domingo, 30 de setembro de 2018

Cânticos do Exílio

“Toda a congregação junta foi de quarenta e dois mil, trezentos e sessenta, fora os servos e servas, que foram sete mil trezentos e trinta e sete; e tinha duzentos e quarenta e cinco cantores e cantoras.” Ne 7;66 e 67

Neemias estava arrolando as pessoas que voltaram do cativeiro para Jerusalém. Entre as mais de 42 mil almas estavam sete mil e poucos servos, 245 cantores. Viveram cativos por setenta anos, sob caldeus, medos e persas; os que eram servos dos judeus em sua terra foram consigo, na mesma condição. Tais, pois, eram servos de servos.

Isso deveria nos ensinar algo; quando pensamos que estamos no fundo do poço, abstraído nosso egoísmo e curada a cegueira veremos muitos, em situações ainda piores.

Outro detalhe relevante é a existência de mais de duas centenas de cantores, mesmo, numa condição em que não parecia haver razões para louvores.

Na verdade, um compositor chegou a mencionar que os seus feitores lhes pediam que cantassem os cânticos da sua Terra, mas, que lhes era impossível fazê-lo naquela situação; “Aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” Sal 137;3 e 4

Ele não estava dizendo que era impossível cantar; a existência de mais de duzentos cantores demonstra que eles cantavam sim; talvez se reunissem em casas de líderes e louvassem ao Senhor mesmo em tão adverso cenário. O que o salmista disse é que era desmotivador cantar para alegrar ímpios, invés de fazê-lo para louvar ao Senhor.

Na verdade certa “trinca” alistada por Paulo na epístola aos coríntios tem mania de andar junto. Fé esperança e amor. 

Embora, o amor muitas vezes erre seu alvo embriagado no excesso de amor próprio; esperança ousa crer que aquilo terá um fim; a fé relembra a palavra dos profetas, da qual, recusa duvidar. Assim, como uma flor entre pedras, aqui e acolá ressoavam os cânticos dos cativos, para alento dos mesmos e, eventual deleite dos feitores que, furtivos ouviam também a beleza dos louvores de Sião.

Embora a fé seja o “firme fundamento das coisas que não se veem”, muitos dependem circunstâncias favoráveis, tanto para crer, quanto, louvar ao Senhor. Isso, mesmo sendo rotulado como fé é sua negação.

A verdadeira, como mostrou Abraão, além de privada de circunstâncias favoráveis, o que tira o acessório da esperança, ainda crê; “O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será tua descendência. Não enfraquecendo na fé, não atentou para seu próprio corpo já amortecido, pois, era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. Não duvidou da promessa de Deus por incredulidade...” Rom 4;18 a 20

Cheia está a Terra de “acessórios” à fé; as obras do Criador testificam Seu poder; A Palavra Dele, Sua Fidelidade. Se, essas duas testemunhas não bastarem para que cantemos louvores mesmo, em terra estranha, nada bastará. Aquele que diz: “Só consigo acreditar no que vejo”, está com isso patenteando sua estupidez.

Spurgeon disse mais ou menos o seguinte: “Aquele que, após contemplar a vastidão dos céus estrelados, o sol radiante, os planetas em suas órbitas determinadas ainda se diz ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” É preciso desonestidade intelectual para negar o óbvio.

Assim, Paulo diz que as Obras de Deus deixam sem desculpas os incrédulos; “Porque suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto, Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

A fé pode semear louvores ao Eterno mesmo que estejamos em cativeiro; enquanto, a incredulidade nos inutiliza, até, estando, como Adão, num jardim de delícias.

Desse modo, não obstantes nossas circunstâncias duras, nossos problemas reais residem “inside”, isto é; dentro de nós. João fez uma “trinca” também, mas, essa, do mal; “Porque tudo o que há no mundo, concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, não é do Pai, mas, do mundo.” I Jo 2;16

Quem louva ao Senhor deveras, o faz mesmo em meio às adversidades; quem só canta de barriga cheia é amante de si mesmo.

Infelizmente, a comodidade mata mais que as adversidades.

Porém, aqueles que perseveram e louvam ao Santo quando tudo está mal terão o tempo do bem como estímulo para novos louvores. “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como quem sonha. A nossa boca se encheu de riso; a nossa língua de cânticos...” Sal 126;1 e 2

sábado, 29 de setembro de 2018

Consequências espirituais

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15;10

Nem sempre sabemos avaliar devidamente a repercussão das nossas escolhas. Entender que uma opção aqui, algo aparentemente comum, tem desdobramentos nos Céus, perante O Eterno.

As virtuosas, isto é, que são segundo os padrões Divinos, além dos abençoados reflexos sobre seu agente têm ainda outro, didático, perante anjos, como ensina Paulo: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Ef 3;10

Quer dizer que, convivendo em comunhão com O Santo os habitantes celestes desconhecem a Sabedoria Dele? Em parte, sim. Pois, a “loucura” de esvaziar-se, ficar ao alcance de assassinos como fez, só se justifica depois, pelos frutos produzidos, e, enfim, deixando patente seu valor.

“Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus, quanto, gregos, lhes pregamos a Cristo, poder e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia e, a fraqueza, mais forte do que os homens.” I Cor 1;23 a 25

Nossa peregrinação terrena é uma extensa “reunião” de cujas falas e atos os “secretários celestes” tomam nota em suas atas; seja, em nosso benefício, seja contra nós. “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3;16

Tanto podemos causar festa nos Céus, quando nos arrependemos do mal e nos rendemos a Cristo, O Salvador, quanto, perplexidade; pois, tendo já feito a escolha pelo Senhor em dias pretéritos, de repente, ao sabor de novos interesses trocarmos Fontes Eternas por futilidades efêmeras; “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas; cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;12 e 13

Não há meio termo; sempre que buscamos alternativas a Deus, por religiosos que pareçamos, ou, nos pretendamos, a rigor, O deixamos por “cisternas rotas.” A maravilhosa possibilidade de fazermos escolhas concorre com a espantosa necessidade de sermos consequentes, pois, as mesmas hão de frutificar “conforme sua espécie”.

Paulo adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A carne é a vida natural movida por instintos, preferências humanas, a despeito da Palavra; os que vivem assim ainda não foram motivo de festa nos Céus; não ingressaram à vida espiritual para a qual se requer novo nascimento; “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Os renascidos são desafiados à cruz, onde devem mortificar as naturais inclinações; doravante, cambiar paulatinamente os pensares naturais pelos sobrenaturais; “... meus pensamentos não são os vossos; nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos do que a Terra, são os meus caminhos mais altos do que os vossos, e meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Assim, cada vez que desprezamos os Divinos preceitos e colocamos nossas pobres mentes acima da do Pai, trocamos valores eternos por pratos de lentilhas como fez Esaú. Insanidades assim causam estupefação nos céus, invés de festejos.

Deprimente ver e ouvir “cristãos” pontuando “seus direitos” onde, o mero pronunciar O Nome do Senhor já os lança na seara dos deveres; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Quando porfiamos com alguém para que alinhe-se a Deus estamos, no fundo, zelando por sua vida, ainda que, ele (a) não veja assim, ou, ignore as consequências; “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.” Rom 14;22

Simplificando: Feliz aquele que escolhe as coisas conforme os padrões celestes; tendo herdado vida eterna atua de modo a preservá-la.

