domingo, 2 de setembro de 2018

O Preço de ver

“Tornaram a dizer ao cego: Tu, que dizes daquele que te abriu os olhos? Ele respondeu: Que é profeta.” Jo 9;17

O cego recém curado não vira seu Benfeitor, apenas, ouvira. No entanto, já via melhor sobre Ele, que os religiosos, que, ciosos de suas predileções rituais estavam mais enfurecidos por ter sido feita uma cura num sábado, que, alegres pelo milagre.

Ele É Profeta. Sua Palavra se revelou eficaz para minha cura.

Que difícil ao ser humano pecador admitir pequenas frustrações e se alegrar com bênçãos de outros, não, estritamente as suas. Eles deveriam estar celebrando a cura, entretanto, estavam em busca do “transgressor” do Sábado; seu zelo religioso içado acima do valor da vida.

A cegueira física nunca foi obstáculo ao Senhor; mas, a espiritual, cuja cura requer o concurso da submissão dos cegos, aí sim, muitos preferiram alienar-se àquele que cura.
Acontece que a Luz tem um “inconveniente” muito chato, ela reprova nossos erros; “todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Em última análise a escolha fere sentimentos, pois, amar à luz demanda reconhecer as próprias trevas; amar a maldade requer ficar longe da luz, são coisas excludentes. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Ora, o fato de vermos no prisma espiritual nos traz uma responsabilidade de andar conforme; enquanto cegos carecíamos ser conduzidos pela mão; “tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia...” Mc 8;23 Contudo, depois que o curou, O Senhor que, por alguma razão o queria fora daquela aldeia, não o conduziu mais pela mão, antes, o dirigiu pela Palavra; “Mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem digas isso a ninguém na aldeia.” V 26

Assim, foi curado e desafiado a andar conforme A Palavra do Senhor. Conosco se dá o mesmo. Éramos cegos espirituais; O Senhor Misericordioso nos abriu as vistas e deu Sua Palavra deixando-nos, patente, Sua Vontade. Andar conforme é nosso dever.

Nosso país, tristemente, por fruto de escolhas políticas mergulhou numa escura época de inversão de valores; onde bandido vale mais que policial, arruaceiro tem mais direitos que cidadão, a vida deixou de ser intocável e foi coisificada na proposição do aborto; promoção do homossexualismo passou a fazer parte do currículo escolar; erotização precoce das crianças também; isso e uma vasta gama de valores anticristãos acoroçoados por lideranças avessas ao Senhor.

Chega outra vez o tempo de escolhermos governantes, e, os mais esclarecidos laboram denunciando essas coisas, para que, enfim, os cristãos façam as suas escolhas alinhadas aos valores que afirmam defender; não raro deparo com “puxões de orelha” tipo: “Pare de falar em política e vá orar. Isso vale mais que falar de mentirosos.”

Ora, esses querem também um país melhor, imagino, com valores cristãos em relevo; por certo oram pedindo ao Senhor saudáveis líderes; textos assim, que revelam quais escolhas seriam sadias, e quais, enfermiças, já são respostas de Deus, para que, eles, quando votaram, não repitam os erros do passado, quando, por cegueira escolheram aqueles que são inimigos do Senhor.

Afinal, O Senhor preza o nosso arbítrio e revida nosso plantio com a devida colheita; se, Ele nos dará algo nessa área será através das nossas escolhas; por isso, usa quem vê para alumiar aos demais; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6;7

Infelizmente, invés de serem os valores morais, espirituais os patrocinadores das escolhas de muitos eleitores cristãos, eles escolhem pelo ventre; onde enxergarem uma migalha, mesmo que num plano amplo o país vá mal traem a Cristo colocando como senhores sobre si, aqueles que desonram ao Senhor.

Paulo falou com tristeza de uns assim, onde, anseios do ventre superavam os valores espirituais; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles; que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

A cruz de Cristo requer levar a Vontade de Deus às últimas consequências, não, lutar contra quem, a serviço do Senhor nos ajuda a ver melhor.

Deus não nos dá de bandeja aquilo que podemos fazer; ilumina-nos, mas, respeita nossas escolhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu a tua descendência.” Deut 30;19

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