melhor, mas o que quero usufruir.

Esse é um mal crônico dos esquerdistas que, por avessos ao trabalho, à meritocracia, afirmam que, quem prospera na vida nunca o faz por esforços, empreendedorismo, organização, empenho; sempre trata-se de um "explorador" do trabalho alheio, por isso, seus bens nem são legitimamente seus; devem ser "socializados".

Essa "releitura" própria de vagabundos que recusam a "botar o peito n'água" além de "justificar" ao roubo, o espólio dos alheios bens, traz como efeito colateral o desestímulo aos novos empreendimentos; pois, se tanto faz quem produz ou não, a todos cabem direitos iguais, qual o sentido de trabalhar?

Isso explica a derrocada econômica de todo o leste europeu comunista, parte da Ásia e mais recentemente, Cuba, Venezuela e Bolívia; a "iguladade" pela qual pelejam é de frutos, não de oportunidades; assim, o diligente e o ocioso se tornam "iguais" no maravilhoso paraíso comunista. 

Para Aristóteles, "A maior desigualdade que há é considerar iguais aos que são diferentes". Ele está certo.

Então, o comunista convencido pela própria hipocrisia que rebatiza sua preguiça de justiça social anseia que o mundo mude ao seu favor, invés dele mudar seus conceitos e ajudar a construir um mundo melhor, para si primeiramente, depois as consequências diluem-se no todo.

Desgraçadamente o gado vermelho segue após berrantes tocados por gente rica, tiranos milionários, mas que dizem que as parcas pastagens deles é por culpa das "elites injustas" e do "capitalismo selvagem"; algum deles já dividiu os bens? Já socializou um por cento do que possui? Não. Mas, o gado foi treinado para usar cascos e chifres após o pano vermelho, como nas touradas de Madrid, não os cérebros. Olééé!!

Quais economias mais agonizam na América Latina? As supra citadas Cuba, Bolívia e Venezuela. Qual a mais próspera? O Chile com o maior crescimento e renda per cápita.

O que incomoda aos vermelhinhos? O Chile. Lá açodam seus rebanhos de idiotas úteis; pois, se seus manuais socialistas sempre advogaram que a economia liberal e o capitalismo são maus, como essas coisas se atrevem a dar certo no Chile? É preciso queimar tudo urgentemente. Assim, não são vândalos, desordeiros, marginais; antes, "revolucionários" numa meritória luta política contra a "injustiça social".

Aqui, investimentos estruturais de minimização das consequências do estio, como a dessalinização da água do mar e a perfuração de poços artesianos começa a dar alento ao sofrido povo do nordeste; o que fazem esses bravos "defensores dos pobres"? Alugam um criminoso derramamento de óleo no litoral por lá; se não fosse o alcance das redes sociais eles dariam um jeito de por a coisa na conta do Bolsonaro.

Duas coisas são tão óbvias nesses pleitos que podem ser lidas em Braille! Uma: Nunca os fatos corroboraram a doutrina comunista! Sempre forjam o paraíso nos livros; miséria e opressão totalitária na prática; Outra: Essa gente nunca esteve nem aí para pobres, oprimidos, minorias, justiça e o escambau; Como a Dilma mesmo confessou, "Fazem o Diabo pelo Poder". E o Diabo segundo Jesus veio roubar, matar e destruir.

Se, são mesmo democratas como dizem, o que têm contra a saudável alternância de poder? Mais; se, o Bolsonaro é tão ruim como afirmam, por que não deixem que afunde ainda mais nos três anos que lhe restam de mandato, depois lhe dão uma "lavada" nas urnas?

Eles não estão apavorados porque o Governo do Jair é ruim para a nação; urge que sabotem, pois, os resultados positivos saltam aos olhos; deixam cada vez mais evidente os treze anos perdidos sob o corrupto manto vermelho. O "radicalismo" proposto pelo rei dos ladrões e a "imitação do exemplo do Chile" ainda fará correr sangue inocente por aqui.

Não me iludo muito com a cura da esquerdopatia; uma doença quase sem cura que inoculada no sangue nem o antibiótico dos fatos e a sutura da realidade podem tranformar feridas em cicatrizes.