Cada vez que digo sim, para Ele, Cristo, devo um troante, não! Às minhas próprias inclinações que destoam dos preceitos Dele.

Paz com Deus não deriva de frequentarmos uma igreja; Antes, recebermos O Senhor Justiça Nossa, e deixarmos de vez nossas injustiças, daí, “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso; segurança para sempre.” Is 32;17

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Quem tem ouvidos veja

“Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Normalmente pensamos em caminho como meio condutor a determinado ponto geográfico; literalmente é isso mesmo. Entretanto, se, usado como metáfora para a vida espiritual, não tem a ver com pontos cardeais, aclives, declives, curvas, etc.

Quando interrogou ao Senhor sobre o caminho, Filipe pensava num lugar para ir; de certa forma O Senhor usou a mesma figura, dado que, o “lugar” sendo espiritual requer um conjunto de valores, jeito de ser, antes, que, um rumo. Pois, sendo Deus Onipresente, não precisamos mudar de endereço para encontrá-lO, mas, de diretrizes espirituais, e, consequentemente, atitudes.

“Mesmo vós sabeis para onde vou conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?” Jo 14;4 e 5


O Senhor acabara de dizer pra onde ia: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vos teria dito. Vou preparar-vos lugar.” V 2

Por fim, foi mais explícito: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” V 6

O desafio para a caminhada espiritual não é galgar muitas milhas, antes, “andar na Luz”. I Jo 1;7. Logo, as asperezas concorrentes são trevas, engano. Daí, “Lâmpada para meus pés é Tua Palavra, luz para o meu caminho.” Sal 119;105

Quando Isaías vaticina que, no Ministério do Espírito ouviríamos uma voz dizendo: “Este é O Caminho!” Ele estava ensinando que seríamos, pelo Espírito Santo, capacitados a conhecer à Palavra de Deus; desafiados a andar segundo Ela.

“Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles me serão por povo;” Heb 8;10

Alguns padres, os mais fervorosos acusam-nos, os protestantes de basear tudo na Palavra de Deus, sem as tradições da Igreja; é verdade. Os que não são falsos entre nós, há muitos, infelizmente, têm apenas Jesus e Sua Palavra como Caminho.

Pedro ensina que Ele nos deu “Tudo que diz respeito à vida e piedade”, II Ped 1;3 E, no encerramento da Revelação O Rei dos Reis veta acréscimos ou, omissões à Palavra: “...se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se, alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do livro da vida...” Apoc 22;18 e 19

Assim sendo, o caminho é mui acessível ao entendimento, malgrado, seja estreito; espinhosa a caminhada. Pois, aquilo que o intelecto pode assimilar facilmente, nem sempre é aceito nos domínios da vontade; mesmo que seja, há oposição do mundo, da carne e do inimigo.

Muitos, mesmo sabedores do querer do Pai portam-se como Balaão que, tendo ouvido já a Sua Vontade expressa, orou uma vez mais, duas, esperando que Ele mudasse de ideia. Ou, como o profeta jovem que, cumprindo uma dura missão, seduzido por outro mais velho aceitou a ímpia versão que O Senhor mudara Seu querer e dera uma contra-ordem. Ver I Reis cap 13

Ora, quem busca alternativa à Palavra deixa patente que se recusa ao Caminho proposto. Por piedoso que pareça não passa de um rebelde envernizado.

De uns tempos para cá virou moda a peregrinação de católicos à cidade de Medjugorje na Croácia, onde “Nossa Senhora” apareceria e falaria mediante certas “Videntes”. Ora, supondo que Maria tivesse permissão para tais aparições, o que diria?

Se, disser algo que já está na Palavra não é necessário; se, acrescentar algo diverso incorre em maldição. Seja o que for que atue lá, de cunho humano ou espiritual, não passa de fraude. Mas, pessoas do mundo todo vão, pois, têm ouvidos moucos à Palavra, e, índoles dóceis ao engano.

Por quê? “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Luz é entendimento espiritual; não vem sem O Espírito Santo, quem não renascer Dele jamais acertará o caminho; “Na verdade, na verdade te digo; aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

O caminho espiritual demanda ouvidos não olhos; e, vontade submissa. “... fé é pelo ouvir; ouvir pela palavra de Deus.” Rom 10;17

Deus não está na Croácia apenas. “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não veja? Porventura não encho os Céus e a Terra? diz o Senhor.” Jr 23 e 24

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Dos prazeres à fome

“... Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. Ele repartiu por eles a fazenda. Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua; ali desperdiçou seus bens, vivendo dissolutamente.” Luc 15;12 e 13

Aos olhos do Filho Pródigo, sob a gestão do Pai, seus bens não estavam bem. Ele os queria possuir, administrar. Se, na gestão paterna as coisas eram para se manter, e, dentro do possível, aumentar, aos seus olhos não passavam de meios para comprar prazeres. Quando o bem confunde sua identidade com o bom, não raro é o mal que está dando palpites já.

O bem atina a um propósito ulterior, ainda que, em sua busca, tenhamos que arrostar coisas que não nos são boas. Por exemplo: Uma dolorosa cirurgia para extração de um tumor, cujo alvo será o restabelecimento da saúde. A caminho desse bem concorre o mal da dor.

O bom deriva das sensações; mesmo que algo seja letal, se, ao paladar parecer doce será sorvido como bom; como determinados alimentos para os diabéticos que, ao paladar seriam agradáveis, à vida, um risco.

Pois, nosso jovem em apreço achava mal, o trabalho, a obediência e disciplina da casa paterna. Sendo-lhe aquilo um peso enfadonho desejou voar com as próprias asas; dai-me o que me pertence e deixe comigo. “O sangue jovem não obedece a um velho mandado.” Shakespeare. A punção das paixões da juventude leva os imaturos a se presumirem mais sábios que os anciãos; e, de posse dessa presunção, desprezar o conselho daqueles.

Nesses tempos de velocidade tecnológica, onde, aparatos cada vez mais incrementados saltitam a cada dia, os jovens, até crianças, avantajam-se aos mais velhos no manuseio disso. Entretanto, “... não é dos ligeiros a corrida...” Ecl 9;11 Habilidade no manuseio de certos meios não significa sagacidade quanto aos fins.

Muitas vezes é um diagnóstico errado do problema que nos leva a uma “solução” igualmente errada. Não raro nos sentimos amuados com uma insatisfação pontual, e queremos uma mudança geral, como se, nosso habitat fosse o problema. Outras, a mera aversão pelo trabalho, ou, dever levam os indolentes a devanear com um lugar onde isso não seja necessário. Aí me ocorre Salomão: “Vai ter com a formiga, preguiçoso!”

Já tenho o bastante. Posso gastar me divertir, viver folgado. Por certo, pensares assim acossaram ao pródigo. Ora, trabalho é o “mal” que garante o bem de uma vida digna, confortável. Outro dia alguém me perguntou: Você gosta do seu trabalho? - Não. Respondi. Mas, gosto dos frutos e faço-o para merecê-los. Os bens dele advindos não são um peso duro de levar, antes, testemunhos, recompensas dos nossos feitos.

Infelizmente a maioria erra o alvo por ignorar voluntariamente o sentido da vida. Tratam-na sobre a Terra como se fosse uma vela cuja chama dura até que a cera derreta. Paulo sentenciou: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19 Isso para presumidos cristãos, cujo meta era apenas a vida terrena.

