terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Deusa dos mares da ignorância

“Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mat 8;27 Essa pergunta dos atônitos discípulos quando Jesus acalmou vento e mar, bem que poderia ser feita a nós; sobretudo, hoje. 

Segundo pesquisa da revista Veja de alguns anos, 98% dos brasileiros creem em Deus. Digamos que tenha caído pra noventa. Ainda assim, se perguntássemos nas ruas sobre quem é Jesus, imensa maioria diria que é O Filho de Deus, que É Deus, O Senhor.

Ele denunciou outrora, que, malgrado o terem como Pai, Senhor, lhe ofereciam um culto vil, que O estava irritando; “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se, sou pai, onde está a minha honra? Se, Senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, sacerdotes, que desprezais o meu nome...” Ml 1;6 Não os lábios, mas, as ações contam.

Acontece que, hoje, milhares de “cristãos” estão fazendo passeatas, oferendas, preces, pagado promessas à “Rainha dos mares;” pra uns, “Iemanjá”, outros, “Nossa Senhora dos Navegantes.” Seria essa entidade que presidiria os mares, protegendo devotos em tais domínios.

Qual foi sua participação na criação? Façamos aos seus seguidores o questionamento que o Criador fez a Jó: “quem encerrou o mar com portas... Quando pus as nuvens por sua vestidura, a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, pus portas e ferrolhos, e disse: Até aqui virás, não mais adiante; aqui parará o orgulho das tuas ondas?” Jó 38;8 a 11 A Própria pergunta traz amalgamada a resposta; foi obra do Criador.

No evento inicial, onde O Senhor conteve vento e mar, a “simples” ação deveria ser já a resposta à questão dos discípulos. Se, até o vento e mar lhe obedecem, deve ser Deus. Então, não importa que 90% ou mais, afirme as coisas corretas; se seguem em procissão aos ídolos, fantoches de produção humana, é nisso que creem.

Mas, que mal há? Não pode cada qual crer no que quiser? Claro! Liberdade de crença é prerrogativa inalienável de seres arbitrários como nós. Contudo, se alguém “crer” que o esquadro é redondo, ou, o círculo triangular, com razões sobejas duvidarei da sua sanidade.

Deus não proíbe que se creia em ídolos, mas, que isso se faça à parte; em separado de Seu templo, de Seu nome. “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um, seus ídolos, pois, a mim não me quereis ouvir; mas, não profaneis mais meu santo nome com as vossas dádivas, e com os vossos ídolos.” Ez 20;39 Noutras palavras: “Vão, cultuem as imagens que desejardes, mas, me incluam fora disso”.

Noutra parte, O Santo mencionou sem censura o culto de imagens mediante povos ignorantes; “Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te. O artífice animou ao ourives, o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a firma, para que não venha a mover-se.” Is 41;6 e 7

Contudo, a idolatria de Israel, que conhecera a Deus, causou espanto: “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi, nunca te rejeitei?” vs 8 e 9

Seguiu descrevendo a relação que tivera de fidelidade com o povo rebelde, por fim, lançou um desafio aos ídolos: “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente vejamos. Eis que sois menos do que nada a vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe.” Vs 23 e 24

Bem poderíamos parafrasear o desafio de Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se O Senhor é Deus, segui-O; Porém, se Iemanjá cultuai-a.” Acontece que Deus serve para as horas ruins; Por ocasião da Tsunami na Indonésia, o jornal Zero Hora de Porte Alegre perguntou em manchete: “Onde Estava Deus?”; Ora, o mesmo veículo que cobre com várias páginas à passeata de hoje não deveria ter perguntado: “Onde Estava Iemanjá”? 

Essa é maldição da idolatria! Transforma praticantes em bonecos sem vida, ouvidos, tato, visão, em suma: Imbeciliza.

“Os ídolos deles são prata, ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos, mas, não veem. Ouvidos, mas, não ouvem; narizes, mas, não cheiram. Mãos, mas, não apalpam; pés, mas, não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos que neles confiam.” Sal 115;4 a 8

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