Se, é uma preocupação saudável deixar filhos melhores para o mundo, invés da difusão do conhecimento intentaram a ideologia de gênero, perversão dos infantes.

Essa gente é criminosa, amoral, imoral, perversa. O Comunismo não passa de uma máquina de moer carne para produzir os embutidos que saciam a fome de poder. E há tanta carne pedindo para ser moída...

sábado, 23 de novembro de 2019

Gugu Liberato; a morte fora da casinha

A morte está mais viva do que nunca. E, a cada dia morre em série, se esforçando em demanda pela nossa atenção, mas seguimos alheios, nos fazendo de mortos.

Aí ela amplifica seu grito e ceifa gente famosa como Paul Walker, Tony Palmer, Walmor Chagas, Robin Willians, Ricardo Boechat, e agora seu grito mais recente, Gugu Liberato.

Nos movemos por um pouco em nossos assentos, não o bastante para desgrudar as bundas, ou despertar os cérebros; e via de regra, cada um tem uma "receita" nas prateleiras da preguiça mental, à qual recorre para abafar tais gritos.

O fatalista conclui: "Chegou a hora"! O "lógico" reclama: "Tanta gente ruim e morrem os bons!" O filósofo de botecos "filosofa": "Pra morrer basta estar vivo". O espírita: "Cumpriu seus karmas"; Uns têm as frases feitas para as perdas menores; "Vão-se os anéis ficam os dedos"; daí quando vão-se os dedos quedam incrédulos.

Tendemos em nossa lógica inconsequente e desavisada a "arquivar" vidas como se fosse um fichário; ordenadas pela data e índice alfabético, à luz do qual a dama de preto deveria ceifar primeiro às fichas mais antigas. Vá saber se a morte conhece lógica, bebe, consome drogas, ou afins, mas tem feito um monte de trapalhadas cronológicas, de modo que me atrevo a dizer que ela está fora da casinha.

Levou à Amy Winehouse antes do Mick Jaegger; Paul Walker antes do Stallone; Artur antes do Lula; agora, Gugu antes do Silvio Santos. Lógica não é com ela, pois.

Admiro gente que consegue tratar de algo tão sério de modo doce, como os poetas, por exemplo; "Eu estava dormindo e me acordaram, e me encontrei assim, num mundo estranho e louco... e quando comecei a compreendê-lo um pouco, já eram horas de dormir de novo"

Porque o tempo é uma invenção da morte,
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia,
para nos dar a eternidade inteira"
Mário Quintana

"Fiz um acordo de coexistência pacífica com a morte; eu prometo não temê-la, nem ela me assustar; um dia a gente se encontra". Mário Lago

Por minha parte com recursos pífios comparado aos grandes Mários, escrevi um poema esposando a ideia que a morte mais assusta a quem pensa ter mais vida;

"Ao jovem a morte parece um precipício; o desperdício de tudo o que pensa ter para viver; ao adulto parece um monte; horizonte extático onde mais dia, menos dia fará a subida; o velho andeja com ela pela campina; traquina criança festejando a absolvição de sua sentença de vida."

A Bíblia valora como mais proveitosos os ambientes fúnebres que os festivos, dado esperar que tais nos ensinem algo; "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração." Ecl 7;2

Tiago apresentou a "robustez" das nossas vidas como uma coisa tênue, pífia; "Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece." Tg 4;14

Por isso, longe de ser uma opção a se fazer nos dias da velhice, a salvação sempre nos é apresentada como uma decisão que requer urgência; "... Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação..." II Cor 6;2 "Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes sua voz, (de Deus) não endureçais vossos corações, como na provocação." Heb 3;15

Dado que a conversão que nos livra do medo da morte demanda mortificação dos desejos naturais em prol da realização da Vontade Divina, bem observou Watchmann Nee: "Muitos gastam tempo ensinando aos cristãos a viver melhor, quando, deveriam ensinar a morrer melhor."

Nossa abstração se verifica à medida que, só mortes mui próximas nos movem, ou de famosos, como alguém observou: "Uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, apenas um número, uma estatística."