Pois, “Há caminhos que ao homem parecem direitos; mas, no seu fim são caminhos de morte”. Prov 14;12 O fim, (objetivo) da vida terrena é a reconciliação com Deus; para que no fim, (término) não seja o fim, mas, retorno à Casa Paterna. Ver Atos 17;26 e 27

Nossos bens em Cristo, salvação, dons, paz de espírito, vida eterna... São preciosidades a ser geridas em submissão ao Pai. Só um louco diria: Dá-me o que me pertence e deixe comigo. Os que ousam essa empresa, viver um cristianismo do seu jeito alienados da Palavra do Senhor, logo veem depenados seus bens, e, como o pródigo, terminam entre os porcos.

Naquele caso, a busca do supérfluo (prazeres) laçou-o na privação até do básico. “... aqui padeço de fome...”

Se, somos mesmo filhos de Deus, nossa prioridade deve ser espiritual; a boa gestão das “nossas” coisas em comunhão com Ele deve considerar acima de Tudo, Seu Reino; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça, e todas estas coisas (necessárias) vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia seu mal.” Mat 6;33 e 34

A boa notícia aos eventuais pródigos que leem isso é que, ainda há fartura de alimento na Casa do Pai, um anel, vestes novas e um banquete, aos que, arrependidos regressarem. Cometer erros, desviar do caminho são tropeços comuns a todos nós; porém, nem todos têm a honestidade de assumir, volver atrás.

“O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.” Balzac

domingo, 23 de setembro de 2018

O Probo Solitário

“Toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando Ele no barco, voltou.” Luc 8;37

O “Ele não” da vez foi para Jesus Cristo; acabara de libertar um possesso crônico daquelas cercanias e, o povo “agradecido” pediu que Ele se retirasse.

É uma grotesca enfermidade humana, essa incapacidade de mensurar valores como eles, de fato, são. Um cativeiro de anos fora desfeito um ser humano, liberto; mas, eles estavam ciosos dos porcos.

Em nosso cenário, quando devemos escolher governantes, a mídia e muitos artistas engajados fazem algo semelhante contra Jair Bolsonaro; dos outros, qualquer um serve, ele, não.

Àqueles tudo se concede, pra ele, não. Se, Lula chama certas mulheres de “grelo duro” é engraçado; ele seria homofóbico; Álvaro dias o chama “vagabundo”, Ciro Gomes “filho da puta”, e estrondoso silêncio dos hipócritas. Fosse ele seria tosco, grosseiro, nazista, o cacete.

Ora, ele teve formação militar; entrou na vida pública bem antes do incremento da ditadura do “politicamente correto” imposta pela esquerda; natural, alguns deslizes verbais.

Esses patifes fazem vistas grossas à corrupção, crimes hediondos como estupro e morte defendidos pelos “direitos humanos”, perversão moral absurda na educação, etc. Mas, presto sacam as garras do Wolverine se alguém não falar aveludado a nova linguagem que pretendem impor, vão se catar!! Frases infelizes, tolices que melhor pensado não se repete são erros que todo mundo comete.

Como nada têm contra Jair em aspectos maiores, como, improbidade, corrupção, potencializam ao cubo meras falas toscas, como se, essas fizessem dele, o Capeta.

Na verdade é só uma cortina de fumaça que usam para manipular aos seus idiotas úteis. No fundo, a economia de mercado, a meritocracia, o fim do compadrio no poder, austeridade administrativa, direito de defesa do cidadão, a contenção do rio do desperdício publicitário em concubinato com a imprensa mercenária, a valorização, de novo, de professores e policiais, e, rigor no combate ao crime são as temidas garras do “Monstro”.

Assim, os que têm algo a perder com essa ameaça, batem abaixo da linha de cintura; agridem a torto e a direito; se, a facada encomendada por poderosos decadentes falhou, seguem esfaqueando como podem; escavando um osso aqui, outro ali, pois, veem na destruição da reputação dele, a única possibilidade de sobrevivência das falcatruas que sempre desfrutaram.

Porém, com as redes sociais não somos mais reféns da mídia; cada mentira é reduzida a pó; cada ponto sem nó desfeito com o devido contraponto.

A maioria das pessoas é gente de bem, que, detesta corruptos; sabe o valor dos professores e policiais; pensa em sexo como assunto de foro íntimo entre quatro paredes, não, para escândalos nas ruas e praças; não quer que seus filhos sejam pervertidos nos colégios, antes, ensinados em coisas relevantes para a vida; não pretende viver de favores governamentais, antes, deseja um Estado que não seja mastodôntico, interfira o mínimo necessário na vida do cidadão, pois, gente de bem busca o pão dignamente graças ao trabalho.

Bolsonaro representa isso tudo. E os prejudicados com isso, bandidos, corruptos, ladrões, abortistas, devassos e mercenários se unem contra ele; porém, dessa vez o “gigante acordou” deveras, e, apesar de uma minoria de viúvas dos vermelhinhos corruptos e totalitários, a vontade de gente decente prevalecerá; veremos eleito o “Probo Solitário”, que desde sempre tem lutado contra o sistema, mas, nunca foi levado a sério, pois, dado o hipnotismo da massa, ele falava às paredes.

Agora não basta o motejo irônico de sempre o desprezo dos que o viam apenas como um louco do “baixo clero”. Agora ele é uma ameaça verdadeira, tanto que os “democratas” alugaram a um “lobo Solitário” que, presto recebeu uma alcateia de advogados surgidos do nada para ajudar ao pobre desvalido; pior, a dona da pensão onde se hospedou por dez dias em Juiz de Fora, “morreu de câncer” de repente.

Eita lobo de solitário de sorte!! Só pessoas mentecaptas, ou, não tendo sido capadas de suas mentes, mas, por paixões políticas doentias recusam a ver o óbvio. Somos governados por máfia, nos três poderes, sustentada por uma imprensa prostituta que tudo faz por dinheiro.

Ao iniciar com a rejeição de Cristo em Gádara, nem de longe pretendo dizer que Bolsonaro é um Cristo, ou, que seja perfeito; é um homem como nós, com falhas e méritos. Porém, os valores que defende como plataforma de governo são coerentes com os ensinos do Salvador, sim.

Aquela vez, Cristo rejeitado se retirou; agora os libertinos perderam a noção do perigo, subiram na mesa e blasfemaram contra O Senhor. Ele escolheu uma ferramenta rude e por meio dela vem botar ordem na casa; Ele, sim.

sábado, 22 de setembro de 2018

De que Espírito Sois?

“Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois, o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou.” Sal 102;13

Há tempo específico para cada propósito; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1

Se, podemos dispor de nossas vidas como quisermos dentro do nosso tempo, aos Olhos Divinos as coisas estão estabelecidas já; assim, podemos agir como quisermos em nossos dias, mas, não está em nós o número dos dias que aprazam o Divino Alvo.

Ele “De um só sangue fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27

O tempo dado a cada um, invés de ser para “curtir a vida” como devaneiam muitos, deriva do Amor Divino que faculta-nos um período para que busquemos a desejada (por Ele) reconciliação.

