domingo, 7 de setembro de 2014

Excelsa dignidade



“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Apoc 5; 1

Após seu arrebatamento em espírito, João se depara no céu com um segredo “a sete chaves”, natural que desejasse conhecer seu teor. Uma vasta busca foi feita, em demanda de um que fosse digno de abrir tal livro, e nada. 

Mas, o que é dignidade? “s.f. Característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que incita respeito; autoridade. Maneira de se comportar que incita respeito; majestade. Atributo do que é grande; nobre.
Ofício, trabalho ou cargo de alta graduação: dignidade de juiz. Ação de respeitar os próprios valores; amor-próprio ou decência.”
Ensina o dicionário.

“E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler; nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.” V 3 – 5

 Diferente dos governos da terra, onde são “dignos” os que falam melhor, triunfam em debates, manipulam, a autoridade espiritual se firma sobre atos. “…Digno és de tomar o livro e abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;” V 9  ( Não que eu advogue a salvação pelas obras, mas a necessidade das obras da salvação )

Mas, espere aí, um chegado indicar alguém como digno, se verifica muito entre nós também. Certo. Mas, depois desse “chegado” Ele foi aprovado por uma elite; “…quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és…” V 8 e 9

Contudo, a aprovação pelo “partido” também é comum entre nós; essa dignidade ainda pode ser contestada. Bem, o exame moral do postulante foi mais amplo: “…E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder,…” V 11 e 12 

Mas os eleitores de classes menores também se congratulam com seus eleitos e os acham dignos… É, mas, o Rei dos Reis, foi examinado mais profundamente; “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” V 13

Agora sim, contrário ao Usurpador-mor, recebeu aprovação universal, antes de tomar diretrizes universais; de abrir a “escritura” do planeta que Ele redimiu com Seu sangue.

Não nos enganemos, abstraído o açodo das paixões, e, rasgado o véu das ilusões, em pleno domínio do Espírito, mesmo ateus, demônios, hão de reconhecer a dignidade de Nosso Rei. Os demônios já o fazem, aliás; “…Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?” Mc 5; 7

Por enquanto parece chique ser ativista nu, ativista gay, ateu engajado, blasfemar do Santo e atacar aos Seus, cada qual se acha digno, rei de suas idiossincrasias no universo da presunção; mas, como vimos, antes de se dar posse ao Digno Vencedor, foi feito uma busca na terra; candidatem-se, pois, os que se habilitarão para tal momento.

Aliás, Paulo, já lançou o pleito faz tempo; “…Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século?” I Cor 1; 20

O rasgar a máscara presunçosa de seus coevos custou a Jesus Cristo, Sua própria vida; o rasgar as nossas por ocasião de Seu Governo custará a eternidade a muitos, infelizmente; mas, em tempo, Deus fará isso de novo, como vaticinou Isaías: “E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25; 7

Fácil é rejeitar ao Salvador; impossível será deter o Rei dos Reis. Enquanto a beleza de Cristo não nos atrair a ponto de nos transformar, seremos indignos de Sua amizade, e infiéis ao seu amor…

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.”  Sócrates

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