Então, apesar de certa leveza no texto, tanto quanto possível, não entendam que trato a coisa de modo pueril, superficial. Meus respeitos e solidariedade à família enlutada, anexo o desejo que o Espírito Santo conforte e console aos corações feridos.

Quanto à nós outros que contemplamos de longe, sempre acontece uma partida de gente bem próxima; a menos que tenhamos um "plano B" para salvação sem Cristo, deveríamos usar nosso tempo para reconciliação com Deus, para que a sombra da morte não assuste mais.

O Eterno desconhece alternativas e propõe em nosso nome a questão: "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando sendo anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?" Heb 2;3

A Voz do Pastor

"Quando tira para fora suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos." Jo 10;4 e 5

Como as ovelhas identificam o pastor pela voz, à qual estão familiarizadas, Jesus ensinou que os Seus O identificariam e seguiriam. Mais; disse que fugiriam de estranhos.

Notemos que a "isca" atrativa às ovelhas não era a qualidade dos pastos, nem da água; mas, a simples voz do Pastor. Quem pertence ao Senhor serve-O, não aos próprios interesses; é Sua Voz que determina o caminho, não as predileções da ovelha.

Claro que "voz" aqui trata-se de uma metáfora; nenhum de nós, dos tempos atuais ouviu estritamente, a voz de Cristo. "Voz" nesse contexto deve ser equacionada à Palavra, Caráter, Ensino, Doutrina.

Paulo tivera o privilégio de conhecer pessoalmente ao Senhor; mas, disse que o conhecimento espiritual era mais importante;" Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo." II Cor 5;16

Como a voz do pastor é inconfundível às ovelhas, também o são os ensinos de Cristo para todos os diligentes no aprendizado, que Dele aprenderam. Nele não há ambiguidades, parcialidades, meias verdades; vícios tão comuns na voz dos homens e do inimigo.

Quando vulgarmente se diz que a voz do povo é a Voz de Deus, se pretende apenas que, se o povo decidiu está decidido. (se bem que no Brasil atual, nem isso; o povo pede o impeachment de Gilmar Mendes, o O Congresso o condecora) "Deus" ignora à voz do povo.

Cristo nunca condicionou que alguém se dissesse ovelha Sua, para conhecer a verdade; antes, que permanecesse na prática da Palavra, que demanda obediência ao já sabido, e no discipulado, que requer a busca do ainda desconhecido; "... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Jo 8;31 e 32

Desse modo, quando Paulo nos adverte que Satanás transfigura-se em anjo de luz, e seus ministros em ministros de justiça, também usa certa linguagem especial.

Transfigura significa literalmente, muda a figura em outra; todavia, anjo é a versão grega para o hebraico "Malach" que significa mensageiro. Então, um anjo não é necessariamente para ser visto, mas ouvido; uma vez que porta uma mensagem. Qualquer pregador, "lato sensu" é um anjo, inda que não seja visto assim.

Quando ouvimos um "ministro de justiça" cuja voz destoa dos claros Ensinos do Pastor, teremos ai apenas um Satanás tranfigurado, uma voz ambígua com "justiça" nos lábios e perversão no coração.

Acaso nos estão "podendo" os da "Teologia da LIbertação" que a pretexto de "Justiça social" esposam usurpação dos bens alheios, do fruto do labor de uns para defrute e prêmio do ócio de outros? A "Voz do Pastor" não condiciona a justiça a posses; "Acautelai-vos da avareza, pois, a vida não consiste na abundância do que se possui."

Conhecer à Voz do Pastor é acima de tudo, amar à Verdade; quem não for perseverante nisso seguirá a estranhos; de repente se verá na corrente das "prósperas" águas da mentira arrastando-o à perdição.

O "estranho pastor" virá "Com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." II Tess 2;10 a 12

Quem ama à verdade não é um conciliador, como esse mundo de aparências e enganos tanto aprecia; antes, um guerreiro espiritual em constante embate contra os conselhos da mentira que visam minar os fundamentos da fé e obediência; "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;" II Cor 10;4 e 5

Quando Davi cantou que O Divino Pastor conduziria a verdes pastos e águas tranquilas, não esqueceu de mencionar o outro lado da moeda; as agruras da caminhada que incluíam a possibilidade de passar pelo vale da sombra da morte, antes de ter uma mesa farta com "plateia" de inimigos.