Se, escolhas infelizes abreviam nosso tempo, isso é fruto da nossa semeadura, não, derivado da “Boa, Agradável e Perfeita Vontade de Deus”. Rom 12;2

O texto inicial alude a um tempo determinado para Sião, o monte sobre o qual está Jerusalém. Isaías falou de um tempo luminoso para ela, enquanto, confusão e cegueira tomariam às nações; “Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz; a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti; porque que as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas, sobre ti o Senhor virá surgindo e Sua Glória se verá sobre ti. Os gentios caminharão à tua luz, os reis ao resplendor que te nasceu.” Is 60;1 a 3

Quando está predito que Sião seria, enfim, estabelecido como O Senhor planejou?

“Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes; se elevará por cima dos outeiros; concorrerão a ele todas as nações.” Is 2;2


Basta que leiamos, não carecemos de habilidade hermenêutica para identificar que, o tempo da glória de Jerusalém coincide com os “últimos dias”. Eis o Divino relógio!

Ao curso da história Jerusalém foi arrasada, reconstruída, devastada de novo; esteve em abandono por vasto período, até que, em 1948, o povo Judeu radicou-se de vez na sua Terra.

A coisa não foi pacífica; se, os fundadores do novo Estado de Israel eram egressos sobreviventes da segunda guerra mundial, muitas guerras locais aconteceram após; sempre, com intuito de, ou, destruir Israel, ou, pelo menos restringir o possível seu já diminuto território.

Houve interferências externas, da ONU, e, acabou numa cidade dividida; malgrado, sempre tenha sido a Capital do povo judeu, não era reconhecida; e, para fins de acomodações políticas foi estabelecida a cidade de Tel Aviv como capital.

Porém, Donald Trump, odiado por muitos, presidente da maior nação do planeta reconheceu oficialmente, Jerusalém como Capital judaica; mudou a Embaixada Americana para lá.

Só uma nação desse porte poderia dar uma banana à ONU e fazer isso; Deus escolheu aos Estados Unidos. Agora, Bolsonaro, favorito para ganhar aqui promete fazer o mesmo. Mais uma nação reconhecendo o devido a Israel.

Mediante Zacarias, O Senhor avisou que o pivô do último grande conflito bélico da humanidade será a cidade eterna; “Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor; também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo os povos da Terra.” Zac 12;2 e 3

Em Ezequiel 38 está predito o levante de uma confederação multinacional contra Israel; o que, no Salmo segundo é interpretada como sendo contra O Messias e Seu Jugo; “Por que se amotinam os gentios; os povos imaginam coisas vãs? Reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor, contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas.” VS 1 a 3

Embora pessoas simples vejam apenas escaramuças políticas nos embates de sistemas que prezam valores cristãos, contra os que afrontam, no fundo, são desdobramentos da peleja espiritual; por isso a necessária estranheza quando, os que se dizem cristãos pendem para os inimigos de Cristo.

Aos tais cabe a reprimenda do Senhor dita a Tiago e João; “não sabeis de que Espírito sois ...” Luc 9;55

Não se trata de escolher homens perfeitos, não há; mas, optar pelos que defendem valores probos aos Olhos Divinos, pois, o mínimo que espera do Cidadão dos Céus é isso; que saiba em qual assento cabe honra, e, em qual, desprezo; enfim, o cidadão celeste é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor.“

domingo, 16 de setembro de 2018

Os bichos têm razão

“Todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó e todo primogênito dos animais.” Êx 11;5

A décima praga no Egito; Juízo Divino pela escravidão e opressão imposta ao Seu povo. A morte dos primogênitos, infortúnio que atingiria até aos animais. Dada a irracionalidade dos bichos, não podem ser santos, tampouco, pecadores; sua sina está atrelada à de quem os possui.

Por ocasião do juízo de Nínive vemos algo semelhante: Alarmado com a mensagem de Jonas o rei colocou até os bichos em “penitência”; “Fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma; não se lhes dê alimentos nem bebam água; mas, homens e animais sejam cobertos de sacos; clamem fortemente a Deus e convertam-se, cada um do seu mau caminho, da violência que há em suas mãos.” Jn 3;7

Sensibilizado com a súplica coletiva O Senhor poupou à cidade da destruição vaticinada e mencionou aos bichos quando explicava Seus motivos ao frustrado profeta; “Não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muitos animais?” Cap 4;11

O cuidado com os mesmos é predicado dos justos; “O justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas, as afeições dos ímpios são cruéis.” Prov 12;10

Contudo, não se pode confundir o cuidado devido com a inversão de valores que tanto grassa em nosso tempo. Hás os que são capazes de bloquear o curso de um trator por um ovo de tartaruga, contudo, silenciam, quando não, defendem o aborto. Devemos cuidar dos animais, não, fazer da vida humana inferior a eles.

Adão em comunhão com Deus recebera domínio sobre todas as criaturas; “... dominai sobre os peixes do mar, as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gên 1;28

Naquele estado de comunhão, pureza, não era o homem apenas; era o homem em Deus.

Porém, aceita a sugestão maligna de autonomia, independência, o homem passou a estar apenas “em si mesmo.”

Essa derrocada da excelsa condição de filho, para criatura deixou-nos num inglório zero a zero com a bicharada; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, também sucede aos animais; lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim, morre o outro; todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.” Ecl 3;18 e 19

Essa “vaidade” nulidade espiritual, derivada da culpa do homem incidiu sobre toda a criação; “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas, por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;20 e 21

Note que o escravo é só criatura; “... a criatura será libertada...” quando livre vislumbra a “... glória dos filhos de Deus”.

De onde vem a palavra animal? De animus, em latim, mesmo que alma. O que é relativo ao espírito se diz, espiritual; à alma, animal. Como Deus é Espírito, filiação com Ele demanda renascer nessa dimensão, senão, apenas bichos seremos; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5

Embora, vegetarianos se abstenham disso, animais foram dados como meios de subsistência, bem como, plantas. Desse modo, cuidar bem dos mesmos é uma questão de boa gestão, acima de tudo. Os de estimação, apenas, envolvem laços afetivos.

Desgraçadamente os efeitos da queda fizeram pior que nos nivelar por baixo; muitos reféns de paixões descem inda mais; “O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, ... meu povo não entende.” Is 1;3

“Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; a rola, o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas, o meu povo não conhece o juízo do Senhor.” Jr 8;7

Dados os gritantes sinais à vista, e a estrondosa alienação, quando não, oposição humana a Deus, isso faz pensar que, à sua maneira os bichos são racionais; os irracionais são os humanos. Que pena que tenham sua sorte atrelada à nossa! Bicho nenhum merece.

sábado, 15 de setembro de 2018

A Culpa nas Escolhas

“... chamou Mispá, (Torre de Vigia) porquanto disse: Atente o Senhor entre mim e ti, quando nós estivermos apartados um do outro.” Gên 31;49

Jacó e Labão fazendo um pacto de não agressão tendo uma coluna de pedras como termo, Deus como testemunha.

Desde a perda da inocência, onde, a consciência, essa faísca Divina implantada em todas as criaturas foi maculada, seu testemunho já não basta; malgrado seja sempre consoante com a verdade, com os fatos. O homem caído refém das paixões passou a reger-se pelas conveniências da alma, não mais, diretrizes do espírito, que o pecado alienara.

A mera necessidade de um testemunho externo é já uma confissão implícita que o interno está avariado. Se, estivesse íntegro como foi originalmente, a comunhão com O Criador bastaria para o apreço natural pela verdade. Porém, depois de acreditar à mentira, a alma que fora sem manchas passou a ter pele de dálmata.

O homem que fora autônomo em relação às coisas exteriores e íntimo de Deus perdeu essa nobre condição; passou a depender de sinais externos, como estímulos à memória, uma vez que, certa Imagem e Semelhança, não mais regia suas escolhas.

Sabedor disso O Salvador usou um galo como acessório à memória de Pedro: “Antes que o galo cante, três vezes, me negarás”. Ao cantar o bicho, o “dia clareou” para o infeliz que, percebeu, enfim, o que fizera.

Nos dias de Moisés, O Eterno evocou como testemunhas contra o homem, coisas de peso: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que, te tenho proposto vida e morte, a bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz e achegando-te a Ele; pois, Ele é a tua vida; o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, Isaque, e Jacó, que lhes havia de dar.” Deut 30;19 e 20

Noutra parte evocou frutos como testemunhas da semeadura; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6 e 7

Assim sendo, o que a Terra se tornou em nossas mãos, da humanidade, digo, é o testemunho fiel das escolhas feitas. “A Terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido leis, mudado estatutos e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;4 a 6

Quando transgredimos ou mudamos A Lei de Deus fazemos escolhas; agindo assim escolhemos Satanás por Senhor, uma vez que, foi ele quem disse que podemos por nós mesmos escolher, decidir, valorar bem e mal.

Quantas vezes já ouvi pessoas alistando fome aqui, violência acolá, injustiça mais adiante, etc. e diante do desalentador quadro questionar: “Será que Deus existe? Se, existe, por que permite isso?” Como se, esses infortúnios todos fossem um testemunho contra O Altíssimo. Desgraçadamente a “culpa” sempre é Dele; não de quem mentiu, traiu e separou a criatura do Criador. Culpar a Deus pelas diabruras do Diabo também é uma escolha; uma ímpia escolha.

Temos, os cristãos renascidos, dupla natureza; carnal e espiritual; e, estamos longe da pureza almejada pelo Senhor, num cenário adverso cercados de pessoas más; daí, o testemunho exterior de Cristo em nós se faz necessário; Primeiro como selo de autenticidade da conversão; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Se, Cristo está em nós tem que ser visível; “Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”.

Depois, como estímulo aos que nos cercam, para desafiá-los a se voltarem para Deus também; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Assim, se, para efeito de minha intimidade com Deus basta-me o testemunho da consciência vivificada, no aspecto horizontal, meu agir deve deixar patente que sou servo Dele. Dizer-me um, e, abraçar valores que O afrontam é como ficar nu diante da “Torre de Vigia”.

Se, a Terra como sistema não tem mais conserto e passará pelo Juízo, cada um em particular pode escapar disso arrependendo-se dos pecados cometidos e recebendo a Cristo como Salvador.

Aí, não mais uma coluna, mas, o esculpir Santo de “Pedras vivas” nos moldará. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

domingo, 9 de setembro de 2018

A mentira; preto no branco

“Vós, porém, sois inventores de mentiras; vós todos, médicos que não valem nada. Quem dera que vos calásseis de todo, pois, isso seria vossa sabedoria.” Jó 13;4 e 5

A mentira em apreço: “não vale nada”; a mera ausência dela, mesmo em silêncio, já com predicado valioso; sabedoria. Salomão disse algo semelhante; “Até o tolo, quando se cala é reputado por sábio; o que cerra seus lábios é tido por entendido.” Pro 17;28

Se, o tal não se faz sábio estritamente, por silenciar, mas, atua como tal, como entendido optando por não se exercitar no que ignora.

Porém, com o advento das redes sociais, a ignorância perdeu a modéstia; a postura silenciosa do aprendiz, daquele que observa, lê, ouve em silêncio, inteira-se das coisas antes de falar é rara.

Mas, volvamos à mentira. O Senhor sentenciou no Apocalipse: “Ficarão de fora (do Reino) os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Espere! Diria alguém; o cara mente para escapar de uma “saia justa”, não por amar; acontece que, diferente da ideia vulgar do amor, não é um sentimento que o aquilata, antes, uma forma de agir; “Se me amais guardai meus mandamentos.” Assim, aquele que vê na mentira um refúgio, sempre que busca alguma conveniência pontual, ama-a, admitindo, ou, não.

Porém, o amor ágape, preceituado aos servos de Deus, entre outras coisas, “não folga com a injustiça, (mentira) mas, folga com a verdade;” I Cor 13;6

Nessas épocas de campanha política, sobretudo, a verdade tem passado fome, enquanto, a patranha exibe-se “sarada” como o Rambo.

Há uma intenção na mentira que a mensura; algumas mentiras verbais não o são no espectro dos fatos. Por exemplo: Um médico que sonega a gravidade de uma doença ao paciente, pois, o choque de saber seria danoso ao seu estado de ânimo e saúde. Agir assim não o faz mentiroso antes, zeloso de sua profissão; da vida a ele entregue; ou, um investigador disfarçado que, mercê do seu trabalho finge ser outra coisa, para não prejudicar seu objetivo de produzir justiça, etc.

Contudo, nem toda a mentira tem a pachorra de ousar diretamente contra a verdade. Às vezes usa meios oblíquos como hipocrisia, cinismo, incoerência, parcialidade...

O hipócrita tem a verdade conceitual nos lábios, mas, em seu modo de agir destoa; falta coração. “Este povo se aproxima de mim com sua boca; me honra com os seus lábios, mas, seu coração está longe de mim.” Mat 15;8

O cínico finge indiferença, desprezo pela moral vigente, se faz se sonso como Caim quando perguntado pelo seu irmão a quem matara; “Acaso sou guardador de meu irmão?”

A incoerência é o que mais se vê. Por exemplo; o cara se diz cristão; ao cristianismo a vida é sagrada, intocável; contudo, por paixões políticas, o sujeito apóia a um que defende o aborto, ou, outras pautas anticristãs. Sua mentira incoerente em determinado momento o fará mau cristão, ou, mau partidário.

A parcialidade também pode dizer como o Ratinho: “Sou feia, mas, tô na moda”. Nossa imprensa corrompida é o espelho mais amplo onde a parcialidade se maquia a cada dia. Basta ver duas entrevistas de “presidenciáveis”; Um que seja desafeto do veículo de imprensa, outro, protegido.

Àquele escrutinarão seu passado remoto, frases da infância, gestos cômicos, sua vida se tornará um sítio arqueológico onde escavarão qualquer “osso” possível; tudo será motivo para apertá-lo de todos os lados. Quem pensou em Bolsonaro pensou bem.

Porém, caso o entrevistado seja um dócil aos entrevistadores, mesmo que seu presente seja cheio de ossos, seus feitos recentes e suas propostas indignas de um gestor nacional, escolherão a dedo perguntas inofensivas e o tratarão como “invertebrado”; quem tem estômago assista a esses mentirosos; a mim causam náuseas.

Ora, se, alguém for perguntado sobre uma frase pretérita infeliz, e, invés de tergiversar, negar, assumir que a disse, de fato, mas, em determinado contexto, e hoje, mais maduro não a repetiria, a bem da verdade aquele “osso” está enterrado. Não para os “jornalistas” militantes. Seu atuar não visa informar, ser verdadeiro, antes, enlamear, mentir, desqualificar.