Quem não gostaria de uma mesa com a Santa Presença do Senhor? Está disponível; condicionada a duas cositas apenas: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir Minha Voz e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei e ele comigo." Apoc 3;20

domingo, 17 de novembro de 2019

Relacionamento rompido


"... nos concedeu; grande bondade para com a casa de Israel, e usou com eles segundo suas misericórdias... Porque dizia: Certamente eles são meu povo, filhos que não mentirão; assim Ele se fez seu Salvador." Is 63;7 e 8

Um atropomorfismo (Falar de Deus como se Ele tivesse forma ou limitações humanas) que Isaías usa aqui enquanto "discute a relação" (quebrada) do Senhor com Israel. Esperando que fossem fiéis, povo que não mentiria, Ele se fez seu Salvador.

Válido como argumento para evidenciar a infidelidade, embora, a Onisciência Divina jamais seja surpreendida pelos fatos; Seu Amor É, apesar do que somos. "Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." Rom 5;8 Não nos ama porque valha à pena; antes, pelo que Ele É. Então, embora amando, O Eterno estava afastado para deixar patente Sua Frustração, Seu descontentamento.

Disse mais o profeta: "Em toda a angústia deles Ele (Deus) foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu amor e Sua compaixão Ele os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade." v 9

No entanto, a humana contrapartida não se deu como o desejado. "Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles." v 10

Uma relação inicialmente de amor que, em função da rebeldia culminou em inimizade; Isaías mencionou que Deus recordara das promessas pretéritas feitas a Moisés, contudo, o caso era de ruptura do relacionamento, o que se entende adiante; "... Volta, por amor dos teus servos, às tribos da tua herança... Somos feitos como aqueles sobre quem Tu nunca dominaste; como os que nunca se chamaram pelo Teu Nome." vs 17 e 19

É da natureza do amor desejar a devida correspondência, independente do que se saiba; o Amor Divino não se prende À Sua Ciência, mas aos que ama; frustra-se pela infidelidade, mesmo sabendo d'antemão que seria assim.

Quando a Palavra diz que Cristo "foi morto antes da fundação do mundo", usa uma forma poética aludindo à Presciência Daquele que, "chama às coisas que não são, como se já fossem." Quando aceitou a missão que Sua Ciência sabia que ao seu tempo seria necessária, Ele "foi morto".

Erram o alvo aqueles que correm pra lá e pra cá em busca de "revelações" estando omissos em praticar ao que já lhes foi revelado ser O Divino Propósito; como se, saber importasse mais do que amar. Ímpias excitações onde a obediência traria descanso, paz; "Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus." Is 57;20 e 21

O que precisamos saber é que nossas vontades naturais, bem como as do mundo todo se opõem à Divina; para acessar Essa, precisamos "crucificar" àquelas; "... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Rom 12;1 e 2

Lembro de uma jovem que após eu ter pregado em São José dos Campos SP veio a mim e perguntou: "O que é mais importante? Oração ou jejum?" Fiquei surpreso e respondi o que me ocorreu na hora; jejum sem obediência não passa de dieta; oração em impiedade é só mais um pecado. 'A oração do ímpio é abominável'. O mais importante é a obediência. Agora, passado muito tempo, pensando melhor, acho que ainda repetiria a resposta.

Não há oração que resolva se, não for de arrependimento, confissão e abandono do pecado; sem isso a barreira divisória permanece; "Eis que a Mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça." Is 59;1 e 2

O resumo da ópera é que a vida de pecados nos faz inimigos de Deus; e o Evangelho é um convite ao arrependimento para reconciliação, antes de tudo. Mesmo a culpa pelo rompimento sendo nossa, foi Ele, Deus que deu o primeiro passo enviando O Mediador.

Os termos foram cantados por anjos no nascimento Dele; "Glória a Deus nas alturas!" (obediência) As consequências também; "Paz na Terra"; de resto, o "mérito" a causa, não está em nós; "Boa vontade para com os homens." (Graça) Luc 2;14

Mensageiros são meros servidores do Mediador; "... Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus." II Cor 5;20