Alguns, não da imprensa oficial, mas, dos ignorantes sem modéstia disseram que o atentado sofrido por Bolsonaro era uma armação mentirosa em busca de apoio, como se, ele precisasse. Agora que circulam as fotos de seu abdômen todo aberto, nenhum se retrata e diz que sua insinuação era mentirosa.

Enfim, mesmo a mentira não valendo nada e sendo obreira da perdição, ocupa os lugares mais altos, numa nação das mais baixas do mundo nos quesitos decência, vergonha, honradez.

“As grandes massas cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha.” Hitler

sábado, 8 de setembro de 2018

A nossa maldade alheia

“O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas... meu povo não entende.” Is 1;3

O homem tropeçando onde, nem mesmo os bichos tropeçam, entendimento.

O lapso de um Absoluto deixa o homem entregue a si mesmo; isso não parece algo saudável. “Disse no meu coração, quanto à condição dos filhos dos homens, que, Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como animais.” Ecl 3;18

Entretanto, se, o homem ímpio fosse apenas igual aos animais nem seria tão grave; supridas as necessidades básicas, comer, beber, procriar repousaria; não seria o predador da sua própria espécie, como faz refém da maldade.

No seu “grito de independência” sugerido por Satanás, embora, a promessa fosse de autonomia, na prática foi apenas uma troca de Senhor; de Deus para Satã.

A primeira coisa que o usurpador precisa tolher para preservar seu fajuto domínio é o entendimento; pois, se o homem discernir a quem serve, conseqüentemente, para onde vai, pode despertar, mudar de rumo; então, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Assim, cegado no entendimento, o homem desconhece sua sina e caminha para própria destruição. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6

A maldição proferida contra os idólatras acaba sendo a sorte dos que confiam em si mesmos, também idólatras perante O Santo; “A eles (aos ídolos) se tornem semelhantes (cegos, mudos, inertes...) os que os fazem, assim como todos que neles confiam.” Sal 115;8

O que confia em si mesmo em lugar do Senhor, se, o bem o procura não o encontra, pois, cegado como está, desconhece. “Porque será como a tamareira no deserto, não verá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;6

Pior, ignora também a causa do seu mal, mercê das “graças” daquele que o cega; “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19

Daí fica compreensível a inversão de valores que grassa em nosso país, onde, pessoas se identificam com os proponentes do vício, mais, que, com os da virtude. Os bichos não agem assim, antes, identificam benfeitores de longe; pois, não são alvos da cegueira, como o homem que foi criado À Imagem e Semelhança de Deus.

O “ai” proferido por Isaías aos que invertem valores, não se refere só ao juízo, mas, antes dele, às consequências das escolhas ainda na Terra; “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo, doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos! Ai dos que são poderosos para beber vinho, homens de poder para misturar bebida forte; dos que justificam ao ímpio por suborno, aos justos negam justiça!” Is 5;20 a 23

Claro que a oposição ao Criador, no juízo, se revelará fatal; porém, desde já lança as pessoas, nações, nos domínios da maldição; “... a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consume a terra...” Is 24;5 e 6

Porém, os cegos são treinados com outro diagnóstico que, não, consequência da maldição Divina; o mal que os assola é a crise; são as condições climáticas; o aquecimento global; o sistema; sempre diluição de culpa, um agente externo para que os “bichos” ignorem a maldade que se abriga no íntimo de cada um.

Contudo, num cenário de juízo, de terra arrasada, compondo suas Lamentações sobre as ruínas de Jerusalém, Jeremias não via nos caldeus, agentes da destruição, o motivo, ou, a culpa; Antes em ministros de facilidades, profetas de lisonjas, “Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro...” depois, a culpa pessoal de cada uma; “De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 2;14 e 3;39

Salvação, pois, demanda abdicar da insana pretensão de definir bem e mal segundo predileções; adotar como norma, os pensamentos do Altíssimo; “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são meus caminhos mais altos do que os vossos; e meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;9

A Palavra de Deus cura a cegueira, salva, justifica. “A vereda dos justos é como luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Bolsonaro e as facadas "lícitas"

“Macia como manteiga é sua fala, mas, a guerra está no seu coração; suas palavras são mais suaves que óleo, mas, são afiadas como punhais.” Prov 27;17

Quando a violência decide mostrar seu “corpo”, como no lamentável atentado contra Jair Bolsonaro, todos se apressam com notinhas vulgares repudiando-a; alguns “jornalistas” disfarçaram mal sua alegria; outros caem no chavão; “uma facada na democracia”, etc.

Entretanto, se, a violência for apenas, em “espírito”, seguem todos transando com ela. O que são a mentira e a hipocrisia, senão, violências contra a verdade?

Ninguém mais que Bolsonaro vem sendo esfaqueado pelas lâminas da mentira desde sempre. Mesmo agora uns petralhas usando seus cérebros de camarões postam fotos dele ferido sem aparência exterior de sangue para insinuar que tudo foi uma fraude, malgrado, as cenas filmadas, o testemunho da equipe médica, o bandido confesso preso e a arma do crime.

Julgam-no pela sua régua; deram uns tirinhos num ônibus, cuja perícia mostrou que estava parado, mas, ninguém viu, ouviu nada; estranho; afinal, sobre o veículo só choviam ovos; para seu esporte favorito, o vitimismo não servia aquilo. Providenciaram.

Pois bem, diferente deles, Jair aglomera multidões onde vai, lidera todas as pesquisas; a troco de quê, faria uma palhaçada dessas com risco zero de aumentar sua popularidade e total de ver sua história limpa cair no lixo num minuto? Precisaria falta de caráter total e de cérebro, idem.

Ora, o abdômen não é local de veias vitais, e segundo o médico a hemorragia foi interna, o que explica a ausência de sangue na camisa.

Em suma, os que criam esses posts “geniais” e os que compartilham seguem esfaqueando sem dó nem piedade. Alguns conseguem a proeza de ser contra a violência, mas, a favor do aborto.

Ele é o único que se opõe ao “Mecanismo”; qualquer alternativa dá no mesmo. Eduardo Campos, Toninho do PT, Teori Zavaski, Celso Daniel, oito testemunhas do caso, são rastros de sangue do sistema, contra quem ousa discordar. Mas, o “nazista” “fascista” “machista”, etc. sempre é Bolsonaro; os demais são “do povo”.

Representando a eleitores assim, como o mineiro da facada dá para entender por que um presidiário pretende concorrer; faz sentido.

Quem dividiu o país em burguesia e pobres, pretos e brancos, gays e héteros, sulistas e nordestinos? O PT. Quem aliciou alimárias úteis mentindo que impeachment é golpe, que eleição sem o condenado é fraude? Ainda o PT.

O discurso do Jair é contra isso; reunificar a nação resgatar valores como ordem, progresso, justiça, austeridade, educação, família; qual desses temas “justifica” sua morte?

Ninguém precisa gostar dele, nem, concordar; contudo, não suporto ouvir facínoras, mentirosos contumazes, divulgando suas notinhas patifes condenando à violência. Canalhas como Boulos, o terrorista invasor, Ciro, o “Coroné” que prometeu receber Sérgio Moro “à bala”, e o biltre do Alkmin que patrocinou a vergonhosa calúnia editando imagens, são todos “contra a violência”. Vão se catar seus bostas!!

Bolsonaro é conhecido por seu jeito espontâneo, exagerado até; assume que se arrepende de coisas que disse em outra época, não pretende ser perfeito, mas, ter melhorado com o tempo. Não tem obsessão alguma pelo poder.

Equacionar seu desejo de permitir porte de armas aos cidadãos habilitados, com, promover violência, como têm acusado-o é só mais uma patifaria da grossa. Seus seguranças por certo estavam armados ontem; um bosta com uma faca de cozinha fez aquilo. Violência está na pessoa, não nos meios de expressão.

Se ele pegou um tripé de câmera brincando e dizendo que ia “fuzilar os petralhas” até meu cavalo sabe que é mera figura de linguagem; o fez rindo; mas, a ele nem isso se permite. Entretanto, se fosse sério deveriam os esquerdistas respeitá-lo ainda mais; afinal, aplaudem sempre ao regime cubano que fuzilou milhares de oponentes.

Que se investigue o agente do atentado; provavelmente não atuou só; aliás, protejam-no bem, pois, a queima de arquivo é uma especialidade do “Mecanismo” vide as oito testemunhas do caso Celso Daniel mortas.

Inquirido o agressor disse que fez o que fez a mando “do Deus que eu sirvo”. Sabemos que a seita petista tem outro “deus”, vai que o sujeitinho está mesmo falando a verdade!

Falando em deuses, me ocorre Cícero: “Quando os deuses querem punir a alguém, começam tirando seu juízo.” Atacar Bolsonaro é a coisa mais burra a fazer do ponto de vista eleitoral. Morto seria substituído e “eleito”; vivo, sai mais forte.

Embora discorde do dito que a “Voz do povo é a Voz de Deus”, Ele, O Todo Poderoso que estabelece e depõe governantes usa o povo quando Quer. Daqui a um mês Ele estará coma Palavra; o povo; Deus. Que enferrujem e apodreçam todas as facas da mentira!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Mérito e a Mina

“Disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez. (Disseram-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas.) Pois, eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas, ao que não tiver até o que tem lhe será tirado.” Luc 19;24 a 26

Os que tentam associar o socialismo ao cristianismo com a dita “opção pelos pobres” teriam dificuldade aqui. O Rei lançou ao teatro da vida seus servos em posição inicial de igualdade; uma mina para cada. Porém, julgou-os depois, segundo os frutos do trabalho.

No dia do julgamento, o que nada fizera com a dádiva recebida, até seu dom foi tirado e dado ao mais diligente de todos. Fácil a conclusão, pois, da meritocracia do Reino, da recompensa a cada um conforme suas obras, coisa que, o mesmo Senhor ressurreto reiterou: ... darei a cada um de vós segundo vossas obras.” Apoc 2;23

Claro que isso depois de abraçar à fé, uma vez que a salvação decorre dela, não, das obras. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2;8 e 9

Cheia está a Palavra de Deus de ensinos, conselhos, mandamentos para que sejamos solícitos, misericordiosos com os pobres; isso, porém, em particular; cada um lançando mão dos seus próprios bens. Como resumiu brilhantemente o rabino Israel de Salant: “As necessidades materiais de teu próximo, - disse – são as tuas necessidades espirituais”.

Então, nada mais cristão, nada mais probo perante Deus, que alguém socorrer ao desvalido que encontrar. Como fez o bom samaritano. Porém, reitero; com o que é seu.

Como Davi que recusou o presente de Araúna para oferecer sacrifício ao Senhor, o cristão também não faria “cortesia com chapéu alheio”. “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo te comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.” II Sam 24;24

Então, invadir, saquear propriedades alheias, com pretexto de justiça social, de ajudar pobres pode ter seus defensores políticos, e tem; contudo, tentar harmonizar cristianismo com isso, só perante ignorantes que desconhecem a Palavra de Deus, ou, safados que pervertem-na.

O fato de alguém ser pobre não é defeito; tampouco, mérito, a ponto de ser preferido em um pleito qualquer; pelo menos, perante Deus; “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem, numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem, ao pobre favorecerás na sua demanda.” Êx 23;2 e 3

Mesmo que O Eterno não aprove a exploração do trabalho alheio como fazem que sub-assalariam empregados, isso será tratado por Ele no juízo, não por levantes ímpios, que, a pretexto de combaterem um ilícito cometem dez. “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram vossas terras, (dos ricos) e que por vós foi diminuído, clama; os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.” Tg 5;4

Portanto, eventuais correções de rumo nessa área serão, antes, por persuasão que à força. Isso, se, somos servos de Deus mesmo. “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamareira no deserto; não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Se, nossa cidadania terrena implica aqui numa mescla de direitos e deveres, a celestial requer que, mesmo atuando na Terra, o façamos à partir dos valores do Céu; Se, para o mundo a Bíblia parece só um livro antiquado, indigno de crédito, para nós, é a Árvore da Vida, a Fonte Eterna legada por Cristo. “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

A maioria não rejeita à Palavra de Deus cabalmente; o que rejeitam são as condições para salvação; a cruz. Anseiam as dádivas prometidas, mas, recusam os Termos de Deus.


Como Ele É Criador, Senhor do Universo, parece natural que tenha direito de escolher qual postura aprova. A nós, seres arbitrários Ele facultou nos adequarmos ou, não; e preveniu das consequências de ambas as posturas.

Para Ele não há pobres, ricos; mas, salvos ou perdidos. Uns herdeiros de tudo, outros, como o relapso com a mina recebida, na iminência de perder até o dom inicial dado a todos, a vida.

“Ter fé é acreditar naquilo que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita.” Agostinho

domingo, 2 de setembro de 2018

O Preço de ver

“Tornaram a dizer ao cego: Tu, que dizes daquele que te abriu os olhos? Ele respondeu: Que é profeta.” Jo 9;17

O cego recém curado não vira seu Benfeitor, apenas, ouvira. No entanto, já via melhor sobre Ele, que os religiosos, que, ciosos de suas predileções rituais estavam mais enfurecidos por ter sido feita uma cura num sábado, que, alegres pelo milagre.

Ele É Profeta. Sua Palavra se revelou eficaz para minha cura.

Que difícil ao ser humano pecador admitir pequenas frustrações e se alegrar com bênçãos de outros, não, estritamente as suas. Eles deveriam estar celebrando a cura, entretanto, estavam em busca do “transgressor” do Sábado; seu zelo religioso içado acima do valor da vida.

A cegueira física nunca foi obstáculo ao Senhor; mas, a espiritual, cuja cura requer o concurso da submissão dos cegos, aí sim, muitos preferiram alienar-se àquele que cura.
Acontece que a Luz tem um “inconveniente” muito chato, ela reprova nossos erros; “todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Em última análise a escolha fere sentimentos, pois, amar à luz demanda reconhecer as próprias trevas; amar a maldade requer ficar longe da luz, são coisas excludentes. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Ora, o fato de vermos no prisma espiritual nos traz uma responsabilidade de andar conforme; enquanto cegos carecíamos ser conduzidos pela mão; “tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia...” Mc 8;23 Contudo, depois que o curou, O Senhor que, por alguma razão o queria fora daquela aldeia, não o conduziu mais pela mão, antes, o dirigiu pela Palavra; “Mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem digas isso a ninguém na aldeia.” V 26

Assim, foi curado e desafiado a andar conforme A Palavra do Senhor. Conosco se dá o mesmo. Éramos cegos espirituais; O Senhor Misericordioso nos abriu as vistas e deu Sua Palavra deixando-nos, patente, Sua Vontade. Andar conforme é nosso dever.

Nosso país, tristemente, por fruto de escolhas políticas mergulhou numa escura época de inversão de valores; onde bandido vale mais que policial, arruaceiro tem mais direitos que cidadão, a vida deixou de ser intocável e foi coisificada na proposição do aborto; promoção do homossexualismo passou a fazer parte do currículo escolar; erotização precoce das crianças também; isso e uma vasta gama de valores anticristãos acoroçoados por lideranças avessas ao Senhor.

Chega outra vez o tempo de escolhermos governantes, e, os mais esclarecidos laboram denunciando essas coisas, para que, enfim, os cristãos façam as suas escolhas alinhadas aos valores que afirmam defender; não raro deparo com “puxões de orelha” tipo: “Pare de falar em política e vá orar. Isso vale mais que falar de mentirosos.”

Ora, esses querem também um país melhor, imagino, com valores cristãos em relevo; por certo oram pedindo ao Senhor saudáveis líderes; textos assim, que revelam quais escolhas seriam sadias, e quais, enfermiças, já são respostas de Deus, para que, eles, quando votaram, não repitam os erros do passado, quando, por cegueira escolheram aqueles que são inimigos do Senhor.

Afinal, O Senhor preza o nosso arbítrio e revida nosso plantio com a devida colheita; se, Ele nos dará algo nessa área será através das nossas escolhas; por isso, usa quem vê para alumiar aos demais; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6;7

Infelizmente, invés de serem os valores morais, espirituais os patrocinadores das escolhas de muitos eleitores cristãos, eles escolhem pelo ventre; onde enxergarem uma migalha, mesmo que num plano amplo o país vá mal traem a Cristo colocando como senhores sobre si, aqueles que desonram ao Senhor.

Paulo falou com tristeza de uns assim, onde, anseios do ventre superavam os valores espirituais; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles; que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

A cruz de Cristo requer levar a Vontade de Deus às últimas consequências, não, lutar contra quem, a serviço do Senhor nos ajuda a ver melhor.

Deus não nos dá de bandeja aquilo que podemos fazer; ilumina-nos, mas, respeita nossas escolhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu a tua descendência.” Deut 30;19

sábado, 1 de setembro de 2018

PT; Saudações

“Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem.” Barão de Montesquieu

Montesquieu, idealizador da moderna república, com a tri-partição, e, independência harmônica entre os poderes.
Sua definição de liberdade é perfeita. Uma atuação restrita aos limites da Lei.

Se, aos fora-da-lei, óbvio, é um problema, ao cidadão é um arrimo, uma garantia. Se, eventualmente me “prejudica” quando incorro num delito qualquer, me beneficia sempre que pleiteio algo que me é devido, que é justo.

Quem acha a lei boa apenas quando o beneficia, longe está de ser um cidadão; é um déspota, um patife. Quando Cristo, O Salvador disse que devemos fazer ao próximo somente o que gostaríamos que fizessem a nós, estabeleceu uma isonomia insuperável.

De tal modo que, quando estou agindo, dentro ou fora da lei estou “legislando”; isto é; deixando patente com atitudes, o que é lícito que se faça comigo.

Ontem repercutiu a sessão do TSE; achei lamentável que o tribunal tivesse que julgar como fez, se a Lei seria cumprida ou não. Ora, se diz que condenado em segunda instância não pode concorrer, bastaria tê-la cumprido, a lei, quando apresentada a pretensa candidatura; todo aquele teatro patético de ontem seria desnecessário.

Se, as leis são como disse o grego Sólon, como redes para prender apenas insetos pequenos, não têm sentido nenhum. Entre as muitas coisas perdidas ultimamente, urge que resgatemos a noção de cidadania; isto é, em submissão às leis vigentes, seja o condenado quem for.

Alguém sacou com bom humor que o Brasil criou uma espécie de lei, “pesca esportiva”; aquela que o sujeito fisga o peixão exibe às câmeras, depois, solta; Moro, a PGR, e a Polícia Federal prendiam, Gilmar Mendes e companhia soltavam. Como se erguerá um país assim, com instituições desarmônicas, antagônicas, na verdade?

Querendo admitir isso ou não, devemos a vilipêndio da lei ao PT e associados, que atuam sempre ao arrepio da mesma.

- Empréstimos internacionais são vetados por lei, sem prévia aprovação do Congresso; o PT ignorou isso e doou o BNDS aos “companheiros” de outros países;

- a Lei de responsabilidade Fiscal limita os gastos possíveis ao Governo; o PT extrapolou muito e tentou esconder, as ditas “Pedaladas fiscais”;

- pior, Dilma, com amplo direito de defesa foi impedida por isso, num processo previsto em Lei; eles saem mentindo que foi golpe;

- Dirceu tubarão vermelho condenado a trinta anos, foi beneficiado pela suspeita “segunda turma” do STF e ganhou benefício da “pesca esportiva”; anda livre com se fosse ordeiro cidadão;

- Contrataram “influenciadores digitais” eufemismo aos mentirosos de aluguel, para, nas redes sociais, falarem bem deles, e atacarem aos adversários; coisa que a Lei veta; propaganda paga na Net;

- por fim, Lula condenado a doze anos de cadeia foi apresentado como candidato à presidência. (?)

Se fosse eleito como seria? Daria perdão presidencial a si mesmo e iria a Brasília? Receberia dona República para visitas íntimas na cadeia mesmo? Usaria tornozeleira vermelha como símbolo de sua autoridade? Faria abertura da Assembleia Anual da ONU por vídeo-conferência desde Curitiba?

Eu acreditei no PT. Votei em Olívio Dutra, Paulo Paim, Fortunatti quando era PT ainda, enfim, seu discurso por inclusão social e ética na política me convenceu um dia.

Mas, não abdiquei de meu cérebro, tampouco, do senso crítico. Os fatos se encarregaram de sepultar o discurso, e aquilo que inicialmente pareceu só uma fraude política como tantas, hoje, se revelou um partido fora-da-lei, sem noção do ridículo, sem visão de Estado, sem apreço por instituições, sem respeito aos fatos, nenhum compromisso com a verdade.

Aliás, a simples contratação de marqueteiros, esse nome bonito que dão para mentirosos profissionais é uma implícita confissão de fraude; de manipulação de incautos. Não por acaso, pois, os eleitores petistas são em sua imensa maioria pessoas simples; castradas de senso crítico, incapazes de pensar por si; meros robôs programados com mantras.

Bolsonaro não é fruto da “direita reacionária” como acusam; antes, do clamor de uma nação por um mínimo de ordem, respeito às autoridades, às crianças, às famílias, às leis... Mesmo não sendo perfeito, (nenhum humano é) de longe é o que melhor encarna o desejo nacional de que as leis voltem a valer novamente.

Quanto aos esclarecidos, gente com estudo, jornalistas que, malgrado a roubalheira e os ilícitos todos ainda defendem essa corja, falta um adjetivo “à altura” digo, à baixeza deles que, vendo laboram como se não vissem, ou, pior, para cegar aos que neles confiam.

Enfim, caro petista, seu partido se apequena rumo à extinção não por culpa de Bolsonaro, ou, outro qualquer. O PT morre de petismo. Sua identidade vera aparece; máscara nenhuma consegue ajudar ainda ao “Fantasma da Ópera”.